Pessoas desonestas se sentem mais inteligentes do que as outras ao trapacear

Por , em 9.08.2012

Com tantos casos de corrupção no Brasil, você já parou para pensar se nossos políticos se sentem pelo menos um pouquinho mal por desviar milhares – ou até milhões – de reais do dinheiro público que deveria ser revertido para a população? De acordo com um novo estudo, a resposta para essa questão é desagradável: ao invés de se sentirem mal, a maioria dos trapaceiros se sente bem por cometer fraudes.

Pesquisadores da Universidade de Washington (EUA), London Business School (Reino Unido), Universidade Harvard e Universidade da Pensilvânia (EUA) estão fazendo uma série de estudos para descobrir como os trapaceiros se sentem quando praticam atos irregulares. A maioria deles tem sentimentos positivos e se sente bem quando enganam pessoas. Bizarro, não?

A explicação é que quando uma pessoa desonesta consegue enganar outras para desviar dinheiro, por exemplo, ela se sente mais inteligente e esperta que as demais. Esse sentimento positivo é superior às emoções negativas decorrentes de um comportamento imoral.

Não é necessário desviar milhões para que os trapaceiros se sintam bem. Quantias mínimas de dinheiro já fazem com que a pessoa se sinta bem por ter enganado outra. Isso explica o porquê pessoas que já são muito ricas se envolvem em fraudes financeiras.

Os pesquisadores acreditam que as fraudes podem proporcionar não só benefícios financeiros, mas também grandes recompensas psicológicas que podem motivar as pessoas a se comportarem de forma antiética outras vezes. [DailyMail/WSJ]

8 comentários

  • Wanessa Paiva:

    Isso é fato, fatíssimo. Quando a trapaça dá certo, as pessoas sentem-se poderosas. “Ah, eu consegui, eu sou demais, eu enganei”. Na verdade, isso é uma distorção do que é, realmente, inteligência ou desvio de caráter. De uma certa forma, conseguir enganar pode ser considerada uma forma de inteligência, porém não é a melhor. Podemos citar o “cracker”, o tal “hacker do mal”: Inteligente, perspicaz, mas usa o dom para prejudicar e enganar outros.

  • mukokani tamele:

    É típico de fraude. Diferentemente do roubo violento em que o ladrão se apresenta a exibir força, os desvios e outros tipos de subtração de coisa alheia são feitos de forma fraudulenta, em que o infrator tende a exibir a sua suposta “inteligência”. Em todos os casos de subtração licenciosa de bem alheio há uma tendência de uso de mecanismos secretos, o que efectivamente resvala em fraude. É por isso que esses indivíduos tendencialmente se sentem mais inteligantes que os outros. Mas são mais cobardes quando são apanhados porque dificilmente confessam. E nem se redimem.

  • Anapaula Becker Dartora:

    As pessoas deveriam lembrar que não são só os políticos que são desonestos, é muito fácil viver como se todos fossem santos e só os políticos desonestos. Conheço muita gente, muito desonesta, e não são políticos. Até porque, quem são os políticos, se não um reflexo da nossa sociedade… Muitos políticos são desonestos sim, mas muitas pessoas da iniciativa privada também são, e daí tudo bem, porque os políticos roubam eu tenho legitimidade pra ser desonesto também. E o pior é que esse tipo de pensamento é fomentado pelos meios de comunicação. Não tenho nada a ver com a política, mas estou de saco cheio de ver gente considerada “de bem” fazendo as maiores barbaridadades, e tudo bem, porque o governo, os políticos, o beltrano, o sicrano roubam…

  • iguito998:

    Então podemos concluir que os polítcos se consideram Albert Einstein??

  • Danilo Oliveira:

    Isso é sentir “esperto”.

  • Dinho01:

    Essa conclusão é óbvia.Eles enxergam a si mesmos como “espertos”,mas esquecem que sempre estarão prejudicando alguém.

  • Renato Almeida:

    pagar uma prestaçao de um carro em 60x e no final das contas vc pagou o dobro do valor , isso sim é ser trapacear os outros

  • Gargwlas Gargw Gargwlas:

    mas isso é sabido.. só conversar com alguem desonesto o cara conta a maior vantagem de qualquer façanha…

    é o ser humano autofirmando para si mesmo que é mais experto que o outros

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