Foto: seria isso uma entrada para um buraco de minhoca espacial?
Uma combinação de múltiplas imagens jamais vistas do telescópio Hubble, obtidas a partir do observatório de raios-X da NASA, nos permitiu a incrível visualização do que poderia ser um buraco de minhoca espacial. Na verdade, é algo muito mais interessante que isso – a de um buraco negro dentro de um quasar, que gira a cerca de 540 milhões de quilômetros por hora (cerca de metade da velocidade da luz), e está a nada menos que 6 bilhões de anos luz da Terra.
Quanta informação! Mas respira aí que tem mais.
Só para você ter uma ideia de quão longe esse buraco negro está localizado, vamos esclarecer uma coisa: um ano-luz é igual a aproximadamente 9,5 trilhões de quilômetros. Agora multiplica isso por 6 bilhões e vai faltar espaço em qualquer calculadora para dizer quantos infinitos quilômetros esse buraco negro está da Terra.
Os cientistas já haviam mensurado velocidades de rotação de buracos negros antes, mas nunca de um tão distante como esse.
Mas afinal, o que é um buraco negro?
Um buraco negro é um corpo celeste com uma massa muito grande para o espaço que ocupa. E é tão cheio de matéria que nem mesmo os fótons de luz podem escapar de sua atração gravitacional. Eles deixam evidências de sua existência conforme encontram e engolem seus vizinhos cósmicos. E sua taxa de rotação fornece pistas sobre as relações entre o buraco negro e sua galáxia hospedeira.
Os simuladores mostram que a velocidade de rotação de um buraco negro depende da quantidade de material disponível para ele se alimentar. Se um buraco negro tem entrada, prato principal e sobremesa sendo servidos regularmente por uma galáxia próxima, ele gira mais rápido do que aquele cuja alimentação é irregular, que tem menos galáxias vizinhas para servi-lo.
Segundo Mark Reynolds, um astrônomo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, a velocidade deste buraco negro da imagem indica que ele consome regularmente o equivalente a cerca de 333.000 planetas Terra por ano. Ou seja: ainda bem que ele está bem longe daqui! [Reuters]
15 comentários
Muito boa a explicação sobre o buraco negro.
Maneiro, mas nunca que isso seria mais interessante que um buraco de minhoca.
Também está pensando em dar um passeio no Quadrante Gama?
Isso aí, buraco negro; 1, buraco de minhoca; 100.
Vendo os comentários de vcs, vejo o quanto burro eu sou.
Na disso. Pense o quanto inteligente está ficando! E não se preocupe; o artigo é para leigos, mas os comentários deste tipo de artigos tem alta concentração de nerds… No bom sentido.
E não se preocupe, nerds sabem como é isso, um grande e antigo filosófico até disse:
–“Quanto mais aprendo, mais sei que não sei de nada”.
“Só sei que nada sei”, Sócrates.
Muito boa a foto, explendida!
Porém, ainda não creio no postulado Espaço-Tempo. Pensando bem agora, se não for efeito miragem, talvez a luz possua um tipo de massa mesmo, muito pouca(que não encontramos até hoje), e seria atraída pela gravidade dos grávitons, o que casionaria a Lente Gravitacional do jeito que imaginamos que ela é. Pois se espaço existisse, veríamos todas as estrelas do universo ondulando devido as ondas gravitacionais – ondas espaciais. Mas elas não existem, então tem algo aí no Modelo Ciêntífico atual que não está certo, a gravidade não deve existir por causa do espaço mesmo, deve ser outra coisa. Será??? O que acha Cesar?
Sempre que alguém menciona algo como “modelo científico atual” eu solto um suspiro. O espaço-tempo é consistente com as observações e com pilhas e pilhas de confirmações.
Tantos talvez, Thiago. Talvez você esteja certo. Talvez não, talvez seja só teimosia sua. a luz tenha uma massa que não foi detectada? Bom, se a luz tem massa, então ela deveria atrasar a expansão do Universo, não acha? O curioso é que os físicos já se perguntaram se a matéria escura não poderia ser composta de fótons massivos:
http://www.newscientist.com/article/mg21528824.100-heavy-photons-are-too-light-to-be-behind-dark-matter.html
E tem gente procurando pelo fóton massivo:
http://www.dailygalaxy.com/my_weblog/2013/10/search-for-a-massive-photon-may-reveal-dark-matter-and-nix-the-standard-model.html
Mas até onde eu sei, um fóton massivo não invalidaria o modelo de espaço-tempo. Além do mais, o fato de não percebermos as ondulações causadas por ondas gravitacionais não significa que elas não existam.
Ele era isso há seis bilhões de anos atrás. Hoje, não dá para saber exatamente o que tem lá agora. Pode não ter absolutamente mais nada.
A matéria deve estar lá, e existem estrelas que duram bem mais que isso. Então, com certeza ALGUMA COISA deve ter lá.
Imagem incrível.
Bonito.