7 forças culturais que estão se perdendo

Por , em 8.06.2013

A partir do século passado, a mídia de massa e a comunicação global começaram a moldar a cultura humana mais fortemente, e na segunda metade desse período esse processo tornou-se exponencial. Tecnologias e entretenimentos são implementados a todo instante, deixando marcas gigantescas na paisagem cultural e se tornando obsoletos dentro de períodos ridiculamente curtos de tempo. Por conta disso, é inevitável que essas mudanças causem o desaparecimento de muitas facetas da nossa cultura. Confira alguns hábitos que já foram fortes, mas hoje estão quase “extintos” e em breve podem cair no esquecimento:

7. Telejornais

em-1969-cid-moreira-entra-para-o-time-de-apresentadores-do-jornal-nacional-da-rede-globo-posto-que-ocupou-ate-1996-esta-foto-e-da-decada-de-1970-1348865177974_956x500

Quando a televisão começou como um meio de comunicação, estrelas do cinema e do rádio, que eram destaque na época, criticaram o novo veículo. Passado algum tempo, os jornalistas foram os primeiros a inovarem no formato transmitindo notícias pela TV, com os telejornais funcionando como formadores de opinião pública. Entre 2002 e 2008, no entanto, o consumo de fontes de notícias online aumentou em 100%, enquanto a transmissão de notícias de notícias via televisão tem perdido cada vez mais força, já que é mais prático para o público obter informações através dos portais e até pelas redes sociais, em computadores ou celulares.

6. Videolocadoras

6

Leitores de certa idade vão se lembrar da primeira vez que entraram em uma videolocadora e se alegraram com a imensidão de filmes que poderiam levar para assistir em casa, o que era revolucionário. Desde o tempo em que os vídeos caseiros explodiram na paisagem cultural no final dos anos 70 até o advento do DVD, era difícil ir a alguns quarteirões em qualquer cidade grande sem ver um videolocadora. Com o surgimento de ainda novos formatos, as vendas e aluguéis de DVD não atenderam às expectativas da indústria, perdendo até para o aluguel online, algo inesperado. Netflix foi criada em 1997, mesmo ano em que os DVDs se tornaram amplamente disponíveis, e o modelo ultraconveniente de pedidos online e entrega pelo correio enfraqueceu ainda mais as lojas de aluguel.

5. Jornal

5

Dado o que temos visto até agora, não é nenhuma surpresa que a circulação de jornais esteja caindo constantemente à medida que mais e mais pessoas migram para a web para se informarem sobre eventos atuais. O problema maior é que o jornal não está nem caindo constantemente – a queda está se acelerando, e muito rapidamente. As receitas publicitárias estão diminuindo e, enquanto essas empresas podem ser capazes de se adaptar bem o suficiente para sobreviver em uma paisagem digital, as publicações físicas, que naturalmente exigem sobrecarga para imprimir e distribuir, possivelmente serão coisas do passado em pouco tempo.

4. Catálogos

catalogo

A venda por catálogos foi uma febre quando surgiu, pois permitia que os consumidores fizessem compras de casa, recebendo as mercadorias por correspondência. Quando criou a ideia, a Aaron Montgomery Ward provavelmente não sabia que foi pioneira de um tipo inteiramente novo de comércio global, o de conveniência. Hoje, estas compras foram quase que completamente substituídas pelas online, seja de roupas, supermercados, eletrônicos ou o que mais estiver na web, em qualquer canto do país.

3. Linhas fixas de telefone

3

Nós não precisamos afirmar a importância do telefone, uma das principais invenções do mundo, que permite a comunicação instantânea de voz em qualquer lugar, em todo o mundo. Bem, em qualquer lugar que as linhas telefônicas possam ser executadas. É igualmente óbvio que o uso do telefone celular tem aumentado a cada ano, uma vez que se tornou amplamente disponível. Muitas crianças de hoje nunca usaram um telefone que não celular.

O fim das linhas fixas tem implicações na infraestrutura construída que em breve estará em completo desuso. Postes e todas as linhas distribuídas por quilômetros não terão utilidade, como aconteceu com os atendedores de chamadas, que quando surgiram eram considerados uma revolução, e hoje poucos se lembram deles.

2. Meio Físico

Livro-no-Tablet.

Alguns de vocês podem ter visto esse argumento crescendo em proeminência: que em um futuro próximo, todas as mídias serão digitais. Nós já vimos o impacto insignificante da introdução do DVD, mas não é apenas isso. Quando o acesso à internet de banda larga por cabo estiver disponível em todo lugar, qualquer formato de mídia física vai ser visto mais como uma barreira para a obtenção de conteúdo do que qualquer outra coisa.

