10 incríveis usos pacíficos para armas

Por , em 19.11.2013

Todos associamos a palavra “arma” com destruição, mutilação e morte, mas não precisa ser assim. Veja 10 maneiras incríveis de usar armas de forma pacífica:

10. Sinfonia de Armas

O artista mexicano Pedro Reyes construiu, em 2012, 50 instrumentos musicais a partir de armas de fogo confiscadas. Este ano, ele criou uma orquestra mecanizada.

Do outro lado do Atlântico, a artista britânica Hilary Champion também teve a mesma ideia, e em 2009 criou a Post War Orchestra (“Orquestra Pós-Guerra”), um grupo de músicos voluntários que toca instrumentos feitos de armas. Usando flautas feitas de rifles, uma “bazucafone” e um lança-rojão-theremin, eles esperam levantar fundos para converter mais armas em instrumentos musicais.

9. Explosões nucleares pacíficas

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Durante a Guerra Fria, tanto Estados Unidos quanto União Soviética realizaram alguns testes nucleares com fins pacíficos, pensando em “engenharia geográfica“, ou seja, em usar as explosões para criar canais e portos, e tornar minas subterrâneas mais acessíveis.

O programa americano, Operation Plowshare, teve início em 1961 e terminou em 1971, com 29 bombas nucleares sendo detonadas pelos Estados Unidos. Infelizmente, os testes tiveram que parar devido a intensidade das chuvas radioativas criadas, mesmo com explosões subterrâneas, e a contaminação de lençóis freáticos.

O programa soviético se chamou “Programa para a Utilização de Explosões Nucleares na Economia Nacional”, e detonou 122 bombas. Segundo relatórios da CIA, eles também tiveram pouco sucesso com seus testes.

8. Reciclando Napalm em combustível

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O Napalm é um gel incendiário usado durante a Guerra do Vietname, e ficou gravado na memória do mundo pela foto de Nick Ut, retratando a menina Phan Thi Kim Phuc correndo com a pele queimada.

Depois da Guerra do Vietname, o Napalm dos EUA ficou armazenado — mais de 11 milhões de litros — até 1998, em um depósito de armas, guardado em tonéis de alumínio. Depois de 25 anos de armazenamento, os tonéis começaram a vazar, e o governo resolveu reciclá-lo, transformando-o em combustível para a produção de cimento. Os tonéis, por sua vez, foram reciclados em ligas de alumínio.

7. Tanques transformados em tratores

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Uma cooperativa de fazendeiros ucranianos resolveu, em 2002, comprar um tanque soviético, livrar-se do armamento e transformá-lo em um tipo de trator, com uso duplo: durante o inverno, ele vira uma escavadora de neve.

O Ministro da Defesa resolveu fazer um programa semelhante, mas com sucesso limitado, já que os tanques têm um rendimento baixo, e também porque o programa sofre de falta de fundos — a fábrica que deveria fazer a transformação de 50 tanques ainda não foi paga.

6. Artilharia contra avalanches

As avalanches de neve são famosas por destruírem propriedades e matarem pessoas, e um dos métodos para combatê-las é não deixar que se acumulem, criando avalanches menores.

Estas avalanches controladas são feitas, no caso do US Forest Service, com rifles howitzers, da Primeira Guerra Mundial, que são leves e fáceis de usar e transportar.

Atualmente, estas são as armas preferidas para fazer controle de avalanches, e existe até uma versão civil, chamada “Avalauncher”, que que dispara ar comprimido em vez de cartuchos de munição. No filme acima, soldados russos criam uma avalanche tão grande que os envolve em uma nuvem de neve.

5. Lança-chamas para garantir a posse de JFK

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Lança-chamas tem outros usos além de torrar soldados inimigos, como limpar a terra para a agricultura, e matar ervas-daninhas e pragas. Também pode ser utilizado no manejo de florestas, para iniciar “incêndios preventivos”.

Talvez o uso mais estranho do lança-chamas tenha ocorrido em 19 de janeiro de 1961, véspera da posse do presidente John F. Kennedy. Uma tempestade de neve inesperada bloqueou as ruas de Washington, D. C., e engenheiros do Exército se uniram aos empregados de D. C. com “centenas de caminhões, carregadoras, transportes de areia, limpa-neves, e lança-chamas para limpar o caminho”.

