Clipe da música “Cymatics” é uma verdadeira aula de ciência

Por , em 17.11.2014

O músico neozelandês Nigel Stanford lançou uma canção chamada “Cymatics”, nomeada em homenagem ao estudo das ondas, como vibrações sonoras (em português, “Cimática”).

O videoclipe é uma verdadeira aula de ciência. Não só exibe a arte da visualização do som, como outros conceitos científicos, por exemplo ferrofluido, placas de Chladni, bobinas de Tesla e um tubo de Rubens.

Cymatics é o primeiro single do novo álbum de Stanford, “Solar Echoes”. “A ideia principal era criar um vídeo onde cada som tivesse um elemento visual correspondente”, disse Stanford. “Foi um projeto incomum, pois foi criado ‘de trás pra frente’. A música foi escrita depois”.

Confira o videoclipe:

Os elementos científicos

O primeiro elemento que aparece no vídeo é a placa de Chladni. Os padrões geométricos formados numa camada fina de areia, depositada sobre uma placa de vidro ou metal, vibrando em frequências diferentes, são chamadas “figuras sonoras de Chladni”, em homenagem a seu descobridor, Ernst Chladni, o “pai da acústica”.

No vídeo, uma superfície de metal fino coberta com areia é ligada ao topo de um alto-falante. Quatro frequências (657Hz, 1565Hz, 932Hz, 3592Hz) foram escolhidas para criar padrões diferentes.

Confira o making-of da cena:

Em seguida, um líquido ferrofluido é derramado em uma bandeja, e ondula conforme três eletroímãs embaixo da mesma bandeja são movimentados. Por sua vez, os ímãs são ativados com as notas de um teclado.

Confira o making-of da cena:

Mais tarde, padrões de chamas são criados a partir de um tubo de metal cheio de gás inflamável, ligado a um alto-falante. Diferentes frequências de áudio – 409Hz, 490Hz e 564Hz – formam ondas de pressão no gás, criando chamas altas e baixas que brotam dos buracos ao longo da parte superior do tubo.

O chamado “tubo de Rubens” mostra como o gás combustível, sob ação de uma fonte sonora, é movimentado da mesma forma que o ar ao transmitir o som.

Confira o making-of da cena:

Perto do final do vídeo, Stanford veste um traje de Faraday para experimentar com uma bobina de Tesla de alta tensão, disparando raios de eletricidade nele. Essa bobina, inventada por Nikola Tesla, é um transformador ressonante.

O traje de metal cria um caminho para o chão que conduz a eletricidade em torno do corpo seu usuário, sem causar danos a ele. Incrível, não?

Confira o making-of da cena: [io9, Dezeen]

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