Aprenda a prever o tempo com estes 6 tipos de nuvens

Por , em 3.04.2018

As previsões meteorológicas estão cada vez mais precisas conforme contam com simuladores computacionais complexos.

Esses simuladores usam todas as equações físicas que descrevem a atmosfera, incluindo o movimento do ar, o calor do sol e a formação de nuvens, para prever o clima.

Mas você não precisa de um supercomputador para saber se vai chover nas próximas horas. Ao ficar de olho no céu e conhecer um pouco sobre como as nuvens se formam, você pode ter uma noção se o tempo está prestes a mudar.

Esses seis tipos de nuvens podem ajudá-lo a entender o clima:

1. Cumulus


As nuvens cumulus (ou cúmulos) se formam quando o ar esfria até o ponto de orvalho, a temperatura na qual o ar não consegue mais manter o vapor. A essa temperatura, o vapor de água se condensa para formar gotículas líquidas, que observamos como uma nuvem.

Para que esse processo aconteça, o ar precisa ser forçado a subir na atmosfera, ou ar úmido precisa entrar em contato com uma superfície fria.

Em um dia ensolarado, a radiação do sol aquece a terra, que por sua vez aquece o ar logo acima dela. Este ar aquecido sobe por convecção, e forma nuvens cumulus.

Essas nuvens parecem algodão. Se você olhar para um céu cheio de cumulus, notará que elas têm bases planas, todas no mesmo nível.

Essas nuvens geralmente não chovem – significam bom tempo.

2. Cumulonimbus


Enquanto as pequenas cumulus não chovem, se você notar que estão ficando maiores e mais altas na atmosfera, é um sinal de que chuva intensa ou tempestade está a caminho.

Isso é comum no verão, com as cumulus matutinas se desenvolvendo em nuvens cumulonimbus (ou cúmulo-nimbos) à tarde.

Essa transição indica que a nuvem não é mais feita de gotículas de água, mas sim de cristais de gelo.

Quando rajadas de vento sopram gotas de água para fora de uma nuvem, elas evaporam rapidamente no ambiente mais seco. Por outro lado, cristais de gelo transportados para fora da nuvem não evaporam rapidamente, dando a nuvem uma aparência mais fina.

As cumulonimbus geralmente têm a parte superior plana, e uma forma característica de bigorna.

3. Cirrus


Cirrus (ou cirros) formam muito alto na atmosfera. São nuvens finas, compostas inteiramente de cristais de gelo caindo pela atmosfera.

Se são transportadas horizontalmente por ventos que se movem em velocidades diferentes, assumem uma forma característica de gancho. Apenas em altitudes ou latitudes muito altas, produzem chuva no nível do solo.

Mas, se você perceber que cirrus começam a cobrir mais o céu e ficar mais baixas e mais espessas, isso é uma boa indicação de que uma frente quente está se aproximando. Em uma frente quente, uma massa de ar quente e fria se encontram. O ar quente mais leve é forçado a subir sobre a massa de ar fria, levando à formação de nuvens. As nuvens baixas indicam que a frente está se aproximando, causando um período de chuva nas próximas 12 horas.

4. Stratus


Stratus (ou estratos) são nuvens contínuas e baixas cobrindo o céu.

Elas se formam subindo pelo ar devagar, como com um vento suave, trazendo ar úmido sobre terra ou superfície do mar frias.

As nuvens stratus são finas, então, embora o tempo pareça sombrio, chuva é improvável. No máximo, haverá um leve chuvisco. Stratus são idênticas a cerração ou nevoeiro.

5. Lenticular


Os dois últimos tipos de nuvem não nos ajudam a prever o clima imediato, mas dão uma ideia dos movimentos extraordinariamente complicados da atmosfera.

Nuvens lenticulares lisas, por exemplo, se formam à medida que o ar é soprado para cima ao longo de uma cadeia de montanhas.

Depois de passar pela montanha, o ar volta ao seu nível anterior. Quando abaixa, aquece e a nuvem evapora. Em alguns casos, a massa de ar sobe de novo, permitindo que outra nuvem lenticular se forme. Isso pode levar a uma série de nuvens, estendendo-se um pouco além da cordilheira.

A interação do vento com montanhas e outras características da superfície terrestre é um dos muitos detalhes que precisam ser levados em conta nos simuladores computacionais para realizarmos previsões precisas do tempo.

6. Kelvin-Helmholtz


A nuvem Kelvin-Helmholtz, ou cirrus Kelvin-Helmholtz, se assemelha a uma onda oceânica.

Quando massas de ar em alturas diferentes se movem horizontalmente a velocidades diferentes, a situação torna-se instável; o limite entre as massas de ar começa a ondular.

As nuvens Kelvin-Helmholtz são raras porque só podemos ver esse processo ocorrendo no céu se a massa de ar inferior contiver uma nuvem. A nuvem pode então “formar” as ondas quebrantes, revelando a complexidade dos movimentos atmosféricos de outra forma invisíveis acima de nossas cabeças. [TheConversation]

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