4. Velhos aviões usados como “bonecos de teste”

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Em 1992, quatro anos depois do atentado terrorista que explodiu um avião da Pan Am sobre Lockerbie, na Escócia, a Administração Federal de Aviação colocou bombas em 10 bombardeiros B-52 para tentar entender como as explosões afetam a estrutura do avião.

A esperança é que, com os dados aprendidos, os fabricantes consigam construir aviões mais bem preparados para futuros ataques terroristas.

3. Silos de mísseis dão boas casas

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Com o fim da União Soviética e da Guerra Fria, o arsenal nuclear dos Estados Unidos têm diminuído, por medida de economia. O resultado é que vários silos subterrâneos foram abandonados, fato que não escapou da atenção dos empreendedores americanos, que converteram estas instalações em residências para cidadãos comuns.

Um dos casais que vive há 15 anos em um destes silos, no Kansas, conta que se sente totalmente seguro vivendo sob várias centenas de toneladas de concreto. E tem que se sentir mesmo; estes silos foram construídos para suportar um ataque nuclear.

2. Drones que salvaram uma vida

Os Veículos Aéreos Não Tripulados, ou UAV, na sigla em inglês, popularmente conhecidos como “drones”, tem uma péssima reputação de serem invasores da privacidade e máquinas que matam, mas também podem ser usados para o bem, como esta missão de resgate de maio de 2013 provou.

A Polícia Montada Canadense usou GPS para determinar a região em que um homem se perdeu após a meia-noite em um clima congelante. Quando o homem não respondeu aos chamados por alto-falante, a equipe lançou um drone para descobrir a localização exata do homem.

O vídeo do resgate pode ser conferido acima. Os oficiais afirmam que, se o homem não tivesse sido descoberto naquela hora, provavelmente teria morrido em pouco tempo.

1. Bombas nucleares para aquecer casas

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Nos últimos 20 anos, o programa russo-americano “Megatons to Megawatts Program” tem servido para aquecer e iluminar residências americanas. No projeto, bombas nucleares soviéticas foram usadas para criar combustível nuclear usado em plantas de energia nos Estados Unidos.

Desde o seu início, nos anos 1990, as bombas nucleares têm fornecido até 10% de toda energia elétrica dos Estados Unidos. 19.000 ogivas já foram recicladas desta forma, e a empresa encarregada espera reciclar mais 1.000 até o fim do ano, quando o programa termina. [ListVerse]

7 comentários

  • pmahrs:

    Esportes olímpicos, sobrevivência, demolições, detonações de rochas para estradas ou construções. Até faz duas semanas na Rodovia dos Tamoios que liga Caraguatatuba litoral de SP a São José dos Campos eu vi uma destas explosões de rochas para a duplicação da mesma.

    • pmahrs:

      Mas armas são para matar mesmo, e os benefícios não podem justificar mortes, guerras ou até genocídios.

  • Elio Roldan Anderson:

    ma·tri·ci·da

    (latim matricida, -ae)
    adjetivo de dois gêneros e substantivo de dois gêneros

    Que ou quem matou a própria mãe.

    “matricida”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/DLPO/matricida [consultado em 20-11-2013].

  • Luiz Fernando:

    Infelizmente isso só acontece quando já criaram armas “melhores”. Isso é apenas reciclagem de armas antigas. Eu gostaria de acreditar que a inteligência mundial trabalha para um futuro melhor para TODOS.

  • Wesley Nathan Medeiros Sa:

    9. Explosões nucleares pacíficas
    isso e serio?
    bombas nucleares so servem pra destruir e contaminar,e querem fazer essa coisa virar pacifica,to falando,o mundo ta ficando doido.

    • Cesar Grossmann:

      É sério. As explosões nucleares podem ser feitas sem visar um ataque a tropas, equipamentos, ou instalações em um contexto de conflito. São aplicações pacifistas.

      Você precisa rever seus conceitos…

    • Dinho01:

      Você tem razão,Wesley.Não vejo nada de pacífico em ficar contaminando o meio-ambiente para se construir túneis.

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