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10 Mistérios sobre você

Nós pertencemos a uma espécie incrivelmente estranha. Apesar dos nossos melhores esforços, algumas de nossas características ainda desafiam explicação. Mas assim que a ciência penetra nestas excentricidades fica claro que os comportamentos e atributos que parecem inicialmente frívolos vão ao cerne do que significa ser humano.

10. Ruborizar

Nem mesmo Darwin conseguiu explicar o porquê de nos entregarmos para os outros quando enganamos, mentimos ou nos envergonhamos. Segundo o próprio Darwin, o rubor é uma das expressões mais peculiares do ser humano. Uma das explicações seria que, de início, o ato de ruborizar era uma forma do grupo dominante mostrar-se sujeito às autoridades. Em interações sociais presentes, o rubor ficou associado às emoções como culpa, vergonha e embaraço. Isso coloca os indivíduos em desvantagens, porém ruborizar também pode deixar a pessoa mais atraente e socialmente desejável.

9. Risadas

Foi descoberto que damos mais gargalhadas em comentários banais do que em piadas realmente engraçadas. De acordo com o psicólogo Robert R. Provine, da Universidade de Maryland, Baltimore, o riso em nossos ancestrais era uma forma de responder às cócegas. Já para Robert Dunbar, da Universidade de Oxford descobriu que rir aumenta os níveis de endorfina, é um relaxante natural em nosso corpo, e que isso ajuda a fortalecer as relações sociais. Rir sempre é bom.

8. Pêlos pubianos

Radiador de cheiro, provedor de aquecimento ou proteção de atrito? A resposta do porque que humanos têm uma moita de pêlos na sua região privada ainda está aberto a debate. Não existe uma explicação aceitável, mas muitas vantagens foram sugeridas ao longo dos anos. Talvez a mais aceitável é que o acúmulo de pêlos tenha glândulas sudoríparas apócrinas (de cheiro) e também écrinas (de resfriamento) que são sinais sexuais de maturidade. Além disso, existem outros benefícios como proteger a genitália durante o sexo, reduzir o atrito durante a caminhada, e também ajuda a manter a área aquecida.

7. Adolescentes

Nenhuma outra espécie passa pela adolescência. Até mesmo nossos parentes mais próximos, os macacos, passam dessa fase para a vida adulta. De acordo com David Bainbridge, da Universidade de Cambridge, autor do livro Teenagers: A natural history, existem dois grandes indícios. O primeiro é o desenvolvimento da adolescência. O segundo vem da neurobiologia e a imagem do cérebro, que mostra que há um desenvolvimento indiscriminado na reorganização do cérebro durante esse período. Para Bainbridge, se nós não passássemos pela adolescência, não seríamos adultos completos. A adolescência, apesar de difícil, é uma fase importante na vida humana.

6. Sonhos

Hoje, grande parte dos pesquisadores, rejeita o ponto de vista de Freud que os sonhos são manifestações do nosso desejo inconsciente – mas neste caso, para que eles servem?

Os sonhos não são algo sem significado, e certamente não são inúteis. Também são cruciais nos processos emocionais. Para Patrick McNamara, da Universidade de Boston, os sonhos regulam as emoções. Uma nova pesquisa encontrou que cochilos consolidam as memórias emocionais, e quanto maior o REM (rapid-eye movement) – a fase dos sonhos – maior é o processo dessas memórias.

5. Altruísmo

Pessoas ainda discutem se os humanos são genuinamente altruístas por natureza, mas se somos, não faz sentido evolucionário. Para alguns pesquisadores, o altruísmo pode ser uma parte da evolução genética, mas argumentam que desde que nossos ancestrais começaram a formar seu ambiente, já desenvolveram um processo de co-evolução genética e cultural. Já, de acordo com o Robert Trivers, da Rutgers University em Nova Jersey, o altruísmo puro é um erro. Ele argumenta que seleção natural favoreceu humanos que eram altruístas, pois em um grupo pequeno e fechado em que nossos ancestrais viviam, altruístas poderiam esperar reciprocidade.

4. Arte

Explicar o desejo peculiar do ser humano para criar um trabalho de arte certamente é um desafio. Mais uma vez citando Darwin, ele sugeriu que a arte origina-se na seleção sexual. Geoffrey Miller da Universidade do Novo México, em Albuquerque, endossa o coro. Em seu estudo, ele mostra que inteligência e personalidade são traços característicos para novas experiências relacionadas à criatividade artística. Além do que, mulheres que estão no apogeu da fertilidade, preferem homens criativos. Em outros estudos, a arte também é ligada a adaptação social.

3. Superstição

Muitas pessoas são supersticiosas, seja de um jeito excêntrico com hábitos que não tem muita razão de ser. Mas existe uma explicação para tal comportamento. Bruce Hood, da Universidade de Bristol, no Reino Unido, explica que nossos cérebros são desenvolvidos para detectar estrutura e ordem em nosso ambiente. E ficar atento a isso pode ser crucial para sobrevivência. Ou seja, é da nossa natureza ser supersticioso, mas também fatores culturais e de nosso ambiente podem influenciar. Em um estudo foi mostrado que pessoas que vivem em áreas de risco, como em Tel Aviv, por exemplo, tendem a ser mais supersticiosas.

2. Beijar

O impulso de beijar não está ligado aos genes, então por que nós achamos tão prazeroso trocar salivas? Uma ideia para explicar isso é que na primeira experiência de beijo, a segurança e o amor vêm da boca sendo associados com a amamentação. Sem contar que, os lábios são uma das partes mais sensíveis do corpo, e estão ligados aos centros de prazer do cérebro. O ato de beijar reduz os níveis de estresse hormonal (cortisol) e aumenta a oxitocina. Bom, explicações a parte, todo mundo sabe que beijar nunca é demais.

1. Cutucar o nariz

Para alguns é um hábito nojento, mas quem nunca cutucou o nariz? Segundo uma pesquisa feita em 2001, por Chittaranjan Andrade and B.S. Srihari do Institute of Mental Health and Neurosciences, em Bangalore, na Índia, e ganhadora do prêmio IgNobel, 200 adolescentes admitiram que tinham esse hábito e cutucavam o nariz pelo menos quatro vezes ao dia. Além do mais, comer as “caquinhas” pode oferecer uma pequena recompensa nutritiva, e até ajudar a ter um sistema imunológico mais saudável.

[New Scientist]

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