Atenção diabéticos: Pâncreas artificial já existe e está funcionando muito bem

Por , em 25.01.2015

Um menino australiano de quatro anos de idade pode ser o primeiro ser humano a ter um pâncreas artificial usado como tratamento para diabetes do tipo 1.

Xavier Hames se tornou o primeiro paciente a receber o pâncreas artificial após vários ensaios clínicos para o uso do novo dispositivo, que se parece com um mp3 player e está preso ao seu corpo através de vários tubos inseridos sob a pele.

O sistema de bomba de insulina se destina a substituir a necessidade de gerenciar de perto o impacto da doença – que ocorre quando as pessoas não produzem insulina, um hormônio que regula o açúcar no sangue – através de injeções diárias. “A tecnologia imita a função biológica do pâncreas para prever os níveis baixos de glicose e parar a administração de insulina”, afirma o Departamento de Saúde da Austrália Ocidental em um comunicado oficial. “Dessa forma, evita as graves consequências da baixa de glicose, como coma, convulsões e até mesmo a morte”.

A Juvenile Diabetes Research Foundation (JDRF), uma organização sem fins lucrativos que financiou a pesquisa que levou ao procedimento, explica que a tecnologia rastreia os níveis de glicose e interrompe a administração de insulina até 30 minutos antes da ocorrência de um ataque de hipoglicemia previsto.

Os ataques são provocados por níveis baixos de glicose e ocorrem principalmente à noite, quando os pacientes podem não ser capazes de reagir ou reconhecer o episódio potencialmente fatal, esclarece o professor Tim Jones, do Princess Margaret Hospital for Children, em Perth, na Austrália, onde Hames recebeu o dispositivo. “Além de prever a hipoglicemia antes que ela aconteça e parar a administração de insulina antes de um evento previsto, o aparelho retoma automaticamente a entrega de insulina quando os níveis de glicose se recuperam. Este é um avanço médico real”, celebra Jones.

A mãe de Hames, Naomi, afirmou que o aparelho já tinha melhorado a vida de seu filho, que vem sofrendo com a doença desde que tinha 22 meses de idade. “Ter a bomba nos dá a garantia de que Xavier está seguro quando estamos indo dormir durante a noite e durante todo o dia”, comemora ela. “O aparelho também é à prova d’água, o que permite que ele desfrute de desportos aquáticos e outras atividades tanto quanto seus amigos e familiares”.

O dispositivo foi desenvolvido após cinco anos de ensaios clínicos no Princess Margaret Hospital for Children e em outros hospitais australianos. O custo está em torno de 10.000 dólares australianos, cerca de R$ 20.000. [Medical Xpress]

4 comentários

  • Anderson Araujo:

    Boa noite eu sou diabético tipo 1 ela apareceu em minha vida com trinta anos hoje tenho 37 gostaria de receber esse benefício !

    • Cesar Grossmann:

      Entre em contato com a JDRF: http://jdrf.org/

      Acho que ainda não tem no Brasil.

  • Jéssica Reis:

    Como “recarrega” de insulina??

    • Cesar Grossmann:

      Aquele ponto branco na barriga da modelo deve ser o local onde você coloca mais insulina (refil?).

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