Arquitetos querem amarrar prédio em asteroide para deixá-lo pendurado sobre Nova York

Por , em 31.03.2017

Se você achou que aquele projeto de arranha-céu em formado de U que será construído em Nova York é insano e até impossível, existe um outro projeto de prédio ainda mais surreal. Nele, o prédio não vai ter uma fundação convencional no chão, mas vai ser amarrado em um asteroide na órbita da Terra. Este prédio se chamará Analemma Tower.

Sim, você leu tudo corretamente. Este é um projeto do escritório de arquitetura nova iorquino Clouds Architecture, e por enquanto está mais para sonho do que para realidade. Este projeto especulativo do arquiteto Ostap Rudakevych leva em conta a possibilidade de manipulação de asteroides, que está atualmente sendo estudada pela NASA.

“Em 2015, a Agência Europeia Espacial começou um novo tipo de investimento em mineração de asteroides ao provar com a missão Rosetta que é possível pousar em cometas que estão girando”, diz a explicação do projeto arquitetônico no site da empresa.

Em 2021, a NASA tem agendada uma missão de movimentação de asteroide que busca provar a possibilidade de capturar e realocar um asteroide. Caso esta missão seja um sucesso, os arquitetos esperam conquistar investidores interessados em capturar e trazer um pequeno asteroide para a órbita da Terra, de onde seria possível prender o edifício Analemma.

O prédio seria construído em Dubai, especialista em arranha-céus gigantescos, e que tem os custos de construção 80% mais barato que em Nova York. As partes do prédio seriam então movidas para o local de sua montagem e suspensão.

O asteroide ficaria 50 mil quilômetros acima da superfície da Terra, e os andares mais altos do prédio seriam posicionados 32km acima da superfície. Para entrar e sair desse prédio, assim como entregar suprimentos, uma estação de transferência seria construída na Terra. Por conta da alta altitude, mesmo nos níveis inferiores, seus frequentadores teriam que usar roupas especiais para ambientes de quase vácuo e temperatura de -40°C.

O prédio seria dividido em diferentes áreas, como a área de embarque e desembarque, área de compras e restaurantes, área de escritórios comerciais e de apartamentos residenciais, assim como seções para exercitar diferentes religiões e até uma área para funerais (a mais alta de todas). As janelas dos diferentes níveis teriam formatos e materiais diferentes, para suportar diferentes pressões e temperaturas. A quantidade de luz solar por dia aumenta 40 minutos no topo da torre por conta da curvatura da Terra.

O mais interessante sobre este prédio é que ele seria colocado em órbita geosíncrona, aquela que – do ponto de vista da Terra – forma um 8, indo do hemisfério norte ao hemisfério sul. No caso deste asteroide fictício, ele seria posicionado entre as cidades de Nova York e a região do sul do Peru.

O prédio retornaria à sua posição original a cada 23h56min4s. Os dois momentos em que sua velocidade seria mais lenta seria no topo e na parte de baixo do 8, permitindo a entrada e saída de seus ocupantes.

A ideia de ter um prédio assim pode parecer sem objetivo e absurda, mas ela inspira nova tecnologias de transporte internacional. Seria muito interessante poder pegar carona em uma estrutura sustentada por um asteroide entre a América do Sul e a América do Norte, por exemplo. Será este o futuro (bem distante) da aviação comercial? [Science Alert]

Confira abaixo uma imagem que mostra a proporção das estruturas:

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