Momentos embaraçosos dos outros dizem algo sobre você

Por , em 9.09.2011

Você conta ao seu amigo quando ele tem um pedaço de alface preso entre os dentes? Ou diz a ele que a braguilha da calça está aberta? Por incrível que pareça, a forma como você se comporta durante esses episódios embaraçosos que ocorrem com os outros pode explicar muita coisa sobre você.

Aqueles que têm mais medo de se envergonhar em público são os que demoram mais para apontar uma falha facilmente corrigível – isso se eles se preocuparem em dizer qualquer coisa, aponta um novo estudo.

Uma das pesquisadoras, Melanie Green, conta que as pessoas tendem a subestimar o quanto nosso comportamento é influenciado pelo medo de passarmos vergonha.

Os pesquisadores se perguntaram se o medo de passar vergonha torna uma pessoa mais hesitante em se envolver na chamada “intervenção de espectador”. Alguns estudos têm sugerido que a disposição de alguém para ajudar é influenciada mais pela situação em que o episódio ocorreu do que pela personalidade da pessoa em si.

Demais estudos têm se focado nas qualidades das pessoas mais inclinadas a agir, quer se trate de um senso de responsabilidade ou empatia para com os outros. Neste estudo, porém, os pesquisadores exploraram o outro lado: se um determinado aspecto da personalidade – embaraço – inibe o desejo de ajudar.

Para testar se isso realmente ocorre, eles fizeram um experimento em que a aparência de uma pessoa tem uma falha temporária – algo como um pouco de molho no queixo ou uma etiqueta virada pra fora da camiseta. Se alguém identifica essa falha para você, ela literalmente “livra a sua cara”.

O estudo deu a 84 estudantes universitários a oportunidade de ajudar uma cobaia no experimento, dizendo à moça que ela tinha tinta no rosto. Alguns dos participantes foram informados de que a moça manchada de tinta iria a uma entrevista depois, e outros não. Alguns alunos dividiram o cômodo com um outro participante da pesquisa enquanto outros ficaram sozinhos com a cobaia. Os voluntários ainda completaram dois testes medindo a tendência a se sentirem constrangidos.

Estudantes mais tímidos foram mais lentos em comentar sobre a tinta no rosto da moça, e ainda menos propensos a fazê-lo com mais alguém no quarto. Aqueles que mencionaram a tinta com outra pessoa presente, aliás, o fizeram silenciosamente – geralmente sussurrando.

As pessoas que são mais preocupadas com constrangimento podem levar mais tempo para adquirir coragem necessária para participar de uma interação potencialmente embaraçosa. Ter outra pessoa presente torna a situação ainda mais complicada.

E será que essas pessoas mais encabuladas tendem a mencionar uma falha para alguém conhecido mais do que para um estranho? Embora Green suspeite que as pessoas fiquem mais confortáveis para comentar essas situações com amigos, a pesquisa revelou que os tímidos possuem muito medo de envergonhar a si mesmos e preferem não falar nada, independente do nível de intimidade com a pessoa em questão. Ou seja, não importa a situação, o que eles não querem é se intrometer.

Essa atitude é reprovada pelo cientista. Mesmo que você possa se sentir incomodado, o melhor é realmente apontar o problema, especialmente se pode fazê-lo de maneira discreta. Porém, na maioria dos casos – salvo os muito tímidos -, as pessoas realmente tendem a se solidarizar com o próximo e contar o que há de errado com a pessoa. [MSN]

24 comentários

  • Maria Silveira:

    os temas aqui abordados no Hypescience são excelentes parabéns daria um ótimo entretenimento televisivo na tv lógico com uma boa apresentadora > < parabéns !

  • Brad Pitco:

    Em tudo isso se aplica a regra de ouro , tratar ao outro conforme gostaria de ser tratado. Por que colocar o assunto de homossexualismo em tudo? Como se vida se resumisse apenas a essa questão!Somos humanos e falhos.

  • Mario:

    e quando alguem diz que o homossexualismo é errado, vale?

  • Bruno:

    eu sempre aponto o problema e sem medo ou vergonha alguma. as coisas sao bem simples, as pessoas que complicam. na minha vida levo sempre o pensamento: “faça aos outros o que gostaria que fizessem a você mesmo”. Alguém gostaria de descobrir após andar pela cidade inteira com a braguilha aberta? eu nao.

  • Douglas:

    Tem casos isolados para essa questão! Mas voto na opção de sempre tentar avisar mesmo que discretamente.

    É mais fácil o constrangimento de ter que avisar.
    Do que a pessoa passar bastante tempo ao seu lado e você não avisar e depois a pessoa mesmo se dar conta e dae seu amigo(a) ira ficar mais fechada ou constrangido com vc.

    Para essa questão saber o bom senso é só se por no lugar do constrangido.. você gostaria que te avisassem?

  • Alexandre Nunes Viana:

    Não que negar, a transparencia é fundamental porem deve ser clara e objetiva. è necessário usar estratégica para cada informação, independente se novo ou velho, se conhecido , desconhecido ou estranho quem se propõe a informar tem que ser pepicaz, técnico e sobre tudo humano. as infomações seja ela qual for deve ser passada, de modo que não constranga mais que deixe efeito lógico.

