10 Batalhas improváveis que aconteceram na vida real

Por , em 17.04.2017

Você já se perguntou se os samurais japoneses poderiam vencer batalhas contra os conquistadores espanhóis? Ou se a Legião Romana poderia lutar contra um antigo exército chinês? Ou se um exército de Elefantes de Guerra teria chance contra a artilharia moderna?

Algumas dessas batalhas inusitadas sobre as quais vale a pena gastar um tempo discutindo realmente aconteceram na vida real. Espalhados ao longo da história, há momentos em que lutadores e exércitos que ninguém jamais esperaria que se encontrassem acabaram entrando em conflito – e apenas um lado saiu vivo.

Confira abaixo dez lutas inusitadas selecionadas pelo Listverse.

10. Samurais japoneses contra conquistadores espanhóis

Em 1582, um grupo de conquistadores espanhóis encontraram-se cara a cara com um grupo de Samurais Ronin vestindo armaduras e empunhando suas katanas.

Os espanhóis estavam fazendo negócios nas Filipinas quando piratas japoneses começaram a invadir a zona rural. Determinados a proteger seus parceiros comerciais, 40 homens espanhóis foram à luta contra os piratas japoneses. Eles avistaram um navio se dirigindo ao continente, travaram batalhas e embarcaram no navio – e lá, eles encontraram um grupo de samurais esperando por eles.

Os samurais usavam katanas, apoiados por piratas japoneses portando mosquetes. Os conquistadores tinham lanceiros, apoiados por mosqueteiros espanhóis. Pela primeira vez na história, as lanças européias entraram em confronto com o aço japonês.

Vencedor:
vitória decisiva espanhola

Os samurais não tiveram chance. Os conquistadores tinham uma armadura mais forte que os inimigos não conseguiam penetrar e os mosqueteiros que os apoiavam tinham armas mais confiáveis e uma mira excelente. Não apenas os samurais foram derrotados, como os 40 espanhóis continuaram a lutar contra uma frota de dez navios japoneses comandando milhares de homens.

Quando terminou, o líder espanhol, Juan Pablo de Carrion, ameaçou trazer mais de 600 homens se os japoneses não deixassem os filipinos em paz. Os japoneses, sem disparar outro tiro, correram para salvar suas vidas e ficaram tão longe das Filipinas quanto puderam.

9. Elefantes de guerra contra artilharia

Em 1825, um desesperado comandante birmanês, lutando contra a invasão do Império Britânico, enviou sua melhor esperança contra a artilharia britânica: um exército de elefantes de guerra.

O comandante birmanês Maha Bandula tinha acabado de conseguir repelir um ataque britânico contra sua base na cidade de Danubyu. Com a breve vitória, ganhou uma rara oportunidade de virar a maré em uma guerra contra um exército com tecnologia superior e investiu nela. Bandula lançou um contra-ataque, liderado por seus melhores soldados, sua cavalaria e 17 elefantes treinados em batalhas.

Na antiguidade, essa combinação teria sido uma força impossível de ser parada, mas agora eles estavam lutando contra um exército com armas e artilharia, em uma batalha final do velho mundo contra o novo.

Vencedor:
vitória decisiva da artilharia

Os elefantes de guerra nem chegavam às linhas inimigas. Assim que chegaram perto o suficiente, as forças birmanesas foram atacadas com uma saraivada de bombas e balas. Os elefantes morreram antes que pudessem fazer qualquer dano e a cavalaria não conseguia nem alcançar os britânicos.

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Após a batalha, os britânicos atacaram novamente e, desta vez, Bandula e seus homens tiveram que evacuar. Os birmaneses lutaram com tanta força e por tanto tempo quanto puderam, mas os elefantes de guerra simplesmente não eram páreo para a artilharia britânica.

8. Invasores vikings contra guerreiros nativos americanos

Quando os primeiros vikings desembarcaram no Novo Mundo, no século X, eles se depararam com uma tribo nativa – e as coisas não foram muito bem. Os dois lados discutiram e brigaram e, em pouco tempo, o mundo viu batalhas diretas entre vikings e nativos americanos.

Thorvald, o filho de Erik o Vermelho, entrou em lutas com os locais – provavelmente inuits – em Newfoundland, região que hoje pertence ao Canadá. Uma discussão ficou particularmente feia e Thorvald acabou sequestrando e matando oito pessoas. Depois disso, os Vikings eram inimigos claros – e os nativos americanos estavam determinados a espantá-los de suas terras.

Vencedor:
eventual vitória dos nativos americanos

Numa luta individual, um guerreiro nativo americano provavelmente teria perdido para um viking, mas eles eram um pouco mais espertos. Eles conseguiram vencer Thorvald usando um barco coberto de couro num fiorde, lançando uma porção de flechas nos vikings e depois remando para longe antes que os inimigos pudessem contra-atacar. Os vikings tentaram se abrigar, mas uma das flechas acertou Thorvald e o matou.

