Asteroides: descoberta, formação e exploração

Por , em 10.11.2011

Asteroides: você com certeza já ouviu bastante essa palavra, que parece comum, mas será que você sabe mesmo do que estamos falando?

Asteroides são pequenos mundos rochosos e sem ar que giram em torno do sol. Eles são pequenos demais para serem chamados de planetas, mas também são conhecidos como planetoides ou planetas menores. No total, a massa de todos os asteroides é menor do que a lua da Terra.

A maioria deles se encontra em um vasto anel entre as órbitas de Marte e Júpiter. Este cinto principal detém mais de 200 asteroides com mais de 100 quilômetros de diâmetro.

Os cientistas estimam que o cinturão de asteroides também contém mais de 750 mil asteroides com mais de 1 quilômetro de diâmetro, e milhões menores que isso.

Mas nem tudo no cinturão é um asteroide – por exemplo, cientistas descobriram recentemente cometas lá, além de Ceres, uma vez considerado um asteroide, mas agora também considerado um planeta anão.

Muitos asteroides estão fora do cinturão principal. Por exemplo, um número de asteroides chamados de troianos orbita ao longo de Júpiter. Três grupos – Atenas, Amor e Apolo – orbitam perto da Terra, no interior do sistema solar, por vezes cruzando caminho conosco e com Marte.

De onde eles surgiram?

Os asteroides são restos da formação do nosso sistema solar, há 4,6 bilhões de anos. Logo no início, o nascimento de Júpiter impediu qualquer corpo planetário de se formar no espaço entre Marte e Júpiter, fazendo com que os pequenos objetos que estavam ali colidissem uns com os outros, e se fragmentassem nos asteroides vistos hoje.

Eles podem ser tão grandes quanto Ceres, atingindo 940 quilômetros de diâmetro (também considerado um planeta anão). Ceres responde por um quarto de toda a massa de todos os milhares de asteroides conhecidos do ou perto do cinturão de asteroides.

Por outro lado, um dos menores, descoberto em 1991 e chamado 1991 BA, tem apenas cerca de 6 metros de diâmetro.

Quase todos os asteroides têm forma irregular, embora alguns sejam quase esféricos, como Ceres. Eles têm muitas vezes crateras – por exemplo, Vesta tem uma cratera gigante de 460 quilômetros de diâmetro.

Mais de 150 asteroides também são conhecidos por terem uma pequena lua companheira, com alguns tendo duas luas. Asteroides binários ou duplos também existem, situação em que dois asteroides de tamanho aproximadamente igual orbitam um ao outro. E sistemas de asteroides triplos são conhecidos também.

Muitos asteroides aparentemente foram capturados pela gravidade de um planeta; prováveis candidatos incluem as luas Phobos e Deimos de Marte, e luas mais distantes de Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

A temperatura média da superfície de um asteroide típico é de menos 73 graus Celsius. Eles permanecem praticamente inalterados há bilhões de anos e, sendo assim, estudos em asteroides poderiam revelar muito sobre o sistema solar na sua juventude.

Classificação

Além de classificações baseadas em suas órbitas, a maioria dos asteroides se divide em três classes, com base na sua composição.

O tipo C, ou carbonados, são de cor acinzentada e são os mais comuns, contando por mais de 75% dos asteroides conhecidos.
Eles provavelmente são compostos de argila e pedra de silicato, e habitam regiões externas do cinturão principal.

Os asteroides do tipo S, ou sílicos, são esverdeados para avermelhados, e compõe cerca de 17% dos asteroides conhecidos. Eles dominam o interior do cinturão de asteroides, e parecem ser feitos de materiais de silicato e níquel-ferro.

Os asteroides do tipo M, ou metálicos, são de cor avermelhada, constituem a maioria do resto dos asteroides, e habitam na região média da faixa principal de asteroides. Eles parecem ser compostos de níquel-ferro.

Há muitos outros tipos raros com base na composição, como, por exemplo, os tipo V, igual ao Vesta, caracterizados por ter uma crosta basáltica vulcânica.

Nomeação

A União Astronômica Internacional é menos rigorosa com a nomeação dos asteroides do que com outros corpos celestes, por isso existem asteroides nomeados em homenagem ao Sr. Spock de “Star Trek” e ao músico de rock Frank Zappa, bem como homenagens mais solenes, como os sete asteroides nomeados pela tripulação que foi morta no acidente do ônibus espacial Columbia em 2003. Asteroides também recebem nomes com números, por exemplo, 99942 Apophis.

Exploração

A primeira sonda a fazer imagens próximas de asteroides foi a Galileo, da NASA, em 1991, que também descobriu a primeira lua orbitando um asteroide, em 1994.

Em 2001, após a nave espacial NEAR da NASA ter estudado intensamente o asteroide Eros, que fica perto da Terra, por mais de um ano em órbita, os controladores da missão decidiram tentar pousar a nave espacial no mundo.

