7 criaturas bizarramente fofas

Por , em 8.09.2014

Todo mundo já observou alguma criatura tão feinha que até parece fofa. É o caso dos sete animais abaixo, que não são apenas estranhos na aparência, como também possuem algumas características inesperadas.

Confira:

1. Peixe-papagaio

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A areia de praias tropicais é literalmente feita de cocô de um tipo muito especial de criatura: o peixe-papagaio. Esses animais comem as algas que crescem em corais, ingerindo carbonato de cálcio e defecando até 360 quilos de areia a cada ano. Uma espécie australiana chega a produzir uma tonelada por ano (!).

Outra esquisitice do peixe-papagaio é que ele não tem estomago. Isso é ótimo para ele, no entanto. Se tivesse, o ácido do seu estômago se misturaria com o carbonato de cálcio ingerido, e explodiria o bichinho ao gerar uma grande quantidade de gás.

2. Axolotl

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O axolotl é uma salamandra com poderes regenerativos incríveis. O animal pode renovar seus membros e até mesmo a sua espinha com facilidade. E, mesmo assim, nossa intromissão ambiental tem levado a espécie quase que à extinção.

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O segredo da salamandra é a neotenia: sua capacidade de adiar indefinidamente a metamorfose, e ainda assim atingir a maturidade sexual. Em outras palavras, o axolotl é um eterno adolescente. A vantagem de não passar por essa metamorfose é que os animais têm mais chances de se reproduzir mais cedo.

E não se deixe enganar por essa carinha tosca: esses bichinhos são excelentes predadores, capazes de disparar rapidamente sua bocarra para fora para criar um vácuo que puxa pequenas presas para dentro.

3. Urso-d’água

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A criatura mais resistente da Terra é o urso-d’água. Esses animais, também conhecidos como tardígrados, podem suportar quase tudo. Você pode tentar fervê-los, congelá-los, irradiá-los ou atirá-los no vácuo do espaço – eles não vão morrer. São piores que barata.
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O truque do urso-d’água é algo chamado criptobiose. Seus processos metabólicos ficam “em suspensão”, um estado no qual ele pode desidratar a 3% de seu conteúdo normal de água, tornando-se apenas uma “casca” de seu antigo eu. Porém, basta adicionar água e o bicho ruge de volta à vida, sugando os nutrientes de algas e outros organismos e passeando feliz pelo mundo.

4. Musaranho blindado

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Na República Democrática do Congo, vive um musaranho peludo cujos locais chamam de “herói”. O motivo? É possível sentar em cima dele por minutos, e o bichinho ainda vai sobreviver para contar a história. Isso mesmo: o Scutisorex somereni, também conhecido como musaranho blindado, é capaz de tolerar tamanho trauma de ser massacrado por uma criatura muito mais pesada que ele.

Como? Tendo uma coluna absolutamente incrível. A sua espinha é com certeza a mais notável do reino animal.

Sinta a parte de trás do seu pescoço. Sabe aquele “calombo” na base? É chamado de processo, e é a parte da sua vértebra na qual músculos e ligamentos são anexados. A maioria dos vertebrados, incluindo nós, só tem um processo no topo de cada vértebra e dois outros de ambos os lados. No entanto, esse musaranho tem 10 a 20 processos por vértebra, que dão a esses animais uma força incrível.

5. Rêmoras

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A rêmora pode grudar nas coisas. Mas o que é mais incrível é que ele pode suportar objetos até 300 vezes seu peso – como mostra o gif abaixo.
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As 161 espécies conhecidas da família Gobiesocidae variam muito, de um rêmoraaminúsculo que adere-se às espinhas individuais de ouriços do mar até um relativamente gigante do tamanho do seu antebraço. Esses animais evoluíram suas ventosas de suas pélvicas e peitorais, que convergiram para formar um disco. Ao redor desse disco, ficam pequenos hexágonos que a olho nu parecem totalmente planos. Porém, quando você olha para eles sob um microscópio eletrônico, vê que o topo de cada um é como um espaguete, cheio de fios longos e finos.

Isso é fundamental para obter uma boa vedação. Os “fios” causam muito atrito e impedem que a borda do disco deslize, mantendo o peixe bem grudado à superfície de escolha. O animal usa essa habilidade para se segurar em rochas e não ser levado pela corrente ou por ondas, bem como para capturar comida, em especial lapas, pequenos moluscos que se agarram firmemente às rochas.

6. Aie-aie

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Ah, o extraordinário aie-aie. Ele tem uma cauda espessa como a de um esquilo, orelhas e dentes de rato e um dedo do meio extremamente alongado, superfino e giratório. O bicho é tão esquisitinho que – embora não pareça – é um primata não apenas com seu próprio gênero, mas com sua própria família taxonômica (serem humanos dividem sua família com gorilas, chimpanzés e orangotangos).

Esse dedo é uma das adaptações mais notáveis do reino animal. O noturno aie-aie o usa para cutucar galhos ocos e talos de bambu para agitar larvas escondidas e ouvir seus movimentos. Quando gosta do que ouve, o animal usa seus fortes dentes para rasgar o esconderijo da larva.

Seus enormes incisivos inferiores crescem continuamente ao longo da vida e podem mastigar através de bambu e de madeira. Em cativeiro, já mastigaram até blocos de concreto. Uma vez que chega onde deseja, o aie-aie usa seu dedo do meio e sua longa unha para vasculhar os arredores. Enquanto dedos humanos só vão para cima e para baixo, o do aie-aie pode girar como o nosso ombro, concedendo-lhe muito mais destreza para capturar sua presa.

7. Pichiciego-menor

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O pichiciego-menor, também chamado em inglês de “tatu fada rosa”, é o menor dos tatus com 12 centímetros de comprimento e uma casca rosada que parece coberta de seda. Este animal passa quase toda a sua vida cavando através da terra, caçando invertebrados e mastigando matéria vegetal.
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O elusivo animalzinho é raramente visto – a bióloga conservacionista Mariella Superina vem estudando tatus no habitat desértico do pichiciego na Argentina há 13 anos e nunca viu um em estado selvagem.

Ao contrário de todos os outros tatus, a casca do fada rosa não é totalmente conectada ao seu corpo. São os vasos sanguíneos subjacentes a sua carapaça fina que lhe dão sua cor rosada. A fragilidade e flexibilidade dessa casca sugerem que a criatura não depende dela como uma armadura. Em vez disso, é bem possível que a casca lhe ajude com termorregulação. Pesquisadores já observaram a carapaça mudar de cor rapidamente para acompanhar uma mudança de temperatura ambiental, o que ocorre graças ao aumento (ou redução) de irrigação nos vasos sanguíneos. [Wired 1/2/3/4/5/6/7]

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