As crianças de hoje são mais fracas

Por , em 23.05.2011

Se você é mãe ou pai, deve lembrar sempre seu preguiçoso filho do quanto você se divertia quando era criança: subia em árvores, corria descalço, escalava paredes, etc. Mas hoje? Hoje tudo que as crianças fazem é ficar no computador ou em frente à TV.

Os resultados de uma nova pesquisa levam a preocupações sobre o impacto na saúde das crianças causado pelo abandono de atividades ao ar livre.

Esse abandono de atividades tradicionais está deixando as crianças de 10 anos fisicamente mais fracas do que as de uma década atrás. Elas se cansam rápido, são menos capazes de se pendurar em uma parede ou barra, e têm geralmente menos massa muscular.

Normalmente, essas atividades tradicionais aumentavam a força das crianças, tornando-as capazes de se levantar e segurar seu próprio peso corporal.

Os pesquisadores britânicos estudaram o quão forte era um grupo de 315 crianças de 10 anos em 2008 em comparação a 309 crianças da mesma idade em 1998. Eles descobriram que mesmo que as crianças tivessem a mesma relação de altura e peso, elas ficaram mais fracas, menos musculosas e incapazes de fazer tarefas físicas que as gerações anteriores achavam fácil.

Em particular, o número de flexões que as crianças de 10 anos podiam fazer diminuiu 27,1% entre 1998 e 2008, a força do braço caiu 26% e a força de preensão 7%. Uma em cada 10 crianças não conseguia segurar seu próprio peso, quando penduradas em barras.

Pesquisas anteriores mostraram que as crianças estão se tornando menos ativas e mais sedentárias e, em muitos casos, mais pesadas do que antes. Mas o novo estudo também descobriu que as crianças em 2008 tinham o mesmo índice de massa corporal (IMC) das da década anterior.

Isso sugere que é o tipo de atividade que a criança faz que mudou. A saúde e segurança impostas atualmente estão impedindo que elas escalem árvores e brinquem com cordas, que costumavam ser práticas correntes para as crianças do passado.

Agora, as autoridades escolares não deixam mais isso acontecer. Segundo os pesquisadores, cair de uma árvore costumava ser uma boa lição em como aprender a escalar melhor. Agora, o medo de repreensão faz com que a criança nem tente subir mais.

Mas o que seria melhor: que ela fosse livre para praticar atividades ao ar livre, ou que ela ficasse em segurança jogando videogame dentro de quatro paredes, sem ver um raio de sol?[Telegraph]

20 comentários

  • José Calasans:

    O se humano precisa de exercícios físico e intelectual,não só as crianças,os adultos e velhos também,sabemos muito bem que as atividades físicas ajudam a manter o corpo em forma,assim como ler e procurar resolver problemas de lógica etc…ajudam no desenvolvimento do cérebro,o correto se possível é praticar exercícios físico e mental.

  • Ezio Jose:

    Moro em um condomínio fechado com vários blocos. Tem muito espaço com áreas de lazer tais como quadra de esporte, academia de ginástica, parquinho infantil, praça com bancos ao redor e toda desenhada com os quadrados paras as crianças jogarem amarelinhas enquanto os pais, as babás ou irmãos mais velhos batem papos e vigiam os pequenos.
    Graças à Deus não vejo este problema em todos os lugares. Mas creio que a tendência para piora é isto mesmo que a maioria dos comentários estão afirmando. Porém, na realidade, tudo depende da disponibilidade e da educação que damos aos nossos filhos de forma paliativa com os atuais costumes impostos pela sociedade.

  • ALX:

    Não so as crianças mais tambem os adultos,com tantas mordomias,automoveis,motos,controle remoto,computador,portão eletronico,entre outras frescuragens acabam deixando todos sedentarios. Daqui uns tempos nem pra acender a luz vamos precisar de esforço é so bater palmas ou quem sabe pedir q acontece rsrs

  • Evandro:

    Não é só isso. Muitas outras mudanças ocorrem nas novas gerações. De certo modo são meio que mongos e possuem visões muito limitadas sobre tudo, especialmente a sociedade e o mundo. Sem contar parece nennhuma mais ter uma boa criatividade.

