Música pop “é tudo igual” e muito alta [estudo]

Por , em 30.07.2012

A fonte da criatividade da música pop está secando. Se nos últimos anos houve gente constatando esta realidade somente através das músicas que fizeram sucesso, um pesquisador espanhol resolveu comprovar a ideia matematicamente. Aparentemente, a diversidade melódica em termos gerais sofreu uma redução ao longo das últimas cinco décadas.

Joan Serra, o condutor da pesquisa, comparou mais de dez mil músicas produzidas de 1955 para cá, através do Million Song Dataset. Trata-se de um banco de dados musical com uma extensão inimaginável, que serviu de base para o pesquisador destrinchar os hits de sucesso de cada época.

O cientista analisou todas as músicas sob um mesmo padrão, à base de um algoritmo. Com isso, verificou que têm diminuído continuamente a diversidade de transições entre as combinações de notas musicais nas composições produzidas ao longo do tempo. Em suma, como alguns já suspeitavam, a variedade de timbres e de sons está mais pobre.

Abaixa esse volume aí

A mesmice, contudo, não foi o único problema levantado na pesquisa. Além de repetitivas, as músicas de atualmente tendem a ser mais altas do que no passado. Joan Serra explica que as canções em geral já são até gravadas em volume mais alto.

O consumidor musical de antigamente, segundo Serra, sente a diferença quando antigos sucessos são regravados por produtoras modernas, mas em tons mais altos e barulhentos, o que tira a suavidade das músicas. Com o tempo, as pessoas vão se acostumando a ouvir música em maior volume do que antigamente. [Reuters/Estadão/Million Song Dataset]

3 comentários

  • Wagner Castro:

    Acredito que ele deveria ter colocado notas e timbres e até acredito que colocou, porem quando da tradução
    algo foi colocado de forma incorreta…
    Quanto aos que acham um grande erro…. coloquem exemplos?
    justifiquem suas constatações.

  • Diogo Burka:

    Absolutamente ridícula algumas constatações dessa pesquisa,…quanto ao aspecto melódico e de volume, posso concordar, quanto ao aspecto timbrístico está totalmente equivocado!!!
    A quantidade de parâmetros e opções de geração de timbres aumentou absurdamente com novas tecnologias de síntese, bem como com a grande quantidade de combinação equipamentos que podem ser utilizados, como prés, mics, e etc.
    O que a constatação que tem “diminuído continuamente a diversidade de transições entre as combinações de notas musicais nas composições produzidas ao longo do tempo”, tem a ver com a suspeita que a “variedade de timbres e de sons está mais pobre.”?! (…)
    Totalmente sem sentido.

  • Fernando Cardozo:

    “como alguns já suspeitavam, a variedade de timbres e de sons está mais pobre.” uahuhauahuah que piada de pesquisa…

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