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Meninas primogênitas têm maior probabilidade de êxito do que os outros irmãos

Um novo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica e Social da Universidade de Essex (Reino Unido) revelou que a primeira menina a nascer em uma família (se for a primogênita) é estatisticamente mais propensa a ser a pessoa mais ambiciosa e bem qualificada da família. Em seguida na linha para o sucesso, aparecem os meninos primogênitos.

1.503 grupos de irmãos e 3.532 filhos únicos foram analisados. Mesmo levando em conta a educação dos pais e seu status profissional, o estudo descobriu que primogênitos em geral tinham 7% mais aspiração por educação do que os irmãos mais novos. As primogênitas meninas eram 13% mais ambiciosas do que os primogênitos meninos.

A probabilidade de ter mais educação é 16% maior em primogênitos do que os seus irmãos mais novos. As meninas são 4% mais propensas a ter mais qualificações educacionais.

Natureza x criação

Isso não é necessariamente uma surpresa. Outros estudos já haviam chegado a conclusões semelhantes. Além disso, existem muitos exemplos desse fenômeno na vida real – Hillary Clinton, Beyoncé, J. K. Rowling e Oprah sendo alguns deles.

De acordo com os pesquisadores, esse estudo pode vir a ser matéria-prima para um bom debate entre natureza x criação.

“Há várias explicações possíveis para a maior ambição da filha mais velha”, disse Feifei Bu, principal autora do estudo. “Pode ser que os pais simplesmente dedicam mais tempo e energia para os primeiros filhos, ou poderia ser que eles são realmente mais inteligentes. Eu sou mais inclinada para a teoria de que o investimento dos pais é o fator mais importante”.

O estudo também descobriu que quanto maior a diferença de idade entre os irmãos (a partir de pelo menos quatro anos), maior são as chances das crianças atingirem qualificações mais elevadas.

“Isso nos mostra que existem disparidades educacionais não só entre as famílias, mas também dentro da mesma família. É interessante observarmos uma vantagem distinta para o primogênito na educação, apesar dos pais na sociedade moderna serem geralmente igualitários na forma como tratam seus filhos”, explica Bu.

O estudo também analisou a mistura de gênero entre os irmãos e o tamanho das famílias (excluindo gêmeos e filhos únicos), e descobriu que esses fatores não têm qualquer influência sobre as suas ambições e realizações posteriores na vida. Não há nenhuma evidência de que o sexo de um irmão faz alguma diferença para o nível de aspiração do outro.

E a síndrome do filho do meio? Será que é verdade que eles se sentem deixados de fora? A pesquisa não encontrou nenhuma evidência disso, mas essa é uma questão que talvez mereça mais atenção. [Jezebel, TheGuardian]

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