Cura do Alzheimer? Novo medicamento apresenta resultados promissores

Por , em 3.11.2016

Um novo tratamento experimental contra o Mal de Alzheimer mostrou-se promissor e livre de efeitos secundários nocivos. A informação é de um grupo de pesquisadores norte-americanos. A pesquisa, publicada na revista Science Translational Medicine, com base em uma pequena amostra de 32 pessoas, deu origem a dois ensaios clínicos mais amplos que estão em andamento, com mais de 3.000 indivíduos.

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O tratamento utiliza um composto chamado verubecestat, desenvolvido pela Empresa Farmacêutica dos EUA. Ele reduz os níveis de proteínas chamadas beta amilóides ao bloquear uma enzima conhecida como BACE1.

Em pessoas com Alzheimer, as proteínas se amontoam em placas que danificam o cérebro, afetando habilidades cognitivas, especialmente a memória. A BACE1 desempenha um papel fundamental na produção das proteínas. As 32 pessoas que participaram no primeiro ensaio clínico foram diagnosticadas com Alzheimer de leve a moderado.

Sem efeitos colaterais

Laboratórios farmacêuticos estão trabalhando para desenvolver compostos que podem parar ou mesmo reverter a formação destas placas. Até agora, os produtos desenvolvidos para neutralizar a enzima BACE1 tinham efeitos colaterais muito tóxicos, como danos no fígado ou neurodegeneração. Mas o mesmo não acontece com o verubecestat, diz o Dr. Matthew Kennedy, do laboratório de pesquisa da Merck no estado de Nova Jersey, nos EUA.

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Os pesquisadores descobriram que uma ou duas doses do composto foram suficientes para baixar os níveis de proteínas sem causar efeitos colaterais.

Os dois ensaios clínicos, chamados de fase 3, que estão agora em curso para avaliar quão bem o verubecestat se sai serão concluídos em julho de 2017. Se os resultados forem bons, o composto pode ser comercializado como uma pílula em dois ou três anos.

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A Organização Mundial de Saúde diz que 36 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de alguma forma de demência, a maioria delas com Alzheimer. O número deverá duplicar até 2030, ultrapassando os 65,7 milhões, e triplicar em 2050, chegando a 115,4 milhões, se nenhum tratamento efetivo for encontrado nos próximos anos. [Medical Xpress]

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