Cientistas querem adicionar drogas psicoativas na água potável da população

Por , em 7.08.2020litio psicoativo na agua potavel

Pesquisadores do Reino Unido propuseram uma idéia radical para reduzir a taxa de suicídios: incluir o medicamento psicoativo lítio — um estabilizador de humor — na água potável da população.

Parece uma idéia completamente radical, mas ela tem ganhado força entre os cientistas de acordo com Vice.

Água potável já contem naturalmente traços de lítio. E um novo estudo, publicado na revista científica British Journal of Psychiatry, descobriu uma ligação entre a ocorrência natural de lítio na água potável com taxas menores de suicídio. O estudo foi resultado de uma meta-análise de 30 anos de pesquisas sobre as concentrações de lítio na água potável e a saúde mental das comunidades.

“É promissor que níveis mais altos de traços de lítio na água potável possam exercer um efeito anti-suicida e ter o potencial de melhorar a saúde mental da comunidade”.

Anjum Memon

Por isso o estudo sugere que adicionar a medicação na água potável de comunidades de alto risco poderia salvar vidas.

“Nestes tempos sem precedentes da pandemia de COVID-19 e o consequente aumento da incidência de problemas da saúde mental, acessar maneiras de melhorar a saúde mental da comunidade e reduzir a incidência de ansiedade, depressão e suicídio é cada vez mais importante”, afirmou Anjum Memon, o autor principal e coordenador de epidemiologia na Brighton and Sussex Medical School, em um informe para a imprensa.

Não podemos culpar os cientistas por pensarem “fora da caixa” já que estimativas indicam que 800 mil pessoas morrem por suicídio anualmente. Mundialmente é a segunda causa mais comum de morte entre jovens entre 15 e 29 anos. E o isolamento durante a pandemia pode piorar essa tendências.

Além de parecer algo saído de um romance distópico de ficção científica testar a hipótese também é bastante complicado por causa das implicações éticas. Os pesquisadores do trabalho sugerem realizar “testes comunitários randomizados” que incluiriam o medicamento, sem alerta para a população, na água potável de localidades com altas taxas de suicídio e distúrbios mentais.

É uma proposta ousada, mas difícil de transformar em realidade. Outro problema é que os pesquisadores não estão certos qual seria a melhor concentração de lítio para que surta efeitos protetores contra suicídio na população.

3 comentários

  • Guilherme Junqueira de Almeida:

    Aí depois você fica bravinho quando as pessoas vêm aqui, no comentário, dizer que os cientistas têm uma agenda política progressista globalista…

    • Cesar Grossmann:

      E onde é que isso é “agenda política progressista globalista”?

    • Soturn:

      Cara, como liberal não vejo nenhum traço progressista nesta proposta. Sua colocação não ficou clara para mim

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