10 dicas fundamentais para sobreviver a um inverno nuclear

Por , em 31.12.2012

Ninguém gostaria de ter de enfrentar uma guerra nuclear. Nos anos 1960, a Crise dos Mísseis Cubanos levou o mundo à beira de uma, mas a humanidade até agora conseguiu evitar um evento potencial de extinção.

O inverno nuclear é um conceito teórico. Os cientistas acreditam que caso ocorra uma guerra nuclear, quantias imensas de cinzas serão lançadas à estratosfera, que por sua vez serão espalhadas pelo planeta pelos ventos, bloqueando o sol e fazendo a temperatura cair.

As colheitas vão morrer, e em seguida os animais. O colapso na cadeia alimentar poderá levar á extinção da raça humana.

O inverno nuclear poderá durar anos, ou mesmo décadas, e, enquanto ele existir, qualquer humano que tenha sobrevivido à guerra nuclear não vai poder restabelecer a civilização. A única maneira de garantir a sobrevivência da raça humana é ter um manual de sobrevivência a um inverno nuclear. Confira:

1 – Mude-se para o campo

Quem vai sobreviver às explosões iniciais de um inverno nuclear é algo decidido pela localização geográfica.

Estimativas feitas durante os anos 1960 indicaram que se a Rússia lançasse um ataque total aos Estados Unidos, entre 100 e 150 milhões de pessoas morreriam nas primeiras explosões – mais de dois terços da população norte-americana na época.

As principais cidades ficariam totalmente inacessíveis, tanto pela explosão quanto pela radioatividade que a acompanharia. Ou seja, se você vivesse em uma cidade, provavelmente estaria condenado. Mas se vivesse no campo, teria pelo menos uma chance moderada de sobreviver ao início do inverno nuclear.

2 – Abandone suas crenças religiosas

Esta dica (e a imagem) podem ser controversas, mas existem várias razões bem sólidas pelas quais as crenças religiosas podem vir a atrapalhar os esforços de um potencial sobrevivente de uma guerra nuclear.

Primeiro, ir para a igreja todo domingo não vai ser a prioridade número um depois de um holocausto nuclear. E, falando mais sério, para sobreviver, podem ser necessários atos que muitas pessoas religiosas (e morais) poderão considerar impensáveis.

A mentalidade do sobrevivente terá que ser definitivamente maquiavélica: o mundo vai ser de quem pegar primeiro, e qualquer problema moral ficará em segundo plano, em relação a sobreviver a qualquer custo.

Se a religião proíbe certos alimentos, será necessário abandonar estas restrições de dieta e comer o que estiver disponível.

3 – Execute ou solte seus bichos de estimação

Você sobreviveu ao impacto inicial e agora é um ateu vagando pelos campos. E agora? Sabe o seu bichinho de estimação? Ele precisa de comida, água e cuidados, e não vai ter muito amor por aí durante um inverno nuclear. Você não vai viver muito se cada naco de comida tiver que ser dividido com o Rex.

Quem tiver sangue-frio pode pensar em executar e devorar seus bichos de estimação, já que os alimentos vão ser bastante escassos. A maioria das pessoas, entretanto (eu espero), vão achar isto revoltante, então simplesmente deixe seu bichinho ir por aí no mundo, uma opção menos sociopata.

Pensando seriamente, novamente, quem sobreviver ao inverno nuclear terá que abandonar qualquer esperança de salvar seu peixinho dourado. Para os pequenos animais, a melhor opção talvez seja livrar-se deles, em vez de consumi-los – isto vai poupá-los de morrer lentamente de fome no futuro.

4 – Proteja-se

Hora de um pouco de ciência: caso ocorram múltiplas explosões nucleares em grandes cidades, quantias enormes de cinzas e fumaça densa resultante dos incêndios serão jogadas na estratosfera, impedindo que a luz solar atinja a superfície do planeta por anos ou mesmo décadas.

As temperaturas irão cair drasticamente, e condições glaciais se manterão indefinidamente. Em outras palavras, a necessidade de roupas aquecidas não poderá ser subestimada. Se você não tiver nenhum casaco apropriado, terá que procurar.

Infelizmente, as condições perpétuas de congelamento não são as únicas preocupações. Os cientistas acreditam que a camada de ozônio vai ser destruída, o que significa que quantias imensas de radiação ultravioleta vão atingir a superfície do planeta, causando mortes por câncer de pele.

Para minimizar estes problemas, evite dormir ao relento, e sempre use algum tipo de capuz para proteger o rosto do frio e dos raios UV.

5 – Arme-se

Se você vive em um país onde armas são facilmente obtidas e sua posse é legal, não deve ser difícil se armar contra ladrões ou possíveis canibais. Em condições de desespero, muitos sobreviventes vão roubar comida de outros sobreviventes, para evitar a fome.

