Enorme explosão criou uma imensa cratera na Alemanha e a causa foi inusitada: uma bomba atirada na 2ª Guerra Mundial

Por , em 26.06.2019

O final da 2ª Guerra Mundial certamente trouxe muito alívio, especialmente para as regiões mais devastas pelas batalhas na Europa, mas infelizmente suas consequências são sentidas até hoje.

Por exemplo, no último 23 de junho, uma bomba de 75 anos atrás explodiu na Alemanha, criando uma cratera de dez metros de largura e quatro metros de profundidade.

O barulho foi ouvido por moradores da cidade de Limburg, uma vez que a explosão ocorreu em um campo próximo. De acordo com o portal New Scientist, especialistas acreditam que uma bomba de 250 quilos foi a responsável pela detonação.

Na época da guerra, quando foi originalmente lançada, a bomba pode não ter funcionado por algum defeito ou porque atingiu solo macio demais. Seu detonador pode ter permanecido intacto, no entanto, como o buraco gigante da foto acima prova.

Sem fatalidades (desta vez)

Felizmente, a explosão não causou ferimentos ou mortes. No entanto, bombas não detonadas das duas guerras mundiais ainda são problemas gigantescos na Europa.

O New Scientist reportou que aproximadamente duas mil toneladas de explosivos ainda ativos são encontrados por ano apenas na Alemanha, incluindo balas, granadas e minas, e que pelo menos 6.500 pessoas são mortas ou feridas em todo o mundo anualmente por esses resíduos – o que é certamente um número alto para ser relacionado a batalhas há muito findadas.

Uma revisão de estudos britânica sobre os efeitos e as vítimas das minas terrestres mostrou que mais homens foram feridos ou mortos por explosivos não detonados do que mulheres (estas representam 30,3% das casualidades), que a idade média das vítimas variou de 18,5 a 38,1 anos, e que as vítimas provavelmente estavam fazendo uma atividade de necessidade econômica no momento da lesão. Por exemplo, um trabalhador da área de construção civil faleceu em 2014 na cidade de Euskirchen, na Alemanha, como resultado de uma bomba.

Os pesquisadores concluíram que tais bombas e minas têm um efeito negativo nas populações deslocadas, na segurança física, na produtividade econômica, na saúde infantil, no nível educacional, na segurança alimentar e na agricultura de pelo menos sete países estudados.

Em 1997, 157 nações assinaram o Tratado de Ottawa, que proíbe o uso, a produção, a estocagem e a transferência de minas terrestres antipessoais, como parte da resposta internacional ao sofrimento geral causado por tais armas que, por sua natureza, não discriminam entre civis e combatentes. Ficaram de fora do acordo 38 países, incluindo Estados Unidos, Cuba, Rússia, Índia e China.

Texto baseado em artigo originalmente publicado no portal New Scientist.

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