5 desafios extremos para quem tem a mente afiada demais ou para quem não bate muito bem
Os esportes foram criados pelos homens obcecados pela pergunta: “Quem entre nós consegue ser o melhor neste desafio físico?”. Já os esportes radicais surgiram de uma pergunta ainda mais extrema: “Como podemos tornar esse desafio físico tão perigoso que alguns de nós podem até morrer?”.
E foi assim que os 5 desafios insanos desta lista foram criados por algumas pessoas que ou têm a mente afiada demais ou então que não batem muito bem da cabeça.
5. A corrida de 5.000 km ao redor do mesmo quarteirão
Quando se fala em uma corrida de 5.000 km, é possível pensar em incríveis possibilidades, como atravessar o Brasil de Norte a Sul ou cruzar várias fronteiras em países da Europa, da África ou da Ásia. Para cumprir o desafio das 3.100 milhas, porém, não é necessário atravessar uma rua sequer. Ele acontece no mesmo quarteirão, no bairro Queens em Nova York.
Por 52 dias, os participantes devem marcar ponto no local combinado exatamente às 6h da manhã, e percorrem uma média de 95 km por dia (mais de duas maratonas por dia!). Quando o relógio marca meia noite, eles podem voltar para casa, descansar por algumas horas para retornar no dia seguinte. O mais enlouquecedor sobre este trajeto é que o perímetro do quarteirão é de apenas 800m. Este é o verdadeiro purgatório para corredores.
A corrida existe desde 1996 e tem como objetivo o autoconhecimento. Com certeza há tempo suficiente para isso nesses quase dois meses de corrida. Nesse tempo, o corredor praticamente não vê os amigos, a família, não assiste a televisão, não vai ao cinema e não lê livros. É praticamente um retiro espiritual em público e em constante movimento.
Nos 52 dias, cada corredor mói cerca de 12 pares de tênis. Para não machucar as pontas dos dedos, alguns preferem cortar a ponta dos sapatos. Em uma das edições, um dos corredores teve que ter todas as unhas dos pés removidas porque elas ficaram inflamadas com tanto atrito e impacto.
Eles queimam 10 mil calorias por dia, então precisam de uma alimentação muito rica em energia. Uma preferência entre os participantes é abocanhar barras de manteiga.
O evento acontece entre os meses de junho e agosto, e nunca é cancelado. Em uma das edições a cidade enfrentou uma terrível onda de calor que matou 140 pessoas. Mesmo assim, os corredores não desistiram. Neste caso, eles devem ter consumido suas barras de manteiga com canudinho.
4. Afogamento competitivo
Talvez o nome desta atividade deveria ser trocada de “mergulho livre” para “afogamento competitivo”, já que o primeiro remete à uma atividade sem muitas regras, relaxante e com bastante liberdade.
Na realidade, o mergulho livre consiste em tentar atingir a maior profundidade possível usando técnicas de apneia. Os competidores usam somente o ar contido nos pulmões, uma máscara de mergulho e nadadeiras. Eles podem mergulhar sozinhos, com a ajuda de pesos, ou presos a um cabo que os leva para o fundo rapidamente. Para subir, é possível usar coletes infláveis ou um tipo de balão que infla instantaneamente.
O grande desafio desta atividade é a variação de pressão que a pessoa se submete embaixo da água. O esporte, principalmente a disciplina que usa cabos para ajudar a atingir grandes profundidades, é extremamente perigoso. Dos cerca de 5 mil praticantes no mundo todo, uma média de 100 morre todos os anos. Isso quer dizer que 2% dos praticantes desta atividade morrem por ano.
Em algumas competições, metade dos competidores retorna à superfície inconsciente e com sangramentos no rosto. O que os atrai a fazer isso? Segundo relatos de praticantes, não é apenas pelo lado competitivo, mas também pelo estado meditativo que eles alcançam e também pelo contato com a bela fauna e flora do mar.
3. Hipotermia e fuga de tubarões
Quem acha que cruzar o Canal da Mancha é uma coisa batida (já que mais de 2 mil pessoas fizeram isso), pode tentar um desafio mais diferenciado, concluído por apenas cinco pessoas até hoje.
O percurso de 48km entre as Ilhas Farallon e a ponte Golden Gate em São Francisco é marcado por vários obstáculos mortais. Para começar, a água é congelante, com temperatura de apenas 8° C. A travessia dura horas, o que significa que a pessoa corajosa o suficiente para tentar o desafio tem hipotermia rapidamente. Em um dos casos, o nadador retirado das águas estava tão gelado que a enfermeira à bordo do barco de resgate achou que ele já estava morto.
Quem não morrer congelado nos primeiros minutos pode ter que interromper o agradável nado depois de poucos metros por estar sendo rondado por tubarões brancos, que habitam a região e são agressivos.
Depois de superar estes dois desafios, ainda é preciso passar por um trecho conhecido como Potato Patch, em que as ondas imprevisíveis podem chegar à altura de um prédio de 10 andares.
Como se todos esses obstáculos não fossem mortais o suficiente, quem criou as regras para o desafio ainda fez questão de proibir roupas de mergulho que ajudariam a manter a temperatura corporal do nadador. Para você poder colocar no seu currículo que completou a rota oficial, é permitido vestir apenas uma roupa de banho comum, óculos de natação e uma touca para os cabelos (porque seria um verdadeiro incômodo fugir de tubarões e de enormes ondas congelantes com o seu cabelo entrando nos olhos. Ninguém é tão irrazoável assim).
2. Corrida maluca no deserto
Também conhecida como Rally Dakar, essa corrida é completamente fora de controle. O percurso de quase 5 mil km pode ser feito em qualquer veículo sobre rodas como motos, quadriciclos, carros e caminhões.
Desde sua criação, em 1978, a corrida tirou mais de 50 vidas de pilotos, que morreram de insolação, ataque cardíaco, sede ou uma mistura dos três somado ao medo que vem quando o corredor constata que está perdido em um deserto. Isso tudo além dos acidentes.
Esta corrida é tão maluca que nem os espectadores estão a salvo. Na edição de 2016, dez pessoas foram atropeladas por um carro em alta velocidade perto de Buenos Aires. Três delas ficaram gravemente feridas. Na mesma edição, um homem de 63 anos morreu na Bolívia, também atropelado.
1. Corrida mortal na selva
Chamada de Matarona da Selva, a corrida é muito mais longa que uma mera maratona (42km), com seus 220 km. Para complicar mais ainda, ela acontece em terreno perigoso, na presença de onças, obstáculos como plantas venenosas, além de um calor terrível. Ela dura sete dias e acontece na floresta amazônica, também chamada pelos participantes de “inferno verde”.
As onças, porém, nunca atacaram nenhum competidor. Um deles relatou ter sido seguido por uma delas, por isso os participantes adotam medidas de segurança, como correrem juntos, no trecho habitado pelos felinos.
O animal que mais causa problemas, na verdade, é a vespa. Praticamente todos os participantes são atacados por elas. As formigas gigantes, cobras e escorpiões também estão sempre presentes. Além de ser um bom corredor, o participante também deve ter habilidades para escalar árvores, já que de vez em quando pode ser perseguido por porcos selvagens.
Por esses motivos, poucos participantes conseguem cruzar a linha de chegada. Em 2012, dos 60 participantes iniciais, apenas 11 conseguiram terminar o desafio. [Cracked]