Depois que Thorvald morreu, os nativos americanos conseguiram espantar completamente os vikings. Eles construíram uma catapulta e sitiaram uma cidade viking, matando dois dos vikings que estavam dentro da cidade e perseguindo o resto. Sob a ameaça constante de ataques de nativos americanos, os vikings eventualmente desistiram e deixaram o Novo Mundo para trás.

7. Monges Shaolin contra piratas

Em 1550, uma multidão heterogênea de piratas portugueses, chineses e japoneses, usando armas ocidentais, deparou-se com um adversário improvável. Um grupo de monges guerreiros do monastério Shaolin tinha saído do seu mosteiro e estavam prontos para testar seu kung fu contra as armas dos piratas.

Os piratas vinham devastando o reino Ming por anos e, desesperado, o imperador procurou ajuda num mosteiro Shaolin de mais de 1000 anos de idade. Os monges eram mestres incomparáveis ​​do kung fu, mas eles geralmente lutavam com bastões, enquanto os piratas dispunham das armas e canhões portugueses. Era uma luta de treinamento contra a tecnologia, que questionava se a pura devoção às artes marciais podia superar as armas europeias.

Vencedor: vitória decisiva dos monges Shaolin

Os monges lutaram contra os piratas em quatro batalhas e venceram três delas, porém o melhor exemplo delas é a Batalha de Wengjiangag. Ali, 120 monges enfrentaram 120 piratas – e os monges mataram seus inimigos. Os piratas só conseguiram matar quatro monges antes de serem massacrados. Quase todos os 120 piratas morreram, muitas vezes espancados até a morte com bastões de ferro.

6. Tigre contra leão

A batalha final pelo posto de Rei da Selva já foi travada mais de uma vez. Na natureza, tigres e leões geralmente deixam uns aos outros em paz – mas forçados a lutar diante de uma audiência, as coisas são diferentes. Tanto os romanos quanto os indianos tinham como prática colocar os grandes felinos da selva para lutar diante dos olhos de uma multidão ensandecida.

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Os romanos fizeram isso primeiro, no século I d.C., e os indianos os copiaram no século XIX. Na Índia, a luta foi organizada pelo Gaekwad de Baroda, que tinha tanta certeza de que o leão venceria que fez uma aposta de 37 mil rupias.

Vencedor: vitória decisiva do tigre

Em ambas as vezes, o tigre ganhou – e por uma grande vantagem. Uma testemunha da luta romana disse que não só a tigresa matou o leão, como o rasgou em pedaços. E, na Índia, o Gaekwad de Baroda teve que pagar a sua aposta de 37 mil rupias.

Na natureza, porém, estes animais não teriam lutado. Segundo escreveu o poeta romano Marco Valério Marcial depois de assistir à luta, a tigresa “não tentou nada do tipo enquanto vivia nas profundezas da floresta, mas, desde que está entre nós, ela adquiriu grande ferocidade”.

5. Horda mongol contra cavaleiros europeus

Depois que a horda mongol havia varrido a Ásia, destruindo todas as pessoas que cruzavam seu caminho, eles não pararam de lutar. Eles seguiram até a Europa e lá lutaram de frente com cavaleiros europeus.

Os mongóis lutaram toda uma guerra contra os europeus, mas vamos nos concentrar na batalha de Liegnitz, em 1241. Nela, 70 mil guerreiros mongóis, sob o comando do neto de Genghis Khan, invadiram o Reino da Polônia e enfrentaram os cavaleiros Templários. Cavaleiros poloneses com lanças e espadas enfrentaram os mongóis montados e seus arcos e flechas.

Vencedor: vitória decisiva da Mongólia

Os europeus não estavam prontos para a tática mongol. Os cavaleiros mongóis fingiam ataques e faziam retiradas falsas, eliminando lentamente seus inimigos com uma barragem de flechas, mantendo uma distância segura de suas espadas. Os cavaleiros, que estavam acostumados a apenas com lutas corporais, simplesmente atacando quem estava mais próximo, não sabiam como lidar com isso.

Os mongóis mataram 25 mil pessoas antes que a batalha terminasse. Eles encheram nove sacos cheios de orelhas arrancadas de seus inimigos e cortaram a cabeça do duque polonês e desfilaram com ela na ponta de uma lança.

4. Monges guerreiros contra samurais

Em 1180, o príncipe japonês Mochihito, após uma tentativa fracassada de roubar o trono, escondeu-se em um templo budista. Um exército de guerreiros samurais estava atrás dele e ele tinha apenas uma esperança de escapar da uma punição: os monges guerreiros do templo.

Os samurais atacaram o templo e os monges tiveram que combatê-los. Estes monges não estavam apenas usando bastões – eles tinham arcos e flechas, espadas e adagas, no entanto estavam lutando contra um exército inteiro de samurais em armaduras.

