Qual o melhor tipo de propaganda?
Como você é influenciado pelas propagandas que vê? E como os publicitários interpretam isso para criar novos comerciais? Para um tema abstrato como esse, cientistas de duas universidades americanas resolveram dividir as propagandas em dois grandes grupos. Aquelas que falam diretamente do produto, por um lado, e as que montam uma cena visual não relacionada diretamente com o produto, de outro.
Quanto ao primeiro grupo de publicidades, não há muitas variações. Basicamente, são comerciais exaltando as qualidades do produto (algo como “este carro tem airbag, direção hidráulica e se abastece a álcool ou gasolina”). Essas propagandas são chamadas de “persuasão lógica” (LP, na sigla em inglês).
Os do segundo grupo, por sua vez, são chamados de “influência não racional” (NI, em inglês). De maneira geral, contam uma história em que o produto sequer é citado. O que se vê, basicamente, é uma gravura com apelo humorístico, algo inusitado ou uma mensagem subliminar.
Foi essa divisão, entre propagandas LP e NI, que serviu para o estudo. O primeiro passo foi reunir 24 voluntários para a pesquisa: 13 homens e 11 mulheres. Em todos eles, foram colocados eletrodos de encefalografia, para medir a atividade cerebral. Para cada participante, foram mostradas 24 propagandas de jornal ou revista.
Exemplos de propagandas LP: um comercial de cigarros mostrando dados técnicos que exaltavam o produto, ou um comercial de comida de cachorro exibindo uma tabela com as atividades dos cachorros, seu gasto de energia e a informação nutricional. Na sessão das NI, havia uma propaganda de bebida alcoólica que simplesmente mostrava gotas de água, ou um comercial de cigarros em que se via uma mulher saltando sobre um hidrante soltando água, enquanto um homem aparecia sorrindo atrás dela.
Atividade cerebral: no caso das LP, as regiões que mais mostraram ação foram aquelas relacionadas à tomada de decisões e processos emocionais. Isso é algo ruim para a propaganda: tais setores do cérebro estão ligados à inibição de impulsos não racionais, como o impulso de comprar algo. Quando foram exibidas propagandas NI, no entanto, tais partes do cérebro apresentaram menor atividade, ou seja: você fica menos prevenido contra o consumismo ao ver propagandas NI.
À primeira vista, o que se conclui disso é que a propaganda precisa ser criativa e pouco óbvia para fazer efeito maior. Dito de outra forma, ela precisa entrar no seu cérebro sem você perceber. [LiveScience]
9 comentários
que nem a do Pônei maldito,no início todo mundo achava ela muito retardada,más depois virou moda e nao saia mais da cabeça…aaaaaaaa
A melhor de todas sem dúvida é a da coca-cola, aquela do telefone..
Faz sentido.
Sempre gostei mais de propagandas inteligentes e engraçadas do que propagandas puramente informativas.
As melhores propagandas são feitas com inteligência e criatividade.
Vejam a nova propaganda da tramontina: “Corte rápido”
Atingir o público com propagandas LP ou NI é muito relativo. Provavelmente as NI funcionam mais com consumidores racionais mas para os consumistas não deve fazer diferença alguma.
Não é exatamente verdade: a propaganda que funciona é aquela que acerta em cheio o seu público alvo. A criatividade reside na solução encontrada para falar com esse. Se ela é uma propaganda LP ou NI a importância disso é muito relativa, porque outros fatores como faixa etária, grupo social, nível cultural, entre outros, pesam na balança.
Além disso, pode-se fazer um anúncio racional extremamente criativo. A diferença pode ser muito tênue.
Mas a máxima se mantém: uma boa ideia vende.
a propaganda que eu acho a mais engracada que eu ja vi eh akela do desodorante sobre transpiracao precoce… as de cerveja tambem saum engracadas
“-É pudim danone! -Não pares! Não pares!” 😀
Queria muito arranjar esse anúncio. Mas de tão bom que ele foi, deu a conhecer a marca com uma grande amplitude que a danone escondeu-o a 7 chaves e não se encontra em lado nenhum. Hoje em dia utiliza-se muito nas praxes universitárias pra fazer maluquices. eheh!!! 😛
Apenas referi este anúncio, que por uma inocência, mentes perversas levaram-na para maluquices.
Lá está, não sei se quem projectou o anúncio reparou em algo, que as pessoas notaram de outra forma. Foi a parte menos óbvia. 😉