1. Televisão

1

Embora tenha sido dito que estamos vivendo em uma época de ouro da programação da televisão, a televisão em si, a caixa quadrada grande ou tela plana, que fica no meio da sala de estar, com cabo, antena ou satélite conectado a ela para receber transmissões, parece um conceito arcaico a cada ano. Não quer dizer que as telas planas não continuarão a serem vendidas, afinal elas ficam mais baratas com o passar do tempo. É que elas não podem ser consideradas televisores, e sim monitores, pois não dependem mais de programação fixa, e é possível assisti-las através de computadores, tablets e smartphones.[ListVerse]

18 comentários

  • jodeja:

    Toda inovação tecnológica é bem vinda, mas, se necessário ainda é e deve ser possível se comunicar através da fumaça, dos tambores e do grito. Se isolar é que não pode.

  • Evandro Oliveira:

    tudo está em mudança… O que eram essas mesmas há 100 anos atras?
    Tecnologias, mesmo de informação vem e vão.

    Talvez o grande lado critico e problemático da questão. É que a busca cada vez mais rápida e fácil de se obter novas informações, está gerando a falta de interesse pela mesma, a falta de reflexão, pois antes mesmo de se dar o tempo de refletir já há uma nova para ocupar a atenção.

    Eu, no meu ver, o “Jornal”, o Jornalismo, deveria se reveintar. Primeiro porque precisamos desse tipo de informação, de pessoas questionando, investigando e comunicando aos outros. Mas precisa se reveitar.
    No meu ver, a leitura fisica, num jornal ou papel é muito mais maleavel e confortável do que a eletrônica. Todavia isso precisa ser repensado, aquelas folhas monotomas, preto e braco, hoje nos soa algo muito ultrapassado, e mesmo incomodo.

    Acho que de certa forma a ‘escrita’ precisa e está há pouco tempo de melhorar essa tecnologia. Precisa melhorar a ‘didática visual’ da escritura e dos conteutos textos, a midia dinamica precisa ser acoplada, ou uso de fontes, tamanhos, cores com o intuito de deixar a mensagem mais clara e RAPIDA de se compreender e ler. Além de questões de filtro de noticias, ou um ‘sistema de busca eficiente’ acoplado a tais, no papel jornal, tem que procurar o indice e depois ficar caçando a pagina, com um monte de folha sque ainda borram seu dedo, isso é incoerente com o mundo de hoje…

    Os canais de TV precisam se reveintar, se tornar mais inteligente. O Youtube teve uma grande sacata midiatica e a disponibilização de conteudo diverso. Por outro lado a TV antiga ainda usa uma grade de programação padronizada, ainda passando Faustão! Essas tecnologias precisam se fundir. As emissoras precisam oferecer conteudos diversificados e flexiveis, para o usuário escolher.

  • Antonio Braga:

    Ou será que ‘atendedor de chamada’ é a secretária eletrônica?

  • Antonio Braga:

    Para quem não entendeu, ‘atendedor de chamada’ é telefonista, tá?

  • diegonoxxx:

    Num futuro não muito distante, não diria mais que 30-40 anos, imagino que teremos todas tecnologias de comunicação e visualização incorporadas, fundidas ao nosso corpo através da nanotecnologia. Imagens e sensações poderão ser projetadas diretente em nosso cérebro sem precisar estar no mesmo espaçofísico da origem dos sinais. Seria esse um ensaio para a Onipresença? …

  • Katiani Martins:

    Maior bobagem que já li, hypescience. Os computadores e televisões nunca acabaram com os livros. E nunca acabarão. Falam como se toda a população tivesse condições de adquirir todas essas “novidades”. Não vivem a realidade brasileira!

  • kaccos:

    Em uma cultura de consumo,alienada e fadada a desaparecer não estamos perdendo nada!Perdemos sim,aulas de formação musical,qualidade nas escolas,na saúde e qualidade de vida!Enquanto o consumo for considerado cultura no Brasil ai sim estaremos perdidos!

  • Marcus Vinicius Boucinha:

    Esse papo que a Tv vai deixar de existir pode ser improvável, mas vai perder muita força e influência, assim como o rádio. Ou quando você procura se informar a primeira coisa que pensa é em ligar o rádio? Ou a televisão?

    Estamos assistindo a televisão virar um meio ultrapassado de comunicação, e eu fico feliz em estar assistindo!

