Este estudo descobriu as enormes chances de estarmos sozinhos no universo
Se estamos ou não sozinhos no universo é uma pergunta que intriga cientistas – e a maioria de nós – há muito tempo.
Um novo estudo do Instituto do Futuro da Humanidade, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, calculou a probabilidade de existirem outras civilizações alienígenas na galáxia e no resto do espaço e, infelizmente, as chances não são boas para os extraterrestres.
Equação de Drake mais realística
O trabalho explora o chamado Paradoxo de Fermi, a aparente contradição entre a alta probabilidade de existência de civilizações extraterrestres e a falta de evidências ou contato com elas. O universo é gigante, então, onde está todo mundo? Será que somos mesmo os únicos?
As discussões neste tópico frequentemente envolvem a equação de Drake, uma estimativa probabilística do número de civilizações extraterrestres ativas e comunicativas em nossa galáxia baseado em sete variáveis.
Os possíveis resultados desta equação levaram os cientistas deste novo estudo a concluírem que há 53 a 99,6% de chance de estarmos sozinhos na galáxia, e 39 a 85% de chances de estarmos sozinhos no universo.
“Nosso artigo analisa a hipótese sobre ‘probabilidade razoável'”, disse um dos autores da pesquisa, Anders Sandberg, ao portal Digital Trends. “As pessoas tendem a ser tendenciosas quando ligam números à equação de Drake para fazer uma estimativa aproximada de quantas civilizações alienígenas estão por aí”.
Levando em conta as incertezas
No artigo, os pesquisadores salientam que, além de estimar números, é preciso estimar quão precisos esses números são: se você apenas os multiplicar sem levar em conta que alguns poderiam ter valores muito diferentes, o resultado se torna enganoso.
“Nós demonstramos que, se alguém tomar em conta uma estimativa grosseira de quão incertos estamos, ou tentar esboçar o que a ciência sabe e estimar quão incerto isso é, o paradoxo vai embora”, argumentou Sandberg.
Em última análise, o novo estudo sugere que, mesmo se você for realmente otimista e acreditar que provavelmente existam civilizações alienígenas, uma estimativa honesta levando em conta a incerteza o forçará a admitir que há uma grande chance de estarmos sozinhos.
Isso não é motivo para pararmos de procurar, entretanto. “Devemos reconhecer que há uma chance não trivial de que tudo será em vão, mas dada a importância de descobrir se estamos sozinhos – entre outras coisas, isso nos diz um pouco sobre nossas próprias chances de sobrevivência – não devemos parar. De fato, a busca por extraterrestres está nos trazendo importantes conhecimentos e ideias sobre vida, inteligência e tecnologia”, resumiu Sandberg.
Musk: “Precisamos colonizar o espaço”
O CEO da SpaceX, Elon Musk, compartilhou o link do artigo na rede social Twitter, comentando que isso era mais uma prova de que os humanos precisam avançar com a construção de civilizações no espaço.
“É por isso que devemos preservar a luz da consciência, tornando-a uma civilização espacial e estendendo a vida a outros planetas”, escreveu. “Não se sabe se nós somos a única civilização atualmente viva no universo observável, mas qualquer chance de que somos adiciona ímpeto para estender a vida para além da Terra”, acrescentou.
Musk admite que colonizar outros planetas não vai apagar todos os problemas do nosso. “A humanidade não é perfeita, mas é tudo o que temos”, comentou o empreendedor.
O CEO já deixou clara sua intenção de enviar humanos para Marte em breve. Apesar disso, assume que a colonização envolverá sérios riscos para os primeiros humanos que deixarem nosso planeta.
“Como indivíduos, todos morreremos em um piscar de olhos em uma escala de tempo galáctica. O que pode viver por muito tempo é a civilização. Aqueles que forem primeiro para outros planetas enfrentarão muito mais risco de morte e dificuldades do que aqueles que ficarem. Com o tempo, as viagens espaciais serão seguras [e] abertas a todos”, sugeriu em uma série de postagens no Twitter. [DigitalTrends, InsterestingEngineering]
8 comentários
Sim, há vida inteligente no universo. A Terra é o maior exemplo de biodiversidade. Há diversos biomas no espaço sideral. O maior problema é a escala que se quer. Qual o período de vida de um indivíduo? Qual as características sensoriais de cada um desses seres? Em que momento uma civilização floresceu e teve sua extinção? Nada impede que extraterrestres já tenham passado pela Terra e não tenham a intenção de retornar. Qual o nível tecnológico da humanidade a trezentos anos?
Com estimativas acanhadas indicando ao menos 400 bilhões de estrelas ( em nossa galáxia ), o que pode ser lido também como 400 bilhões de sistemas planetários que nos leva a acreditar que são mais de um trilhão de possíveis locais onde a vida possa ter se desenvolvido, ou mesmo que venha a surgir, porque será que eu vou continuar afirmando que a terra é o centro do universo e que o mesmo esta ai apenas para que eu tenha o que olhar durante a noite?
Egocentrismo máximo?
É dizer o que? Deus fez tudo que ai está com a terra no centro e logicamente com a finalidade de termos o que observar e nos entreter para que não fiquemos entediados, não teria sentido criar vida em outras partes do universo, concordam?
Camila, eu não concordo. Somos muito pequenos frente ao Universo, achar que ele foi feito para nós é o rabo querendo sacudir o cachorro.
Fraco demais está post, aff
O meu primeiro comentário é para o Musk: espero que fracasse em tudo que fizer!! Em segundo lugar, acho mesmo que estamos muito mais próximos estarmos sozinhos do que termos vizinhos, e se há vizinhos a chance dele estar a centenas de anos-luz de distância é tão grande que é quase a mesma coisa que estarmos sozinhos.
Até mesmo na ONG filantrópica dele? Credo, tua inveja é de matar…