Saquear a loja de armas locais pode ser uma opção viável para quem estiver nos Estados Unidos (ou outro país com controle de armas significativo), mas cuidado com o dono da loja armado.

Caso contrário, use algum tipo de faca para se proteger. Nos meses seguintes às detonações iniciais, a caça ainda será possível, por que os animais ainda não terão morrido de fome. Estoque o que puder de carne nos primeiros dias.

6 – Aprenda a reconhecer canibais

À medida que os animais grandes forem extintos, é inevitável que os humanos recorram ao canibalismo para sobreviver. Provavelmente todo mundo vivo vai ter que considerar o canibalismo em algum ponto, se estiver faminto e encontrar um “cadáver saudável”.

Se você topar com outros sobreviventes, talvez eles tentem te ajudar ou te devorar, o que torna indispensável saber como diferenciá-los.

Pessoas que comem carne humana tendem a sofrer dos sintomas de Kuru, uma contaminação do cérebro que pode causar alguns sintomas facilmente discerníveis.

Por exemplo, se a pessoa caminha balançando de um lado para o outro e com dificuldade de caminhar em linha reta, provavelmente é uma boa ideia fugir, por que ela está bêbada ou tem Kuru.

Outros sintomas incluem tremores incontroláveis, e explosões de riso em ocasiões não apropriadas. O Kuru não pode ser tratado e a morte ocorre cerca de um ano depois de contrair a doença. Então não coma carne humana, com ou sem inverno nuclear.

7 – Viaje sozinho

Os introvertidos estarão em vantagem em um ambiente pós-apocalíptico, pelo menos comparados com os que vão direto no celular sempre que se encontram sozinhos.

Ter uma família, especialmente com crianças, não é uma boa ideia, considerando a dificuldade para encontrar comida.

Ignore o clichê de gangues de bandidos viajando por aí, como as que Hollywood apresenta em filmes como “A Estrada” e “O Livro de Eli”; estes grupos não conseguiriam encontrar alimento suficiente para se manter a longo prazo.

Isto não quer dizer que você deva abandonar (ou canibalizar) sua família, mas encontrar um grupo grande para se juntar não é uma opção realista para quem quer evitar morrer de fome.

8 – Coma insetos

A diminuição drástica de luminosidade e chuva durante um inverno nuclear deve tornar impossível plantar alimentos, o que por sua vez deve tornar extintos muitos animais pela falta de comida.

Em consequência, insetos como formigas, grilos, vespas, gafanhotos e besouros são as criaturas com mais chance de sobreviver a longo prazo.

Eles também são fontes fantasticamente densas de proteínas para ajudar a manter os músculos: um gafanhoto tem a maior porcentagem, com 20g de proteína a cada 100g de inseto. Grilos por outro lado são ricos em zinco, e formigas são fontes fantásticas de cálcio.

Mesmo que os insetos possam não ser tão saborosos quanto uma porção de galinha frita, pelo menos é melhor que morrer de fome.

9 – Saqueie

Talvez esta seja uma das poucas diversões em um ambiente pós-apocalíptico: entrar em um shopping center e pegar tudo que te agradar sem receio de sofrer qualquer castigo.

Mas não fique muito alegre; esvaziar a caixa registradora vai ser algo inútil, com o colapso da civilização. Em vez disso, foque-se em quebrar as máquinas de refrigerante e de lanches.

Você também pode examinar as caixas de lixo se estiver muito faminto, ou então recolher os enlatados se estiver em boa saúde.

Além disso, é importante pegar roupas que ajudem a manter o calor. Em países sem restrições à venda de armas, pode ser que você também encontre armas para se defender.

10 – Evite as áreas de impacto

A imagem acima mostra a cidade fantasma de Prypiat, cidade que foi evacuada devida a contaminação radioativa no desastre de Chernobyl em 1986.

A catástrofe causou 31 mortes imediatas por envenenamento radioativo e centenas de casos de câncer devido à exposição. Até hoje, a cidade não é habitável: os níveis de radiação são altos demais para alguém passar por lá sem correr perigo.

Depois de um holocausto nuclear, os níveis de radiação nos locais de impacto serão bem altos. Qualquer um que se aventure nas grandes cidades que foram bombardeadas irá sofrer envenenamento radioativo e perecer rapidamente.[Listverse]

27 comentários

  • Felipe Schneider:

    Excelente artigo, mas tem alguns problemas… O Kuru tem um período de incubação de 5 a 20 anos (assintomático), não seria possível reconhecer os canibais através dos sintomas.

  • Wesley Nathan Medeiros Sa:

    se voce acha q nao vai sobreviver a um caos desse ai entao so duas palavras
    se mate

  • mkbraga:

    Afinal, qual é a vantagem de sobreviver num cenário destes?