Embora ela não tenha sido projetada para o pouso, NEAR pousou com sucesso, estabelecendo o recorde como a primeira nave a pousar com sucesso em um asteroide.

Em 2006, a Hayabusa do Japão se tornou a primeira espaçonave a pousar e decolar de um asteroide. Ela retornou a Terra em junho de 2010, e suas amostras estão atualmente em estudo.

A missão Dawn da NASA, lançada em 2007, está programada para explorar Vesta entre 2011 e 2012, e Ceres em 2015, e será a primeira nave a visitar esses corpos.[Space]

12 comentários

  • Antonio Costa:

    Os pequenos cometas e asteroides serao muito uteis no futuro no processo que se chama de “terraformacao”, ou seja, a transformacao do meio ambiente de planetas ou de seus satelites, de forma a possibilitar a vivencia nos mesmos dos seres humanos sem grandes dificuldades de adaptacao. Esses asteroides e pequenos cometas entrarao com a agua, apos serem desviados de suas rotas originais. Os humanos utilizarao bacterias geneticamente modificadas e programadas para a liberacao de oxigenio necessario á vida.

  • Rogério Floripa:

    Baixar o Documentário – Asteróides – O Bom, o Mau e o Feio – http://t.co/MLBEyPQg

  • Jonatas:

    Imagine ser astronauta em Eros, asteróide de uns 33km de comprimento. Primeiramente decolar dali é mais fácil que aterrissar, por que a gravidade é inferior a 1/5.000 da gravidade terrestre. De preferência, deve fixar grampos nas rochas para se manter na superfície do asteróide, do cantrário um pequeno impacto tem força suficiente pra te arremeçar no espaço sem volta, a gravidade não é suficiente pra lhe trazer de volta a Eros. Não faz o menor sentido tentar caminhar e nem saltitar como fazem na Lua, você flutuaria a centímetros do solo dando pequenos impulsos ao tocar os pés no chão, suficientes pra passar dezenas de metros sem voltar a tocar no solo. Você olharia pro espaço limpo, todo estrelado e sem ar no céu, onde veria uma estrela brilhante branca e azulada sendo ela a Terra, cuidado pra não olhar pro Sol, mesmo distante, ele te queimaria os olhos. Nesse mundo, és mais forte que o superman, poderia colocar um objeto em órbita sem muito esforço, tente subir uma montanha (há elevações enormes em Eros), com poucos e leves impulsos, e arremesse uma pedra ao horizonte. Com bastante sorte, ela poderia ficar presa na órbita de Eros, e com ainda mais sorte e paciência você a veria aparecer do outro lado, passar e continuar rumo ao horizonte, Você acabaria de ter criado uma pequena lua de Eros.
    Embora esse texto pareça viagem, tudo descrito não saiu de devaneios, mas de imaginação de como seriam os efeitos em mundos irregulares de baixa gravidade e muitos documentários assistidos no Natgeo. O espaço é tão vasto e misterioso que a imaginação pode passear livre por ele.

  • Glauco:

    Mentiras, mentiras, mentiras. Asteróides são os corpos mais sem graça do espaço.

    • Jeffin:

      P*r#@ tu só fala besteira cara

    • Glauco:

      Tem qm gosta!!

  • Tigre:

    Interessante o asteroide citado no texto, o Apophis, que é o detentor do recorde de maior risco de colisão com a Terra. Ele que passará por aqui em 2029 e 2036, esse sim é um corpo do qual as pessoas deveriam ter medo, pois, caso ele passe por um pequeno espaço (keyhole – que tem algumas centenas de metros de comprimento), ele entraria em rota de colisão com a Terra, mesmo que a chance seja pequena (1 em 250.000), já é preocupante. Mas, até lá, e caso der algum problema, nós provavelmente já teremos a tecnologia necessária para desviar o seu curso.

    • 3dx:

      não se preocupe, isso é a chance de ele cair no PLANETA TERRA, mas esse número quase fica 20x + alto de probabilidade de cair EM TERRA, pode cair na água, ou numa zona desabitada

    • Fernando:

      Sera??? vc tem tanta certeza assim???
      Olha com a velocidade de tartaruga que a nossa tecnologia anda a unica coisa que eles pudessem fazer era soltar um bomba atomica para explodir isso no espaco.

    • Romário Huebra:

      Vc naum tem ideia de quais tecnologias a NASA e os EUA escondem do mundo.

    • CASTOR:

      pra vc ter uma ideia … o uso do plasma pra cortar ferro existe deis dos anos 50

      o F117 invisivel a radares existe deis dos anos 80

      lazer que desintegra pessoas ja existe

      eu acredito que a russia tem mais tecnologia escondida do que os EUA

      esplodir um asteroide no espaço não deve ser complicado pra eles

    • Romário Huebra:

      Não é “deis” é “desde”.
      kkkkkkkkk

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