    Alias, a maioria das crianaçs que conheço hoje, eu chamaria de obesas. Podem não parecer gordas, nem serem barrigudas. Mas o que tem é pele, “gordura” e osso. São tudo, literalmente, moles. Não aguentam correr uns 200m, que já ficam ofegantes. Flexão? Mal conseguem fazer 5. Abdominais então… nem se fala. E vejo isso muito comum mesmo com adolescente de 15 anos. Nas perifierias é um pouco diferente pois ainda se joga muito futebol. Todavia tenho observado também, que os garotos e adolescentes de hoje são mais estabanados, possuem menos equilibrio, derrubam mais coisas, e se lesionam mais; principalmente, quando vão fazer coisas do tipo “pular”, “correr” ou mesmo “andar” em superficies irregulares. Alguns eu diria que nem sabem como andar direito, muito menos correr, fazem movimentos bizarros com as pernas. Ou seja, não estão desenvolvendo as capacidades fisicas. Talvez só as dos dedos da mão para digitar no teclado, no celular, e no controle do ‘play’.

  • ShadowsAV:

    Malz, dupliquei sem quere, o botão enviar funcionou com delay =/

  • ShadowsAV:

    Hoje é dia 24, fiz 18 anos dia 21. Dês dos meus 13 anos eu fico no computador, todos pensavam e muitos ainda pensam que eu vivo sem fazer nada, só fico no computador etc… Injênuo engano quem pensa que computador só serve pra acessar o Orkut, Facebook, Twitter e notícias da última besteira da Lady Gaga.

    Em algum momento alguém estava ficando mais fraca com jogos de vídeo game (daqueles lentos que não melhoram a velocidade de resposta nas ações, reflexo), outra estava ficando mais forte subindo em uma árvore, enquanto isso eu estava lendo textos similares a esse aqui. Quem tem maior chance de ter um futuro melhor?

    Problema deles se hoje grande maioria das crianças/pré adolescentes são alienadas e entram todos os dias no facebook. Quanto às crianças que são mais fortes que eu, tenho 1,65m e 47Kg, não trocaria 1! artigo da internet, dos cerca de 50! que leio (e compreendo) todos os dias, por 1Kg de massa muscular. Prefiro mil vezes a inteligência do que a força.

    Porque não comparam A INTELIGÊNCIA de pessoas como eu, que não gastou o tempo nas árvores ou nas redes sociais, com as crianças de árvores de qualquer momento da história…? Ou um grupo mais culto com os alienados? – Para provar que o que faz a diferença no QI é a vontade de aprender e não a modernidade. Eu não sei, mas garanto que o Einstein e outros tantos experts conhecidos não ficavam o dia inteiro “nas árvores”, nem o dia inteiro lendo livros…

    • Ezio Jose:

      DESDE que nós nos achamos mais inteligentes pelo fato de sabermos escolher o que é útil e separarmos daquilo que é inútil, precisamos saber que não somos mais INGÊNUOS.
      Na realidade, não há nada escrito que Einstein fazia do seu tempo integral somente buscando conhecimentos específicos. Que ficava só lendo e escrevendo ou que ficava só subindo em árvores. Mas o que nós precisamos é dividir o tempo entre uma atividade e outra, principalmente a atividade física que ajuda a renovar as células e ativar o desenvolvimento mental.

  • Pedro:

    É muito importante considerar que antigamente as ruas não eram tão violentas como hoje. A maior segurança explica o porquê das crianças se divertirem mais dentro de casa… Segurança.

    • Sabriina:

      A realidade !! Pelo menos 1 pessoa sabe disso ( 2 com eu )

  • Chessmaster_:

    Creio que o abismo entre crianças e adultos está diminuindo na proporção de novas tecnologias…
    Os “pequenos” sedentários, enclausurados em quartos, disperdiçam neurônios com as complexidades dos jogos virtuais e inúmeras futilidades da internet, tendem a desenvolver prematuramente sintomas comum aos adultos, como irritabilidade, pressão alta, baixa imunidade, etc…

    • Erto:

      Concordo sim.
      Mas podemos remediar isso.
      Meu filho mesmo, se deixar ele fica no video game e os carrinhos miniaturas dele o tempo todo e esquece até de comer.
      O que eu faço agora é, sair para pedalar com ele, ler junto com ele.
      Finais de semana procuro não deixar ele em casa, vamos a praia ou parques.
      Infelizmente o ES não é muito rico em cultura para o estimular.
      Mas os livros têm atraido a atenção dele e isso me deixa feliz.
      Hoje quando falo: Chega de video game. Ele na boa sem reclamar desliga. Isso é um avanço e tanto.
      Aptº nos limita demais.

