Causa de explosão estelar é desvendada

Por , em 6.03.2012

A origem de um importante tipo de explosão estelar – a supernova Ia – foi descoberta, por um equipe da Universidade de Pittsburgh. O estudo desse tipo de supernova ajuda os pesquisadores a quantificar dados sobre as galáxias e outras descobertas astronômicas.

O investigador líder do estudo, Carlos Badenes, detalhou as formas com que imagens multicoloridas foram usadas para determinar que tipos de estrelas produzem o tipo Ia de supernovas.

“Nós sabíamos que duas estrelas precisam estar envolvidas nesse tipo de explosão, e que uma precisava ser uma anã branca”, afirma Dan Maoz, coautor do estudo. “Mas existiam duas possibilidades para a identidade da outra estrela, e é isso que nós procurávamos”.

De acordo com Badenes, a segunda poderia se uma “estrela normal”, como o sol, ou outra anã branca, que é menor, porém mais densa e composta de matéria de elétrons degenerados. A equipe suspeitava que a segunda opção, com duas anãs brancas no mesmo sistema solar, orbitando uma à outra a mais de 750 mil quilômetros por hora, seria a hipótese mais plausível. Conforme elas ficassem mais rápidas e fossem chegado mais perto, um dia iriam se fundir.

“Existiam razões óbvias para suspeitar que a supernova Ia viria de uma dupla de estrelas anãs”, afirma Maoz. “Mas nossa maior questão era se existiam anãs brancas o suficiente para produzir o número de supernovas que vemos”.

Como as anãs brancas são extremamente pequenas e fracas, não existe esperança de avistá-las em galáxias distantes. Por isso, Badenes e Maoz se viraram para o único local onde poderiam ver isso: a parte da Via Láctea a cerca de mil anos-luz do sol.

Apesar do processo de arquivamento de dados ser desafiador, a equipe conseguiu compilar uma lista com mais de quatro mil anãs brancas em apenas um ano.

“Nós encontramos 15 duplas de estrelas anãs brancas na vizinhança local, e então usamos simulações de computador para calcular a média com que elas se fundiam”, afirma Badenes. “Nós então comparamos o número de duplas se fundindo aqui com o número de supernovas Ia avistadas em galáxias distantes que lembram a Via Láctea”.

O resultado foi que, em média, uma fusão de anãs brancas acontece na Via Láctea a cada século.

“O número é incrivelmente próximo da média de supernovas tipo Ia que observamos em galáxias parecidas com a nossa”, afirma Badenes. “Isso sugere que as estrelas anãs são uma explicação plausível para esse tipo de supernova”. [ScienceDaily]

6 comentários

  • fernanda ribas:

    oi jonatas ,gostei so seu comentario ,parece que vc conhece do assunto,se fosse possivel se vc tiver alguns materias ,gostaria de ter,pois sou estudante de fisica estou no 4 ano,estou fazendo um trabalho sobre esse tema…, uems/dourados….t+

  • Campos:

    Não acredito nisto. Temos um total de 30.000.000 de explosões por ano ou uma explosão a cada segundo. Estas explosões estão acontecendo desde o inicio do universo. Isto seria destruidor para o universo se tivesse que destruir estrelas a cada explosão. Não nascem uma estrela por segundo e destruir uma estrela por segundo no inicio do universo era mais do que nascia. Isto pode ser falado agora com o céu cheio de estrelas, mas no inicio isto seria ridículo. Sabemos que estas explosões são causadas por descargas de raios gama e isto é causado pela energia eletromagnética existente no espaço extra universo, que se descarrega em nosso universo, como os raios atmosféricos descarregam-se no planeta terra, como se eles nascessem do nada.

  • fabio:

    e como e este tipo de explosão??
    supernova Ia

    • Jonatas:

      Essas explosões são as favoritas dos pesquisadores, porque são muito luminosas e da pra ver quando ocorrem em galáxias distantes, e principalmente porque sempre apresentam a mesma intensidade, ao contrário das supernovas convencionais onde sua intensidade varia de acordo com a massa da estrela que a origina.
      Dessa forma, as Supernovas la atuam como faróis do Universo, sendo a referência perfeita para se medir as distâncias atravéz de sua intensidade aparente, porque já sabemos qual é a intensidade absoluta.

  • Jonatas:

    Parece de fato que o modelo que conheci, de acreção de densidade por parte da anã-branca com matéria sendo sugada de uma estrela gigante vermelha ou de sequência principal, foi deixada de lado. Bom, isso nos deixa mais tranquilos quanto a Sírius e Prócion, que possuem uma companheira anã-branca e estão a apenas 9 e 11 anos-luz.

    • Marte:

      Sim, e não poderia ser deixada de lado.

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