  • Daniel Martins:

    Excelente artigo! e talvez as pessoas não gostem dele por não saberem ler e/ou interpretar o título do mesmo ou ainda seja apenas ignorância pura e simples mesmo. De qualquer forma, qualquer um que se preste a um olhar crítico sobre o que o artigo propõe, sabe que as dicas são no mínimo de bom senso e talvez algo a se considerar seriamente se algo dessa magnetude ocorrer. Na minha opinião pessoal a coisa maior a se preocupar e temer em uma situação assim, acima de todos os perigos naturais, seriam os próprios humanos, muito além do canibalismo, todas outras formas de interação possíveis entre eles me levam a imaginar algo ruim. Se for algo bom a humanidade me surpreenderia mas eu consideraria com excessão e não via de regra em um ambiente assim. E o que justifica esse meu temor para com as pessoas, não é nem relacionado ao meu redor, e sim a história como um todo, os 6 milhões de índios brasileiros que o digam, as cartéis mexicanos, os religiosos, e acima de todos esses o cidadão comum, em sua vidinha pacata ingenuamente não tem consciência dos própios atos a que estariam dispotos em nome da sobrevivência e de uma autoridade maior os incentivando a fazer, seja um lider ou algo divino a que deitariam a culpa pelo que fariam. Em um cenário desse, pouca coisa seria bonita, mas ao contrário de uns e outros eu me agarraria a vida até o fim, pois ela é a coisa mais concreta que tenho e a única que meus sentidos me dizem que é real, afinal tanto a natureza como os próprios seres humanos sempre foram hostíl com os mais fracos. E como ja disseram por ai morrer não é assim tão fácil, se fosse muita gente ja teria se suicidado a torto e a direito por ai.

  • touzinho473:

    Nunca aconteceu uma guerra nuclear. Por isso, ninguém sabe quais seriam as consequências para a Terra e seus habitantes, animais e vegetais. Muita gente pensa que sabe tudo, mas não sabe de nada… Pura balela!

  • Magui Lima:

    Pelo que vejo eu fui a unica que achou esse texto bom..
    hehe
    Pois bem a qualquer momento pode cair um meteoro na Terra e o mundo que conhecemos acabar! Ou qualquer outra coisa como ‘um inverno nuclear’ como cita o artigo.
    Como pode as pessoas serem tão fixas na sua realidade e achar o artigo assim tão ruim? Ele só dá umas ideias pensandas sobre o que pode ocorrer.
    O mundo pode mudar drasticamente a qualquer momento, e só os preparados vão sobreviver!=D

    • Everton Teixeira:

      Concordo plenamente. Só não entendi o trecho “Esta dica (e a imagem) podem ser controversas” quando na imagem o homem pratica um ato obsceno que revela no mínimo, um abandono de sua crença religiosa.

  • Raymundo Mazzei:

    As dicas são interessantes, mas o que mais me incomodou no artigo foi o emprego errôneo da palavra “quantia”. Na verdade, ela só pode ser usada para significar dinheiro. Portanto, está errado escrever “quantia de cinzas”, por exemplo.

  • Paulo Gomes:

    Dicas absurdas. A situação típica onde o remédio é pior que a doença. Só podia ser coisa dos americanos.

    • Dinho01:

      Além do mais,SE uma calamidade dessas acontecesse realmente,os únicos que teriam chancer de sobreviver seriam aqueles que estivessem em abrigos subterrâneos com suprimentos de água potável,remedios e alimentos.

  • gisinha:

    Que que é isso???? No 1°dia do ano e o papo é derrotista??? Ahh…Quero informes mais proveitosos e… otimistas nessa 1° semana de janeiro. Certo????

  • Jdytn Perseus:

    essas pessoas q so sabem criticar,nao da pra entender,o titulo do texto é 10 dicas fundamentais para sobreviver a um inverno nuclear,DICAS elas te ajudam a formar uma ideia do assunto sem manipular.

    E tem pessoas q dizem q é coisa de desocupado
    Interessante q essas pessoas tiveram tempo pra le e pra comenta ne?

  • Falcone Big:

    O que mais me deu medo foi a foto da arma apontada pro bichano.

  • Alex Sander:

    Artigo interessante, pois faz refletir o que nós torna humanos.
    Se eu entendi, valores morais,éticos e religiosos são regras criadas para manutenção da estrutura e organização das sociedades, e com a destruição das mesmas, esses valores não teriam nenhuma utilidade, somente a lógica Darwinista do mais adaptado seria útil.
    O Filme “A Estrada” é um dos filmes mais tristes e depressivos já criados, pois retrata essa realidade, enquanto os traços de humanidade vão se extinguindo na maioria, em outros a ela persiste através dos instintos de paternidade ,maternidade etc.
    Ou seja, além dos valores artificialmente criados pela sociedade temos também valores de humanidade que são parte de nossa natureza e esses não dá para destruir .
    Já a dica nº 2 poucos seguiriam, pois como diz o ditado: ‘Não existem ateus nas trincheiras’

  • Dinho01:

    Misericórdia!Que texto mais sombrio para se ler no início do ano.

