NASA cria “arpão” para coletar amostras de cometas

Por , em 20.12.2011

Desde a pré história, há registros de caças feitas com arpão, um aparelho capaz de atirar uma lança que penetra no objeto. A NASA, agência espacial dos EUA, vai aplicar esse primitivo conceito em uma moderna tecnologia: uma nave espacial que terá a missão de “atirar arpões” para coletar amostras de cometas.

Esse tipo de operação sempre foi um problema para as agências espaciais. Não é fácil fazer uma sonda pousar em um cometa para colher material de análise. Então, por que não, pensaram os engenheiros da NASA, desenvolver um dispositivo que possa ser atirado, coletar a amostra e ser recolhido depois?

E assim surgiu a ideia do arpão espacial. Feita de aço, a lança tem 1,83 metros de comprimento, e pode alcançar distâncias superiores a 1,6 quilômetros da sonda de onde é atirada. Penetrando no cometa, o arpão abre uma cápsula interna na qual entra certa quantidade da matéria que compõe o corpo celeste.

Terminado o serviço, o arpão é puxado novamente à sonda, e o material é levado para análise. Os cientistas da NASA já fizeram testes em laboratório de como o arpão pode funcionar, e garantem que se trata de um procedimento seguro. E a experiência serve a um objetivo que mais parece ficção científica, mas está na pauta de preocupações da agência: destruir cometas.

Se um belo dia, hipoteticamente, um cometa estivesse em rota de colisão com a Terra, os cientistas não saberiam a melhor forma de destrui-lo no espaço, justamente por não conhecer a fundo o material que o compõe. A compreensão da “geologia” de cada cometa serviu até para desenvolver os próprios arpões. [BBC]

18 comentários

  • JANE JACK:

    Eu queria poder conhecer a nasa.

  • Glauco:

    Sei não se isso vai dar certo, acho mais fácil essa sonda explodir. O cometa está descarregando o Capacitor Solar, se você planar sobre ele e lançar um arpão, vai estar aterrando o potencial elétrico da região ao redor do cometa diretamente para seu núcleo.

    Pelo menos vai dar uma bela foto!

    • Giovan:

      Você não fala isso sério né? Ta de brincadeira só pode.

  • Capitão Caverna:

    É a NASA está com pouco dinheiro mesmo né https://hypescience.com/falta-de-financiamento-atrasa-voos-comerciais-da-nasa/

  • Tundra:

    Duvido que acertem na primeira!

  • Pony:

    Mais uns anos e nossa melhor proteção contra asteróides será um taco de baseball.

    • Capitão Caverna:

      Nesse caso eu entro em ação.

  • Jonatas:

    Os cometas, na maior parte de sua vida meros asteroides gelados na solidão do espaço, tornam-se dos astros mais fascinantes ao se aproximarem do Sol e desenvolver suas espetaculares caudas e cabeleiras. Estão em culturas ao redor do mundo, e como vê-los não é frequência, sempre foram mitológicamente sinais e presságios. Mesmo fora do lado místico, hoje são chaves pra contar a estória do Sistema Solar e os segredos da química espacial. Não é tarefa fácil estudar os cometas, e inovações como essa são a grande chance pra entender esses curiosos vizitantes, um bom jeito é trazer um pedaço à Terra, melhor que isso só pousando lá e pesquisando o campo.

  • Utilidades Virtuais:

    Gostei da ideia, então a NASA declara oficialmente aberta a temporada de caça aos cometas. Não esqueçam seus arpões… 🙂

  • Michael:

    O Saudoso Pequeno Príncipe, os pegava com uma rede de pegar borboletas.

    Para lançarem um objeto em um cometa é tão complicado quanto programar um caça para lançar um arpão em outro caça controlado por símples impulso.
    Compensando o peso que a corda irá proporcionar para alterar a direção do arpão lançado, pode ser que dê certo.

    Aposto que cobraram um dinheirão pra produzirem essa solução.

    Interessante usarem uma corda tão grossa como essa enquanto deveriam usar uma espécie de cabo de aço superfino e de um material como o teflon para não superaquecer.

    • Gabriel:

      O arpão da foto é para caça de baleias.
      http://goo.gl/avBA0

    • Espectro:

      Michael,

      A foto não é do arpão da Nasa. Imagino que o arpão deverá ser muito parecido com um míssil, com propulsão própria, pois se fosse lançado como um arpão tradicional, faria com que o coice de lançamento gerasse uma força oposta ao lançamento, desviando a sonda da rota.
      O recolhimento é outro ponto interessante que, imagino, deve envolver também propulsão no arpão, para não correr o risco de a sonda ser puxada de encontro ao asteróide.

  • André Luis:

    Achei muito legal esta idéia, pois parece algo muito mais simples e objetivo. Talvez um dia as viagens espaciais também usem soluções mais versáteis.

  • João:

    Realmente uma boa ideia, no caso de um asteroide em rota de colisão, só arpoá-lo e utilizar um foguete trator para levá-lo para longe de nós.

    • CASTOR:

      não sei porque negativaram o cara …
      a ideia dele pode ser mais eficiente do que mandar um missil aqui da terra …
      quem garante que o missil por mais potente que seja vai explodir o asteriode ?
      ja que agente não sabe do que ele é feio

    • CASTOR:

      “ja que agente não sabe do que ele é feito” *****

    • Jonatas:

      Quem negativou não entende a idéia, que é de fato plausível. É sim possível mudar a rota dos asteroides dessa forma, apesar de se precisar de propulsores mais potentes que os atuais. No futuro, desviar asteróides será rotina não só para evitar colisão, mas até para aproxima-los da Terra e torná-los luas temporárias, para fins comerciais, como bases espaciais e mineração.

  • AgoraQueSouRica:

    Demoraram pra ter essa idéia…ja poderia ter sido utilizado a anos…

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