Para aumentar as chances de conseguir um emprego, não diga que está desempregado
Não faz diferença se você “largou” seu emprego, foi mandado embora, ou se a empresa faliu: o “status” de desempregado é visto com desconfiança por recrutadores. Ao menos é o que sugere uma série de estudos feita recentemente nos Estados Unidos.
Muita gente acredita que esse impacto negativo do desemprego sobre a imagem do candidato só ocorre quando a pessoa passa muito tempo (meses ou anos) fora do mercado de trabalho. Os resultados dos estudos, porém, sugerem que o fenômeno acontece quase imediatamente após a saída – em torno de um mês.
Em um dos experimentos, cerca de 50 profissionais de recursos humanos tiveram de analisar currículos fictícios para uma vaga de gerente de marketing. Cada currículo tinha duas versões quase idênticas, exceto por dois detalhes: metade indicava que o candidato estava empregado no momento, enquanto o resto indicava que ele havia deixado o último trabalho havia um mês; além disso, havia uma pequena biografia do candidato no início de cada currículo, na qual era informada sua situação – desempregado ou empregado. As qualificações e experiências profissionais eram as mesmas.
O estigma do desempregado
Ao final do teste, aqueles candidatos que estavam empregados foram considerados significativamente mais confiáveis e aptos para preencher a vaga. “Vimos candidatos com fortes currículos sendo penalizados por algo que pode não refletir, afinal, sua habilidade de contribuir para a empresa”, diz o pesquisador Geoffrey Ho.
Para ele, os empregadores fariam bem em avaliar se esse tipo de atitude não compromete os esforços de suas empresas em buscar candidatos mais aptos. Para aqueles que estão procurando emprego, ele sugere: fiquem de olho nos “intervalos” em seus currículos e tentem evitá-los.
“Façam o que puderem para preencher com atividades relevantes o intervalo que surgiu depois de seu último emprego, seja continuar estudando, fazendo trabalhos voluntários pertinentes ou qualquer outra coisa que possa melhorar suas qualificações para o trabalho que buscam”, aponta Ho.
E vocês, leitores, alguma vez já tiveram dificuldades para se recolocar no mercado de trabalho por conta do estigma do desemprego?[Live Science]
2 comentários
Interessante que quando no preenchimento do curriculum para emprego, todos os analistas afirmam que você deve colocar todas as suas reais informações, sem mentiras, sem exageros. Mas lendo esse artigo fica claro que é justamente o contrário. As vezes me pergunto o que aconteceu com o ser humano que está gostando de vivenciar essa “inversão de valores” em seu cotidiano, ou seja, para um desempregado se “dar bem” e concorrer de igual para igual com um que esteja empregado ele deve começar mentindo para o futuro patrão para “agradar” os recrutadores? Para que serve então esses recrutadores? Então quanto mais você mente para eles, maior é sua chance? Será que esses recrutadores, que diga-se de passagem são cheios de si pois todo mundo que trabalha já encarou um recrutador, não percebem que quando um candidato mente algo, logo todo o resto poderá estar comprometido? Que doideira…
Acredito que o autor estava dizendo pra preencher o currículo não ficando parado, fazendo cursos ou mesmo trabalhos voluntários, até conseguir se recolocar em um emprego.