  • Augusto Nogueira Cavalcante:

    Eu não tenho como explicar qual é, ou foi a melhor invenção humana, pois, a cada novidade exclamamos, SÓ FALTAVA ESSA! e, será assim por toda vida. As ” barcas ” impuseram uma marca ” embarcar “, hoje ainda sou um velho jovem com 59 Dezembro e, nunca ouvi alguém pronunciar hoje eu vou “TREMZAR”, “ÔNIBUSAR” ou “AVIÃOSAR” às 10:10h para algum lugar, só diz ” EMBARCAR “. Depois o TELÉGRAFO, TELEFONE e, a campeã de todas as atuais novidades de comunicação ” TELEVISÃO “

  • Diana Padua:

    Concordo com o Marcelo Ribeiro: “se perdendo” não é o mesmo que “desaparecendo”. Alguns desses meios irão se adaptar, outros perderão o bonde.

    Agora, se puderem trazer mais informações sobre o suposto fim dos “catálogos”, eu gostaria muito de saber. Porque até aonde eu sei, a maior “livraria” do Brasil ainda é o catálogo da Avon.

    Não caiam em um erro comum dos “apocalípticos”: o Brasil AINDA não é digital, nem wi-fi. É fácil cair nesse erro quando olhamos à nossa volta, que geralmente é povoada de pessoas como a gente, com o mesmo poder aquisitivo e acesso à informação, ainda mais nos grandes centros. 99,9% das cidades brasileiras têm uma realidade que ainda é bem oposta à de São Paulo. 😉

  • Anderson Napivoski:

    Ao menos assim a manipulação perde força…

  • Silvio Pinto:

    Acho que o Marte está com os pés bem plantados na Terra. É muito difícil prever o futuro. Diziam que a TV ia matar o cinema e as estações de radio. Estão ainda aí. A mídia em papel também vai ter o seu lugar, em determinados casos, devido a praticidade, portabilidade, e ao fato de não precisar ser ligada e consumir energia quando consultada.

  • Marte:

    Esse discurso já foi usado para o rádio, quando surgiu a TV. E ele está aí até hoje – mesmo com as “web-radios”.

    Talvez o único real candidato ao fim dessa lista seja as videolocadoras, mas tenho minhas dúvidas.

    Num passado recente falaram que a era do papel havia acabado, no entanto nunca se gastou tanto papel, mesmo com a profusão dos arquivos eletrônicos.

    • PhysicistJB:

      Marte, vc quer convencer q atualmente o rádio tem tantos espectadores quanto antes? Vc não notou q houve uma diminuição estratosférica de pessoas q dizem: “eu ouvi a novela”, ou ainda “ah, ouvi essa notícia no rádio”. O cara tem q ser muito idoso pra acompanhar rádio (meu avô adora escutar futebol assim) ou vive numa comunidade bem afastada da cidade. Não usamos mais vitrolas, fitas k7, carros com carburador, etc. Os equipamentos como rádio não caíram em desuso ainda, mas, o mundo não vai explodir hj, não é mesmo? Quanto ao papel, se vc pensar em números absolutos, é verdade q o uso de papel aumentou, porém, pense em números relativos, ou seja, divida pelo número de habitantes. Dessa forma, o número relacionado ao uso de papel despenca. Concorda?

    • Anderson Thiago:

      Eu creio que o rádio não acabou por que é um tipo de mídia mais “humana”, por assim dizer. O rádio nos leva a ter um falso contato de intimidade com o locutor que estamos ouvindo, o que não acontece em algumas outras mídias. O fato da programação ser ao vivo, na maioria das rádios, faz com que isto aumente também o contato com seu ouvinte. O restante, creio que estão fadados ao desuso, mas não o fim. A TV vai imperar muito tempo, mas as emissoras vão ter que mudar o padrão. Hoje várias tvs acessam a internet, alugam filmes, compram seriados, etc., então assistir tv com uma grade fixa é coisa do passado já. Jornais e livros sempre serão melhores para ler do que em eletrônico qualquer. Telefone fixo é passado para muitos, mas eu tenho, e acho indispensável. As videolocadoras estão sobrevivendo por causa das Lan Houses e pelo aluguel dos Blurays, porém, na minha cidade (Cascavel-PR) a maioria das lojas já fecharam. É assim, o mundo vai evoluindo, quem não acompanha, fica para trás. Na lista ainda adiciono as lojas de revelação de fotos, que estão perdendo a força para as lojas virtuais.

    • Genioso Irreligioso:

      A motocicleta não matou a bicicleta; hoje vemos motos; bicicletas e até mais recentemente um revival das “bicicletas motorizadas”. A t.v. vai se adaptar e sobreviver mesmo que atrelada à net; será saudável pra ela kkk

      =]

    • Marcelo Ribeiro:

      “Se perdendo” não é o mesmo que “desaparecendo”. Qual a influência do rádio na cultura atual e qual era 60 anos atrás? O mesmo vai acontecer indubitavelmente com os itens citados neste artigo. Não vão necessariamente desaparecer, mas terão sua influência profundamente reduzida ou modificada.

  • João Soares:

    uma resposta: Internet

Deixe seu comentário!