5 teorias da conspiração sobre viagens espaciais QUE ERAM VERDADE

Por , em 10.03.2016

Todo mundo deve estar familiarizado com uma ou outra teoria conspiratória sobre viagens espaciais. A mais comum é certamente aquela que diz que o pouso na lua foi filmado por Stanley Kubrick. Há outras menos populares, como a de que os nazistas têm uma base em Marte, com a forma de uma suástica.

No entanto, algumas dessas bizarras ideias, apesar de obscuras e improváveis, são reais.

  • Nada de “excesso de peso” para este avião gigante da NASA
  • 5. O ônibus espacial foi projetado para engolir satélites soviéticos

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    A Força Aérea americana tinha planos para meter o bedelho no projeto dos ônibus espaciais, como pode ser visto no livro “The Space Shuttle Decision“, mais precisamente na página 215: “A Força Aérea tinha outras razões para querer missões de uma só órbita [em torno da Terra]. Seus planejadores estavam excitados com a ideia de usar o ônibus espacial para retirar satélites de órbita. Eles esperavam capturar espaçonaves soviéticas desta forma, e como Moscou poderia tentar defendê-las lançando armas anti-satélite, a Força Aérea estava com a convicção de que se fosse para fazer isso, era melhor que fosse rápido. Uma missão de órbita poderia fazer a captura de uma espaçonave e retornar em segurança no tempo que levaria para alguém perceber que algo estava faltando”.

    As operações secretas estavam sendo coordenadas de Sunnyvalle, Califórnia, e os astronautas estavam até proibidos de falar o nome desta cidade. Mas o segredo na época não era tão bem guardado.

    Jim Buchli já falou sobre o treinamento supersecreto que os astronautas faziam, sobre o qual não podiam nem mesmo contar para as suas famílias para onde estavam indo.

    4. A URSS lançou bombas robóticas para caçar outras naves espaciais

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    Os soviéticos não ficaram muito atrás dos americanos, só que em vez de capturar satélites inimigos, eles estavam com planos de explodir os mesmos. Embora a tecnologia soviética não fosse muito sofisticada, eles conseguiram testar e colocar no espaço um sistema anti-satélite que era basicamente um satélite manobrável, carregado de explosivos e de muito material para criar fragmentos.

    A ideia era simples: os fragmentos destruiriam ou pelo menos danificariam o satélite inimigo a ponto dele ficar inutilizado. Em 1968, o sistema foi testado e em 1978 foi colocado em operação.

    Em 1991, o sistema era capaz de caçar satélites que conseguiam fazer manobras evasivas, mas com o fim da guerra fria, o sistema foi desativado. Em 2014, pode ter sido reativado. Esperamos que o Putin esteja mais interessado em colocar cosmonautas no espaço do que em derrubar satélites.

    3. Os soviéticos apagaram da história os cosmonautas burros ou que morreram

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    Uma das teorias conspiratórias que envolvia os soviéticos era a do Cosmonauta Perdido ou dos Cosmonautas Fantasmas, que alegava que os soviéticos tentavam esconder a existência de certos cosmonautas depois de acidentes fatais. O problema é que os soviéticos realmente tentaram apagar alguns da história.

    Um destes == era Valentin Bondarenko, cuja existência foi negada pelo Kremlin por uns bons 20 anos, só porque ele faleceu em um trágico acidente em 1961, durante um treino. Mas os soviéticos foram mais longe com Grigoriy Nelyubov. Você pode vê-lo sendo apagado das fotos oficiais aqui:

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    Quem precisa de photoshop?

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    A foto recebe um novo recorte, para eliminar Nelyubov, que aparece no fundo

    Nelyubov cometeu o grave crime de sofrer um colapso nervoso durante o treino e de provocar bagunça em um bar depois disso. Ele foi cortado da história tão completamente que, em depressão, falava para sua esposa Zinalda: “Eu realmente não existo”. Em 18 de fevereiro de 1966, cometeu suicídio, jogando-se na frente de um trem.

    2. A KGB tentou impedir o lançamento da Apolo 8

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    A Apolo 8 foi a primeira missão tripulada da NASA a deixar a órbita baixa da Terra e chegar até a lua. Ela foi um degrau importante para a missão da Apolo 11, que pousou no satélite. Com toda a importância da missão, a União Soviética, adversária dos EUA na corrida espacial, resolveu sabotá-la.

    Só que a sabotagem foi muito infantil. Em 16 de dezembro de 1968, poucos dias antes da partida da Apolo 8, a KGB mandou uma carta alegando que uma fonte anônima encontrou em um aeroporto com um sujeito com sotaque texano, que teria insinuado que a Apolo 8 explodiria no lançamento.

    A NASA não deu bola para a carta, e a Apolo 8 se tonou um sucesso. 12 anos depois, o ex-agente da KGB Rudolph Herrmann admitiu ser o autor da tal carta. Ex-agente, no caso, porque ele havia passado para o lado dos EUA.

    1. A CIA espiou os soviéticos via lua

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    Logo após a Segunda Guerra Mundial, o radar se tornou comum, e as instalações miliares do mundo inteiro começaram a enviar sinais para todo o lado. Em 1946, uma unidade do exército captou sinais que foram refletidos pela lua. E isto deu ideias aos militares.

    Uma delas era de ficar atento aos sinais refletidos pelo satélite para detectar novas instalações de radar dos soviéticos. Só que um sinal refletido pela lua chega aqui “mais de um milhão de bilhão de vezes mais fraco” que o sinal recebido diretamente. Para captar um sinal tão fraco, a Marinha americana instalou antenas parabólicas de 45 metros em Norfolk, na Virgínia, e em Palo Alto, na Califórnia.

    O investimento deu resultados em 1964, quando a instalação em Chesapeake Bay interceptou os sinais de um novo sistema de alerta soviético chamado de “Hen House” (“galinheiro”, em português). A CIA conseguiu descobrir seu modo de escaneamento, a banda de frequência, potência de pico e outros dados.

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    E não foram só os militares a tirar partido do reflexo na lua. Em 28 de janeiro de 1960, uma fotografia do USS Hancock foi transmitida de Honolulu, no Hawaii, a Washington DC através deste processo. O conceito de satélites usados em comunicação nasceu deste projeto, conhecido como Communication Moon Relay. [Cracked]

    2 comentários

    • Nuno Domingues:

      Muito legal!
      Sobre a CIA usar a Lua pra espionar os sovieticos, os radiomadores tb a usam. Chama-se EME, normalmente por CW (morse).

      • Nuno Domingues:

        A Lua funciona como um refletor passivo no mesmo estilo dos satélites ECHO 1 e 2. Como a relação S/R é ruim, quase sempre se usa morse (CW)

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