Teste de DNA associa envelhecimento com pobreza

Por , em 27.07.2011

Teste de DNA associa envelhecimento com pobreza

Um estudo recente confirmou a ligação entre fatores sociais e a taxa em que as pessoas envelhecem.

Cientistas escoceses desenvolveram um novo teste do processo de envelhecimento com base em evidências de DNA.

Os pesquisadores mediram o comprimento dos telômeros, caudas nas extremidades dos cromossomos, em amostras de pessoas da área de Glasgow, Escócia.

Os telômeros tendem a ficar mais curtos ao longo da vida de uma pessoa, o que indica a velocidade do processo de envelhecimento.

Os cientistas descobriram que, ao longo de um período de 10 anos, os telômeros encurtaram em uma média de 7,7% em pessoas cuja renda familiar era inferior a cerca de 63 mil reais. Naqueles com rendimentos mais elevados, a redução média foi de 0,6%.

Uma tendência semelhante no comprimento dos telômeros foi encontrada em comparações daqueles que moravam em habitação alugada contra os proprietários de casa, e daqueles com dietas mais pobres contra aqueles que comiam bem.

“Nós mostramos que o envelhecimento acelerado é associado com o status social e a privação”, comentou o cientista Paul Shiels. “Isso é mais prevalente nos com mais de 55 anos e naqueles com renda familiar menor que 63 mil reais”.

O efeito é exacerbado pela dieta, ao simplesmente não comer cinco porções de frutas e vegetais por dia.

O teste indica o processo envelhecimento dentro de grupos de população, mas não mede com precisão a expectativa de vida de um indivíduo, por causa de diferenças naturais no comprimento dos telômeros.

O valor da descoberta da pesquisa é ao nível da população, onde um grande número de sujeitos permite que os cientistas observem tendências durante um período de tempo.[BBC]

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10 comentários

  • Gabriel Cardoso Santos:

    Eu acho que o motivo de algumas pessoas pobres viverem mais, é o número de pobres na população que é maior do que de ricos. Tanto que a taxa de pessoas que morrem jovem é quase invariavelmente de pessoas humildes.

  • Natan Bittencourt:

    Como disse mano brown do Racionais:

    “Viver pouco como um rei, ou muito como um zé.”

  • Lucas Nicoloso:

    Será? Acredito que seja uma coincidência.

  • VELHO IGNORANTE:

    eu conheci uma criança q fazia trabalhos em carvoaria, depois ele fazia bico em uma lavoura de cana e nos finais de semana trabalhava de fazer paralelepipedos na picareta e o danado tinha 9 anos mas aparentava 36 coitadinho

  • Lumiah:

    Tipo de pesquisa desnecessária, poderiam ter aproveitado tempo e recurso para outras pesquisas mais urgentes. Isso é óbvio, uma pessoa que enfrenta tantas dificuldades, preocupações e sofrimentos, só pode é envelhecer rápido, nem é preciso ser cientista para saber disso.

  • Ferreiro:

    Isso deve ser por que pobre se mata de trabalha o dia todo para se sustenta e sustenta a penca de filhos que tem assim não sobra tempo para se cuida.

    • Amigo:

      Trbalhar não mata… ao contrário.

      Shigechiyo Izumi trabalhou durante 98 anos, morreu aos 105.
      Catherine Hagel, agricultora, ainda ativa aos 100 anos, não tomava medicamentos, morreu aos 114.
      Jeanne Calment praticou esportes até os 85 anos, andou de bicicleta até os 100 anos, morreu aos 122.

      E isso de tempo para se cuidar não tem nada a ver com a matéria, que trata de encurtamento de telômeros e não de cuidados com aparência.

  • Carlos Machado:

    As vezes essas materias do hype sao tao obvias que nem precisamos ler o texto correto???

    Quem tem dinheiro, tem condições de cuidar do corpo, quem tem mtu dinheiro faz plasticas, spa’s, cremes carissimos e por ai vai.

    ja quem nao tem tanto disponibilidade assim nao tem como cuidar tanto do corpo e só acabam cuidando do corpo com alimentação boa e olhe la ainda.

    • Andy:

      Eu tenho a impressão que cirurgia plástica não é sinônimo de cirurgia alongadora de telômeros… e também que cremes não chegam a modificar o DNA…

    • Alex Keher:

      Concordo Andy, porém a falta de acesso a tratamentos médicos, à uma alimentação saudável, e a exposição a fatores de risco diversos em suas atividades profissionais e principalmente, a seleção natural podem ser determinantes.
      Esse último um fator óbvio. Homens com maior poder aquisitivo podem ‘escolher’ mulheres com melhor aparência (que está geralmente associada à saúde perfeita) e vice-versa.
      É cruel mas dinheiro é o atual mecanismo de sobrevivência dos mais aptos.

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