Rover lunar chinês examina “substância estranha” encontrada em cratera
No último dia 25 de julho o rover chinês lunar Yutu-2 encontrou uma substância parecida com um gel no centro de uma cratera.
Cientistas ficaram perplexos com a descoberta, mas agora sugerirem que o material foi criado pelo impacto de um meteoro, que deixou para trás a substância, que seria nada mais que vidro derretido.
Infelizmente a substância está bem no centro de uma cratera de dois metros de diâmetro, e estava escondida nas sombras no momento da primeira observação.
Logo depois da descoberta, a China colocou o Yutu-2 para fazer trabalho de Sherlock Holmes. No último dia lunar de exploração do rover (cada dia lunar dura 29,5 dias terráqueos), ele tentou examinar melhor a localização dessa substância.
Nesta segunda observação, a Yutu-2 chegou mais perto da cratera, em uma manobra arriscada. O risco valeu a pena, porque a aproximação permitiu que o espectrômetro a bordo do rover detectasse a substância.
Os cientistas chineses ainda não anunciaram exatamente o que eles encontraram, e eles podem levar até um ano para publicarem mais imagens da exploração. Mas eles já distribuíram algumas delas que trazem informações novas: a imagem mais clara mostra duas das seis rodas do rover e o conteúdo da cratera.
A imagem em preto e branco mostra uma área retangular colorida de verde e uma área circular vermelha. Segundo o Space.com, o primeiro site de notícias científicas ocidental a receber informações da mídia chinesa, essas áreas coloridas podem indicar o campo de visão do Espectrômetro Visível e Infravermelho Próximo ao invés de mostrar a substância em si.
O cientista lunar Clive Neal, da Universidade de Notre Dame (EUA), afirmou ao Space.com que as imagens do material parecem com vidro de impacto encontrada na missão Apollo 17, em 1972.
A superfície do outro lado da lua tem permanecido fora de alcance dos exploradores humanos, mas o Yutu-2 tem feito um ótimo trabalho de coletar dados e panoramas dessas paisagens. Este rover chegou por lá em janeiro de 2019 e é o primeiro a explorar o lado escuro da lua. [Space.com, CNet]