  • Campos:

    Pensa se o Jeferson fosse bem desinibido, hein?
    Baseado no que ele próprio diz, acho que seria capaz de coisas
    horrendas!!

  • gloria:

    Se der eu chamo de lado a pessoa em questão e falo, mesmo q todas as pessoas presentes tbm veem, eu gostaria q me dissesem , pode ser discreto ou ñ , ñ vou ficar constrangida nem um pouco ,isso as vezes acontece , acho q ñ é nada de anormal.Existem coisas muito mais exdruxúlas q pessoas fazem q ñ tem vergonha de dizerem em público q fazem, opções sexuais, tipos de práticas c\ sexo , gosto por comer e colocarem na boca as mais variadas bizarrices.

  • clovis:

    primeiramente e pessoalmente são poucos que tem segurança e conscientização de se manter seguro de si mesmo.a palavra introspectivo, não é apenas aqueles que se afastam, isolam,e tem vergonha em se apresentar em público; más também no sentido contrário. existem e tem pessoas que aparecem e se expõem em público, más que são instrospéctos e não imperativos.bom.. na informação em epígrafo, ou á cima informado concordo com o exemplo do Rafael bts porque quem é colegas ou amigos, não vão rebeldiar ou se estranhar, conforme as pessoas vão até agradecer. muito obrigado pela oportunidade.

    • Cyberlander:

      sugiro pra vc uma boa gramática e um dicionário 😉

  • frederico fabrizzio:

    Procuro alertar a pessoa em questão. Em último caso entrego, discretamente, aquele bilhetinho com o célebre enunciado: “Disfarce e saia de fininho! Aqui você não agrada mais!”. Questão resolvida.

  • Silvio RC:

    SIM E NÃO… depende de quem, onde e como.
    ——————————————–

    Aqui, eu avisei:

    Meu chefe levantou-se e iniciou uma instrução, para 15 pessoas entre homens e mulheres. Todos perceberam que ele estava com o ziper da calça aberto. Mas ninguém teve coragem de se manifestar.
    Fui até ele e cochichei ao seu ouvido, dizendo que era importantíssimo interromper a palestra e que ele iria me agradecer.
    Fomos até a sala ao lado e avisei sobre o ziper.
    Ele me agradeceu muito e voltou para a palestra.
    Só que o chefe deu a maior gafe. Ele disse na frente de todos:
    “__Obrigado, Silvio”
    Como se ninguém tivesse notado.
    ——————————————–

    Aqui, eu não avisei:

    Estava no metrô e uma moça, de pé, vestindo uma calça branca, tinha uma mancha de sangue da menstruação.
    Todos notaram, mas ninguém a avisou, mesmo que discretamente.
    Acredito que nesses casos, quem deveria tomar a iniciativa de avisar, seria uma mulher e não um homem.

    Tudo é muito relativo e delicado, seja entre amigos ou familiares, como falar do máu hálito alheio, suor e chulé.
    Mesmo que com suavidade ou polidez, podemos ferir susceptibilidades.

    O mestre de Yogananda dizia que as verdades são como pedras preciosas, mas que ferem quando atiradas no rosto.

    Já as crianças…essas entregam no ato.

    Abs:
    Silvio

  • willian:

    Não tem segredo, é só chamar a pessoa de canto e dizer.

  • Eliseu Machado:

    Isso é um comportamento apenas para cidadãos educados!

  • Pedro Paulo Fonseca:

    Eu aviso sempre. Seja conhecido ou não. Aviso porque gostaria de ser avisado se fosse comigo.

    • Flor de Lis:

      Idem, Pedro.

  • ALX:

    Sou muito timido em pulblico, lembro da epoca do colegio quando tinha q cantar em ingles affffffff… Papo furado essa materia, quando vejo algo assim aviso para a pessoa, logico que depende do caso, se vai ver a calça da mulher molhada não vai fazer a besteira de falar pra ela né? Mais se colocando na pele da pessoa, voce tambem ira ficar agradecido se alguem te avisa se tem algo de errado em voce, melhor q passar por alguem q ao inves de avisar fica rindo na sua kra concordam?

  • Eiji:

    Cara, na boa… pegar a foto de Jack Nicholson na capa de “O Iluminado” foi uma otima ideia!!!! 😛 ehehehehhehe

  • Pcexpres:

    Vou resumir minha opinião sobre isso assim:

    🙁

  • Rafael bts:

    Eu só falo pra amigos, pra outras pessoas não, porque tenho medo que a pessoa pense que eu to querendo humilhar ela.

    • Eduardo:

      Concordo. Outro dia almocei com meu novo gerente e aconteceu exatamente isso. Eu é que não ia falar, né? ahahhaa…

      Agora, se fosse um amigo, eu falava de boa. Portanto, não acho que esse estudo aponte para uma verdade.

  • Jeferson Antunes Shirokawa Fernandes:

    Eu sou timido, mas quando vejo uma gafe dessas em qualquer um, além de apontar eu tiro um sarro, humilho e discrimino a pessoa. Às vezes tenho vontade de me matar.

    • Eduardo:

      Por favor, amigo: não fique só na vontade. Faça isso! A humanidade será bem melhor sem você.

  • Jefferson:

    Eu me considero tímido, porém consigo apontar essas gafes de qualquer um, com bastante facilidade!

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