Criatura marinha bizarra é vista perto de plataforma petrolífera

Por , em 16.06.2014

Se tem um lugar em que é fácil encontrar bizarrices, esse lugar é o mar. Pensou em profundezas do oceano, já pode contar que vem bizarrice por aí. E isso porque apenas cerca de 5% dos nossos oceanos já foram explorados. Então, acho que é seguro dizer que há um mar de informações que a gente não conhece. Como, por exemplo, o que é esse animal, que mais parece um lençol sujo, filmado próximo a uma plataforma petrolífera.

A criatura marinha bizarra da vez

Em 2012, um vídeo filmado nas águas de uma plataforma de petróleo no Golfo do México registrou uma criatura marinha estranha, que mais parecia uma coisa do que um animal. Por ser um negócio um tanto estranho, não preciso nem dizer que o vídeo se espalhou pela internet mais rápido que incêndio em mata fresca.

Gravada a cerca de 1.500 metros abaixo da superfície, a criatura marinha bizarra deu asas à imaginação de muita gente. A partir do 0:50 você pode ver bem do que estamos falando:

Especulações

Quando muitas pessoas se interessam por um assunto e quase nenhuma delas sabe do que ele realmente se trata, temos as condições perfeitas para a ocorrência de um fenômeno natural e bastante comum das sociedades humanas: a especulação.

Alguns cogitaram que aquela criatura marinha bizarra na verdade poderia ser uma placenta de baleia. Outros apostaram que era uma espécie mutante. A ideia da baleia foi, pouco tempo depois, considerada improvável, porque a placenta contém muitos nutrientes e normalmente é devorada por outros animais que vivem ao redor desses imensos mamíferos.

Biólogos marinhos mergulham na questão

Logo após o lançamento do vídeo, um grupo de biólogos marinhos identificaram a criatura como sendo uma espécie enigmática de água-viva cujo habitat natural são as profundezas do oceano. Tal espécie teria sido descrita pela primeira vez por F S Russel, em 1967.

Claro que aquele lençol marrom sujo que se mexe sozinho não se parece nada com os tipos de águas-vivas com as quais estamos mais familiarizados.

O que alguns especuladores acharam ser um “rede de nervos” era, na verdade, parte do seu sistema digestivo. Enquanto essa água-viva bizarra flutua, alguma presa acaba se emaranhando em seu véu. A água-viva, então, fecha o cerco ao redor da presa e a enche de picadas, até matá-la. Assim que se inicia a digestão do animal, os nutrientes são absorvidos pela estrutura marrom flutuante que vimos no vídeo.

Apesar de o “mistério” ter sido oficialmente resolvido logo após o lançamento do vídeo, a desinformação ainda circula pela internet, justamente pela vitalização da filmagem e pelo fato de ela chegar a pessoas que gostam de mistérios, mas não gostam tanto assim de investir alguns minutos pesquisando para descobrir do que ele de fato se trata.

Por isso, se você conhece alguém que ainda não sabe que esta “criatura marinha bizarra não identificada” na verdade já é conhecida conhecida há quase 50 anos, mostre esse artigo e divida o conhecimento. Todo mundo agradece! [ifl science]

6 comentários

  • Reinan Dias:

    bem legal… temos muito a pesquisar nos nossos oceanos ainda! existem muitas especies nunca vistas e nem catalogadas…

  • Ricardo Batistela:

    Eles preferem gastar milhões com viagens ao espaço mas nem mesmo o oceano foi desbravado a fundo..

    • Cesar Grossmann:

      Não é uma questão de um ou outro, é bom que continuem as pesquisas espaciais, que são úteis e necessárias, e que se incremente a pesquisa marinha. O problema é que o fundo do mar é um ambiente bem mais inóspito que o espaço, por incrível que pareça, e isto vale tanto para os seres humanos quanto para os equipamentos.

  • Cleivson Lopes:

    És um peixe-sacoplástico!

  • A.S.S.:

    Eu chutaria que talvez fizesse parte de um ser conhecido que teve uma morte rápida, mas continua em movimento, que nem quando matamos uma galinha, mas acho improvável.

  • Cesar Grossmann:

    “Biólogos marinhos mergulham na questão” — 😀

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