  • Francisco Assis Gurgel Gurgel:

    as previsões de uma guerra nuclear acho que não passará de uma possibilidade remota meramente falando, o que causaria uma grande devastação sem precedente como um grande holocausto seria o fim trágico da raça humana um contraste desértico sobre a face do planeta o que seria descrito como destino cruel.
    mas felizmente não sera preciso aproveitar nem uma dessas dicas pois as previsões logicamente serão outras.

  • Johny Ted:

    Resumindo: assista o filme “O Livro de Eli” duas vezes (agh!) e o entenda como vídeo-aula.

  • Gean Medeiros:

    Ótimo texto, como todos do site. rs

  • daniel_vieira30:

    gostei muito do artigo, tem algumas dicas bem interessantes!

  • L. Cunha:

    Texto maneiro, mas só me lembra o modo de sobrevivência do The Walking Dead.

  • Anselmo Farias Diniz:

    Dicas incríveis, seguindo a risca quem sabe dará pra sobreviver!!

  • Antonio Canova:

    Desculpem minha sinceridade, mas este artigo e muito ruim. Chega a parecer tendencioso e ate manipulador de ideias, por tratar de temas morais, religiosos e éticos de maneira grotesca, generalizada, com uma ironia disfarçada. Eh preciso ser claro nas opiniões e quando tratar de um tema polêmico, seria necessário ser bem definido para não criar falsas interpretações ou alimentar visões distorcidas naqueles que tem menos conhecimento do assunto. A foto do item de religião e de um grande mal gosto e ofensiva a cristãos e o texto não condiz com a realidade da religião atual. Por que não usa uma ironia contra muculmanos ? Por que certamente haverá problemas. Isso significa que o texto eh tendencioso, certo? Além disso, ele trata de uma hipotese mal fundamentada e sem base cientifica. Conclusão: que tal escrever textos mais construtivos e menos sensacionalistas ?

    • Orlando Rios:

      O texto é altamente tendencioso e incorreto, pois é exatamente o contrario: Os ensinamentos de Jesus, baseados na verdade do amor incondicional ao proximo, é que nos distanciará de uma guerra nuclear ou nos ajudará a sobrevivermos a um holocausto nuclear.

      Jesus ensinou coisas como ter amor ao seu proximo, dividir o que tem com o que não tem, dar a outra face se alguem te bater, dar a sua roupa inteira se alguem te pedir a camisa ou andar quilometros com alguem que quiz apenas alguns metros. Então, se basearmos em seus ensinamentos divinos de amor e caridade, a humanidade sobreviveria, SIM, a qualquer acidente por pior que seja. Fora de Jesus, então, estariamos sim ferrados, mas se usarmos seus ensinamentos nós sobreviveremos.

      Se o querido articulista deseja virar um ateu e comer carne humana, inclusive de seus filhinhos, problema dele!.

      Jesus, com seus ensinamentos sublimes, é a única e perfeita salvação para a humanidade e nos distanciou do animal inferior que o texto tendencioso e hipocrita propoe.

      Houve guerras religiosas, sim, houve mas Jesus NUNCA postulou que deveriamos matar e trucidar e ensinou o caminho da ordem, da justiça, da caridade e do amor entre os homens, inclusive ele profetizou estas guerras centenas de anos antes delas acontecerem, ao dizer que os homens usariam seu nome para guerrearem.

      Baseado nestas verdades eu proponho:
      Jesus é a salvação da humanidade e não o canibalismo, a guerra e a destruição animal.

      Fiquem em paz.

    • Tcharles Rafael:

      Exelênte comentário Antonio Canova.

  • jodeja:

    É, o trem fica feio. Se correr o bicho pega e se ficar o bicho come. Como é que faz? Ora, eu diria que ninguém deveria de se preocupar, então… Deixa ficar pra ver como é que fica? Não, de modo algum. Comece agora a procurar conhecer tudo sobre o que você é e descubra que não existe só um corpo. A Ciência já admite um corpo psíquico e um emocional que sobrevivem ao físico. não é só isso, há outros mais que podemos descobrir.
    Se as baratas podem sobreviver, porque nós que somos superiores a elas, (ou não somos?) devemos acabar?

  • Joaquim Guedes Batista:

    Coisas de desocupados.

  • Afonso Do Carmo:

    De pleno acordo com todas as dicas, mas penso que faltou a 11ª instrução, a mais IMPORTANTE de todas:
    11) Use o seu recurso mais indispensável, aquele que diferencia você de um animal estúpido: A SUA RAZÃO! Meta uma bala na própria cabeça!

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