Coronavírus: o que você precisa saber para se preparar para uma pandemia de Covid-19

Por , em 1.03.2020

O novo coronavírus (Covid-19) tem se espalhado pelo mundo todo e o número de casos têm aumentado fora da China, especialmente na Europa e Oriente Médio. Sendo assim, será que uma pandemia é inevitável?

Não necessariamente. Em todo o caso, é bom estar preparado para uma situação pandêmica.

Abaixo, confira informações confiáveis sobre a transmissão e prevenção da doença e cenários possíveis baseado na gravidade real do vírus.

Como o Covid-19 é transmitido

De acordo com David Heymann, da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres (Reino Unido), o vírus é transmitido provavelmente através de fluidos emitidos quando pessoas doentes espirram, tossem ou apenas falam.

Se você estiver a dois ou três metros de distância de uma pessoa infectada, pode respirar esses fluidos.

Superfícies também podem ser contaminadas – por exemplo, se uma pessoa doente cobrir a boca com a mão para tossir e depois tocar em um botão – e você pegar a doença a partir delas.

Prevenção

É possível minimizar o risco de pegar o vírus evitando contato com pessoas infectadas e tendo boa higiene.

Por exemplo, fique a pelo menos um metro de distância de pessoas exibindo sintomas como tosse e espirro. Evite apertar mãos, abraçar e beijar ao cumprimentar pessoas. Não toque sua própria face quando estiver fora de casa.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), não é necessário usar máscara facial.

Vale observar que diversos produtos – de vitaminas a alho – estão sendo comercializados sob a hipotética afirmação de que podem te proteger do coronavírus. Cientificamente, não há nenhuma evidência de qualquer produto te proteja da doença.

No geral, o que você pode fazer é manter seu sistema imunológico forte. Isso pode ser alcançado através de exercício físico, sono adequado e dieta saudável.

Existem algumas suposições de que fumantes estejam em maior risco de contrair a infecção. Embora não seja certeza, pode valer a pena largar o cigarro.

Vacinas contra a gripe não te protegerão necessariamente do coronavírus, mas podem ajudar muito no sentido de que menos pessoas procurarão hospitais para tratar sintomas que não são do Covid-19, evitando contrair de fato a doença e deixando os profissionais de saúde livres para cuidarem de casos reais.

Quão graves são os sintomas?

Não entre em pânico se você ficar doente – mais de 80% dos infectados com Covid-19 apresentam apenas sintomas leves, como febre e tosse.

Somente um a cada 100 pessoas falecem, geralmente idosos e indivíduos com condições de saúde pré-existentes, como problemas cardíacos e diabetes.

Nenhuma criança abaixo de 9 anos morreu do vírus.

Como evitar infectar outras pessoas?

Se você contrair o vírus, evite ir a um consultório médico ou ao hospital, para não infectar outras pessoas. Entre em contato com algum profissional de saúde de confiança e peça para que ele vá até sua casa, se possível. Quando receber tratamento, o doente deve usar máscaras, e o profissional de saúde deve usar máscaras e luvas.

Se você tiver que sair de casa, use uma máscara. Cubra sua boca e nariz ao espirrar ou tossir com um lenço ou com o braço, nunca com a mão.

Existe um risco grande de uma pessoa infectada passar a doença para outras que moram na mesma casa. Se possível, o ideal é que o doente fique em um quarto sozinho e use um banheiro separado.

Quão ruim uma pandemia de coronavírus realmente poderia ficar?

Se os esforços atuais para conter o vírus forem bem-sucedidos, sua chance de ser infectado é muito baixa.

Se eles falharem, a maioria da população mundial pode ser infectada eventualmente. Neste caso, os sistemas de saúde certamente terão dificuldade em lidar com a demanda. Falta de materiais, oxigênio e leitos podem aumentar a taxa de mortalidade.

No geral, no entanto, deve haver suficientes pessoas em condições de saúde para manter o mundo “funcionando”. Os especialistas não recomendam que as pessoas comprem comida e medicamentos para estocar. A pandemia não deve ficar tão ruim a ponto de um cenário apocalíptico.

Mark Woolhouse, da Universidade de Edimburgo (Reino Unido), pensa que o “pior cenário razoável” é como uma temporada de gripe extra ruim. Já Michael Osterholm, da Universidade de Minnesota (EUA), pensa que poderia ser mais como a pandemia da gripe espanhola de 1918. Isso é sem dúvida pior, mas nada como o fim do mundo ou The Walking Dead. Então, sem pânico! [NewScientist]

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