    • ShadowsAV:

      Hoje é dia 24, fiz 18 anos dia 21. Dês dos meus 13 anos eu fico no computador, todos pensavam e muitos ainda pensam que eu vivo sem fazer nada, só fico no computador etc… Injênuo engano quem pensa que computador só serve pra acessar o Orkut, Facebook, Twitter e notícias da última besteira da Lady Gaga.

      Em algum momento alguém estava ficando mais fraca com jogos de vídeo game (daqueles lentos que não melhoram a velocidade de resposta nas ações, reflexo), outra estava ficando mais forte subindo em uma árvore, enquanto isso eu estava lendo textos similares a esse aqui. Quem tem maior chance de ter um futuro melhor?

      Problema deles se hoje grande maioria das crianças/pré adolescentes são alienadas e entram todos os dias no facebook. Quanto às crianças que são mais fortes que eu, tenho 1,65m e 45Kg, não trocaria 1! artigo da internet, dos cerca de 50! que leio (e compreendo) todos os dias, por 1Kg de massa muscular. Prefiro mil vezes a inteligência do que a força.

      Porque não comparam A INTELIGÊNCIA de pessoas como eu, que não gastou o tempo nas árvores ou nas redes sociais, com as crianças de árvores de qualquer momento da história…? Ou um grupo mais culto com os alienados? – Para provar que o que faz a diferença no QI é a vontade de aprender e não a modernidade. Eu não sei, mas garanto que o Einstein e outros tantos experts conhecidos não ficavam o dia inteiro “nas árvores”, nem o dia inteiro lendo livros…

  • BARRIGUDO:

    …muito vídeo game e tv,exercícios físicos nenhum,e em muitas cidades nem áreas de lazer possuem,isso dificulta ainda mais…

    • Evandro:

      na minha época, nossa área de lazer era a rua… mesmo sendo ingreme e asfaltada cheia de buracos. A garotada de toda a rua (inclusive meninas) saiem para brincar… e assim era boa parte da maioria dos dias.

  • lafaq:

    antigamente quando EP, na idade do imperio? que eu saiba as cidades existem há muito tempo e nem por isso quer dizer que crianças que nao nasceram em roça sao fracas. eu mesmo nao nasci em roça e sempre brinquei e fiz atividades fisicas, por isso tenho uma boa resistencia hoje em dia

    • EP:

      Sim, em partes você tem razão. Mas hoje em dia os pais não incentivam os filhos a saírem da frente do PC ou da TV para ir brincar com os amigos. O peso máximo que eles carregam é das mochilas escolares.

      E mesmo que elas não trabalhassem na roça, não tinha entretenimento algum antigamente. O restava? Sair lá fora e brincar. Infelizmente este é um lado ruim das tecnologias.

  • D3lta:

    Que ironia, entrei aqui para ler o artigo, e de cara vi uma propaganda de uma grande pizza!! KKKKKKK, realmente as crianças de hoje estão ficando bem mais fracas.

  • Tony Amorim:

    Infelizmente, essa fraqueza não é só física, hoje em dia quase não se ensina mais a tabuada, e não se trabalha mais a capacidade de memorização (não necessariamente “decoreba”) e concentração/coordenação, hoje em dia o computador faz tudo e o Copiar/colar é o recurso que a gente mais vê por aí.

  • EP:

    Isso é meio óbvio. Antigamente as crianças cresciam trabalhando na roça, hoje em dia o esforço que fazer é levar o material escolar nas costas. Isso que durante o dia só jogam videogame e olham TV…

    • Erto:

      Cara, nada a ver vc relacionar antigamente, criança, trabalho e roça.
      Claro, não estou desabonando o fato, mas não generalize.
      Eu fui criado em cidade, numa casa com quintal e árvores. E de fato o texto reflete muito o que era e o que é.

      Por exemplo, até hoje sou um moleque com 43 anos, mas moro em aptº a 15 anos e meu filho de 6, criado “preso”, nem de longe se compara a vida que tive.
      Hoje para se aprender a andar de bicicleta se usa capacete, joelheira, luva, etc. Eu falo para ele que aprendi a andar sem nada disso e sem rodinhas, caia, me ralava, sangrava, mas não desistia.
      Cai de árvore e rasguei a perna.
      Mas convesso que trocaria todos apetrechos de meu filho hoje, pela vida de antes.

      Sim, sou o culpado. Todos nós pais somos. Hoje nem educar o filho se pode. Se você der um tapa no seu filho corre o risco de parar na delegacia.

      Acredito sim, que as crianças de hoje estão mais fracas fisicamente, porém, mais espertas intelectualmente.

      Será que uma coisa compensa a outra?

Deixe seu comentário!