Mulher entra na máquina de ressonância magnética com uma arma e se arrepende amargamente

Por , em 7.12.2023

Durante um exame de rotina, uma situação inusitada e dolorosa ocorreu com uma paciente devido à localização inadequada de uma arma de fogo que ela portava. Conforme um relatório enviado à Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA), a mulher acabou se ferindo no glúteo direito após a ativação acidental de sua arma por um aparelho de ressonância magnética (RM). Por sorte, o ferimento foi leve e ela se recuperou sem maiores problemas.

O incidente foi relatado pela primeira vez ao banco de dados de Experiência de Dispositivos do Usuário e Fabricante (MAUDE) da FDA em julho, por um profissional de saúde que atendeu a mulher. O MAUDE é um sistema voluntário para reportar eventos adversos relacionados a dispositivos médicos. O caso ganhou atenção pública na semana anterior, através de um artigo publicado pelo jornal The Messenger.

A descarga acidental da arma aconteceu no dia 28 de junho. A mulher, de 57 anos, que preferiu não ter seu nome divulgado, entrou na sala de RM portando uma arma de fogo dissimulada e composta de material ferroso. Ao se aproximar do equipamento, a arma foi atraída pelo forte ímã do aparelho e disparou um tiro, que atravessou seu glúteo direito. Felizmente, o projétil causou apenas uma penetração superficial na pele, e o médico presente descreveu as lesões de entrada e saída como pequenas e superficiais.

É de conhecimento geral que os ímãs dos aparelhos de RM estão sempre ativos. Os pacientes são sistematicamente orientados a não levar objetos metálicos para dentro da sala de RM, a fim de evitar acidentes. Neste caso específico, a paciente passou por uma verificação padrão para detecção desses objetos e negou estar portando qualquer arma de fogo. Ainda não está claro se ela possuía permissão legal para a arma.

A presença de armas de fogo em salas de RM não é o único perigo. Outros itens como cadeiras de rodas, tanques de oxigênio e até mesmo acessórios pessoais metálicos já causaram lesões graves e até mortes em ambientes de RM. Embora projéteis sejam um risco menos comum, eles também representam uma ameaça. Em um caso anterior, em janeiro, um homem no Brasil faleceu após ser atingido no abdômen por um disparo acidental de uma arma de fogo em uma sala de RM, enquanto acompanhava sua mãe. Segundo relatos da equipe médica, ele também havia negado portar uma arma.

No entanto, a mulher no incidente mais recente teve um desfecho mais favorável. Após o ocorrido, ela foi levada a um hospital próximo e, posteriormente, relatou que seu ferimento estava “bem e cicatrizando adequadamente”.

É importante ressaltar a necessidade de seguir as orientações de segurança em ambientes médicos, especialmente em salas de RM. A presença de objetos metálicos pode resultar em acidentes sérios, não só para o paciente, mas também para os profissionais de saúde presentes. Esta situação serve como um lembrete crítico da importância de cumprir rigorosamente as medidas de precaução em tais ambientes, visando a segurança e o bem-estar de todos envolvidos.

Além disso, o caso destaca a relevância dos sistemas de relatório de eventos adversos, como o MAUDE, que ajudam a identificar e mitigar riscos associados ao uso de dispositivos médicos. Esses sistemas são fundamentais para garantir que incidentes semelhantes sejam evitados no futuro, contribuindo assim para a melhoria contínua da segurança no atendimento à saúde.

Finalmente, a história também chama atenção para a importância da transparência e honestidade por parte dos pacientes ao fornecer informações aos profissionais de saúde. A omissão de detalhes cruciais, como a presença de uma arma de fogo, pode colocar em risco não apenas a pessoa envolvida, mas também outras pessoas presentes no local. É essencial que os pacientes compreendam a gravidade de seguir as orientações médicas e colaborem ativamente para a prevenção de acidentes e incidentes em ambientes de cuidados de saúde. [Gizmodo]

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