10 fatos fascinantes sobre os castelos ingleses

Por , em 1.06.2012

Os castelos não são mais tão populares como já foram. Os avanços da tecnologia fizeram com que estas enormes construções, que nasceram como bastiões para mostrar e defender a riqueza, se tornassem obsoletos. Os muros, antes inexpugnáveis, hoje facilmente caem na frente do ataque das armas de fogo. Mas existem alguns fatos interessantes sobre estas construções históricos. Veja:

10 – Materiais usados na construção

Os primeiros castelos eram de madeira. Quando os normandos invadiram a Inglaterra cerca de mil anos atrás, eles construiram castelos no estilo motte-and-bailey, que eram essencialmente castelos construídos sobre um monte, com as casas dos habitantes comuns mais embaixo. Apesar de ser um uso esperto da terra, os muros e o próprio castelo eram de madeira, que podia ser queimada facilmente.

9 – Banheiros

Eles não tinham banheiros (pelo menos não como os conhecemos). Talvez um dos aspectos mais desconfortáveis dos castelos, como se os castelos já não fossem desconfortáveis o suficiente, não haviam banheiros, mas pequenas construções chamadas “garderobes”, um buraco pelo qual os usuários largavam seus dejetos, que depois de tortuosos caminhos iam parar no fosso em torno do castelo. Além de frios e ventosos, estes banheiros cheiravam tão mal que eram usados para guardar roupa, que assim ficava protegida de insetos, por isto o nome “garderobes”.

8 – Mais velho castelo habitado

O Castelo de Windsor é o mais antigo castelo europeu habitado até hoje. Com cerca de 900 anos, o castelo de Windsor ainda é ocupado pela Rainha Elizabeth II. Originalmente era um castelo de madeira, do tipo mottle-and-bailey construído por William I, como o primeiro de uma série de nove. Mais tarde ele foi renovado com pedras e ganhou algumas adições como muros externos e uma torre circular dadas pelo generoso Henrique II, da mesma forma que cada presidente da Casa Branca acrescenta uma novidade lá, como a quadra de basquete do Presidente Obama.

7 – Defesa

Eles foram construídos estritamente para defesa. É só olhar o aparato arquitetônico do castelo: fosso, torres, muralhas, buracos mortais, seteiras, etc. Cada um destes elementos tinha o mesmo objetivo: manter o inimigo fora e embaixo. Alguns se destacam, como os buracos mortais no teto, por onde líquidos ferventes poderiam ser derramados. As seteiras eram fendas pelas quais poderiam ser disparadas flechas sem aviso algum.

6 – Escadas

Todas elas eram em espiral e giravam no sentido horário. Isto era para que qualquer invasor tivesse dificuldade de lutar ao subir a mesma, já que a maioria era destro. Quem subia a escada ficava emprensado contra a beirada interna sem espaço para golpear com a espada, enquanto quem estava defendendo e descendo, ficava em uma posição vantajosa. A não ser que o castelo fosse atacado por uma infantaria de canhotos.

5 – Fartura de castelos

Existem cerca de 1.500 locais de castelos na Inglaterra, de acordo com o Castellairum Angliganum, que supõe-se seja a maior autoridade em castelos na Inglaterra e País de Gales. A expressão “locais de castelos” é de propósito, pois a maioria está desgastada a ponto de ser praticamente invisível, com pouco mais de 800 tendo algumas ruínas, e pouco mais de 300 ainda em pé e com a estrutura mais ou menos inteira. Também tem um debate sobre o que constitui um castelo, já que algumas estruturas chamadas de castelos definitivamente não o parecem ser.

4 – Desconfortáveis

Os castelos normalmente eram totalmente desconfortáveis. Quando você pensa em um castelo, provavelmente pensa em comodidades luxuosas e elegantes. Só que ninguém se importa com o tamanho do celeiro, se ele está chapiscado de lama e cheira a estrume de cavalo. Os castelos além disso eram mal iluminados e úmidos. Afinal, eles eram construídos primeiro para defesa, e os confortos para os habitantes eram uma preocupação menor. Com o tempo, entretanto, eles ganharam bonitos tapetes e vitrais nas janelas, quando alguém teve a brilhante ideia de fazer estas mansões coisas habitáveis, com o interior refletindo a riqueza da mesma forma que o exterior.

3 – A diversão era a comida

Alimentar-se era a maior distração e entretenimento do castelo, um lugar geralmente monótono e tedioso. Essencialmente, tudo que se fazia era ficar por ali, cuidando para que ninguém pegasse suas coisas. As atividades externas incluiam caçadas e treinos de combate. Coisas de homem. Dentro, entretanto, as coisas eram mais sombrias. O xadrez era um dos poucos jogos que existiam, mas o método principal de curar o tédio era comer (que a gente ainda faz hoje). Haviam grandes festejos com muita comida e bebida (muita cerveja), bobos e jograis. Hoje temos jantares, TVs e cerveja. E você não precisa ser da nobreza para aproveitar.

2 – A vida dos criados

Criados pessoais acabavam vivendo um pouco no luxo. Os criados pessoais na Idade Média eram tratados como o cachorro da família, e isto não era ruim. Eles podiam dormir nos mesmos quartos isolados dos donos dos castelos que, diferente do resto do castelo frio e triste, era aquecido por uma lareira e definitivmente o lugar mais quentinho do castelo. Mesmo dormindo no chão, eles tinham cobertores quentes. O resto da criadagem do castelo dormia nas torres e tinha que se contentar com o calor do corpo e roupas de cama leves para aquecer. Seu maior desejo era serem o cachorro de estimação da nobreza.

1 – O Poço

O Calcanhar de Aquiles dos castelos? O poço. O poço era como o ponto fraco da Estrela da Morte, era onde se concentravam a maior parte das vulnerabilidades do castelo. O castelo tinha mecanismos para manter um atacante à distância, mas se o poço não estava bem protegido, ou se ele secasse, tudo o mais era inútil. Os invasores também podiam jogar veneno na água, e assim garantir a derrota do castelo.

Bônus: Os castelos no Brasil

O Brasil foi colonizado em época posterior ao esplendor dos castelos, afinal, a pólvora já havia sido inventada, e nenhum castelo suportava tiros de canhão. Mesmo assim, alguns castelos foram construídos no Brasil Colônia, Império, e até mesmo em tempos modernos.

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