Vencedor:
vitória de curta duração dos monges guerreiros

Os monges guerreiros conseguiram segurá- los – e as histórias deixadas para trás sobre sua vitória são tão incríveis que é difícil separar a verdade da ficção. A lenda diz que um dos monges parou uma flecha que vinha em sua direção partindo-a ao meio enquanto ainda estava no ar, enquanto outro teria matado sozinho 26 samurais.

A vitória, porém, não durou muito. Mesmo que tivessem impedido o primeiro ataque, os samurais voltaram – e desta vez trouxeram 10 mil soldados com eles. Os monges não tinham nenhuma chance contra tantas pessoas, então o mosteiro foi capturado e queimado e o príncipe Mochihito foi morto.

3. Legionários romanos contra exército chinês

Em 36 a.C., uma legião romana desapareceu. Até hoje discute-se o que realmente aconteceu com ela, mas, de acordo com uma teoria, a legião foi para o leste e acabou caindo em território dos hunos da Mongólia. Eles achavam que tinham encontrado refúgio. Logo, porém, o exército chinês da dinastia Han apareceu em seus portões – e, pela primeira vez na história, os soldados romanos estavam cara a cara com guerreiros chineses.

Os soldados chineses teriam uma infantaria e uma cavalaria, treinados na arte chinesa da guerra e da enganação – mas a legião romana tinha seus escudos. Testemunhas chinesas afirmam terem visto 145 soldados estrangeiros segurando seus longos escudos retangulares em uma formação impenetrável de tartaruga.

Vencedor: vitória técnica chinesa

Os chineses ganharam, contudo a luta não foi realmente justa. Havia somente 145 romanos lá e, embora tivessem o apoio do exército mongol, os chineses os superavam drasticamente em quantidade. Os combatentes romanos, no entanto, se saíram bem o suficiente para que os chineses não os esquecessem tão cedo. Quando a batalha terminou, os chineses alistaram todos os legionários sobreviventes no exército Han.

2. Invasores vikings contra califado islâmico

Os invasores vikings causaram o inferno na Europa – mas, em 844, seus ataques foram longe o suficiente para enfrentar um outro tipo de inimigo: o Emirado Islâmico Umayyad.

O islã, neste momento da história, espalhava-se por todo o mundo e grande parte de Portugal e da Espanha modernos eram governados por uma dinastia islâmica. Eles eram liderados pelo sírio Abd al-Rahman, que recebeu a notícia de que os vikings estavam chegando quando seus homens avistaram quase 100 navios vikings ao largo da costa de Lisboa.

Vencedor:
eventual vitória islâmica

Os combatentes islâmicos ganharam – eventualmente. No início, porém, não estavam se saindo particularmente bem. Os vikings esmagaram Lisboa e queimaram grande parte dela. Depois, durante um mês, invadiram Portugal, massacrando os homens e escravizando mulheres e crianças.

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A maré da batalha virou, no entanto, quando o exército islâmico começou a usar máquinas de guerra. Quando os reforços e equipamentos chegaram, vindos de sua capital, Córboda, eles finalmente tinham uma chance contra os invasores – não deixaram barato. Eles se vingaram e, ao invés de capturar os vikings, queimaram seus navios e tudo o que possuíam, assassinando todos os vikings que conseguiram capturar.

1. Imperador romano contra baleia assassina

Ok, provavelmente ninguém nunca tinha pensado nessa possibilidade – mas ela aconteceu. Nos escritos do filósofo romano Plínio, o Velho, ele registra ver algo incrível: “Uma baleia assassina foi realmente vista no porto de Ostia, encerrada em um combate com o imperador Cláudio”.

Um navio tinha virado e enchido o porto com pedaços de couro. O couro atraiu uma baleia faminta, que ficou presa nas águas rasas e causou estragos enquanto se debatia. Cláudio decidiu, então, que esta era uma oportunidade para um espetáculo único e convidou todo o público romano para vê-lo lutar com uma baleia.

Vencedor: vitória técnica romana

Cláudio não jogou limpo, obviamente. Ele trouxe toda uma frota de navios e cercou a baleia para garantir que ele não acabasse sendo morto por um animal na frente da multidão de súditos. Mesmo assim, os romanos se saíram muito pior do que você esperaria.

A baleia encurralada soprou água de seu espiráculo e virou um barco, afundando a embarcação e todos a bordo. Depois disso, todos que estavam nos barcos começaram a atirar lanças no animal. Eles mataram a baleia, mas não foi a luta individual que foi prometida ao público. Além disso, se formos levar em conta o número de baixas, a baleia ganhou. [Listverse]

1 comentário

  • brunoredsox:

    Um correção insignificante eu sei. Mas a cidade do Emirado Islâmico não seria Córdoba?
    Outra correção seria, na verdade mais em forma de pedido, pra que o leão ganhasse. Eu tenho uma impressão de que o leão ganharia uma luta dessa. Fora minha predileção kkkkkk

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