Os 10 lugares mais estranhos onde algumas pessoas realmente viveram

Por , em 8.09.2013

Seja por uma questão de sobrevivência, de circunstâncias infelizes ou apenas porque o sujeito era realmente muito louco, algumas pessoas não vivem exatamente como o resto de nós, e fogem muito do padrão no que diz respeito a moradia. Confira a história de 10 pessoas que fizeram de lugares realmente inusitados – como uma caverna ou um ônibus escolar – seus lares.

Os 10 lugares mais estranhos para morar

10. No closet de um estranho

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Um homem de 57 anos, habitante da cidade de Fukuoka (Japão), ficou confuso ao perceber que seu estoque de alimentos vivia desaparecendo de sua cozinha. Ele montou uma câmera de vigilância para lhe enviar fotos para o celular quando o intruso invadisse seu apartamento.

Quando a polícia chegou à residência, porém, eles descobriram a realidade: ninguém entrava na casa… porque o ladrão de comida simplesmente já morava lá. A mulher, Tatsuka Horikawa, de 58 anos, vivia escondida no compartimento superior de um closet da residência.

Ela contou que levou um colchão para o local e até mesmo tomava banho na casa enquanto o dono estava fora. A mulher disse que não tinha outro lugar para viver e que tinha entrado pela primeira vez na residência um ano antes, na ocasião em que o proprietário havia deixado a porta destrancada. Foi acusada de invasão de domicílio.

9. Com um cadáver

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Uma mulher no estado de Michigan (EUA) viveu com o cadáver de seu companheiro de quarto durante um ano e meio. Charles Zigler tinha 67 anos e sofria de enfisema quando faleceu. Em vez de comunicar sua morte às autoridade, sua amiga de 72 anos de idade, Linda Chase, com quem ele viveu por 10 anos, simplesmente deixou o corpo sentado em uma cadeira na frente da televisão.

Ela manteve o cadáver limpo e vestido e até mesmo conversava com os restos mortais mumificados de Zigler enquanto assistia a corridas de carros na TV. Chase foi investigada por fraude contra a previdência social por continuar a descontar os cheques da aposentaria de Zigler depois de sua morte, mas esse não parece ter sido o motivo para manter o cadáver de seu amigo em casa.

Quando questionaram por que ela tinha feito tal coisa, Chase respondeu: “Eu não quero ficar sozinha. Ele foi o único cara que sempre foi legal comigo”.

8. Em um shopping center

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Em 2003, Michael Townsend e vários de seus amigos artistas tomaram posse de um espaço não utilizado em um shopping center no estado de Rhode Island (EUA). Eles conseguiram levar para lá duas toneladas de materiais de construção sem ninguém perceber, para criar um apartamento para eles, que ficava escondido da vista de quem passasse por ali graças a um muro de concreto.

Os quartos tinham energia elétrica e foram totalmente mobiliados – embora os ocupantes tivessem que usar os banheiros shopping. O grupo foi capaz de passar despercebido – vivendo no espaço por até três semanas de cada vez – durante mais de quatro anos no total.

Townsend tinha planos para melhorar o espaço, mas o grupo chegou em “casa” um dia e foi recebido por seguranças. Townsend disse que foi inspirado por uma propaganda que dizia como seria bom viver no shopping. Ele afirmou que o apartamento era um projeto de arte, e seu objetivo era o de “compreender o shopping e a vida como um cliente”.

A desculpa não colou, e ele foi condenado a seis meses em liberdade condicional depois de se declarar culpado por invasão criminosa.

7. Em uma caverna

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Um homem de 56 anos de idade, no Novo México (EUA), foi encontrado vivendo em uma caverna numa propriedade que pertencia ao Departamento de Energia do país. A morada improvisada de Roy Moore era equipada com uma cama, porta da frente, fogão a lenha, painéis solares e rádio que funcionava por satélite.

Ele conseguiu morar durante quatro anos na caverna sem ser detectado. Entretanto, a fumaça do fogão eventualmente chamou a atenção das autoridades, que também descobriram plantas de maconha na propriedade. Moore e seus pertences foram retirados e ele foi acusado por delitos de drogas.

6. No sótão da ex-namorada

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Quando uma mulher da Carolina do Sul (EUA) ouviu barulhos vindos de seu sótão e percebeu que pedaços de unhas começaram a cair do teto, ela teve a sensação de que “algo não está certo” – muito perspicaz. Quando seus filhos foram investigar o que estava acontecendo, descobriram que o ex-namorado da mãe dormia no sótão da casa, perto do aquecedor central, no meio de um amontoado de casacos velhos.

Ele tinha sido libertado da prisão duas semanas antes e estava vivendo no sótão desde então. Não apenas a mulher não tinha conhecimento de que ele havia sido liberado da penitenciária, como também o relacionamento do casal havia terminado já havia 12 anos.

Para aumentar o fator “bizarrice”, diversos copos de uma rede de fast-food cheios de dejetos humanos foram encontrados nas proximidades. O homem tinha também alterado a estrutura das aberturas no teto para que pudesse espiar o quarto de sua ex-namorada.

5. Na floresta

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Uma menina cambojana de oito anos de idade, que desapareceu com a irmã enquanto cuidava dos búfalos da família, foi encontrada 19 anos depois vivendo na natureza selvagem. Um morador viu Roshom P’ngieng surgir nua da selva e tentar roubar seu arroz. Ele a descreveu como “metade animal e metade humana”. Segundo a polícia, ela não conseguia formular nenhuma fala inteligível. O morador e seus amigos chamaram a moça, cujo pai a identificou devido às cicatrizes em seus braços.

As tentativas de reintegrar a mulher ao convívio com os outros humanos fracassaram. Ela se mostrou incapaz de aprender o idioma local, preferia rastejar em vez de andar e se recusava a vestir roupas, e eventualmente acabou fugindo de volta para a floresta. Alguns envolvidos no caso são céticos sobre a mulher ser realmente Roshom P’ngieng. Muitos acreditam que seja improvável uma menina de oito anos de idade tenha sido capaz de sobreviver a condições tão adversas por conta própria. Para completar, o pai se recusa a realizar o teste de DNA.

4. Em um mini apartamento de 1,5 m²

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Um homem de 50 anos de idade foi encontrado em Paris (França) vivendo em uma pequena sala com um teto inclinado, que tinha apenas 1,5 m² de espaço habitável. Mal era possível ficar de pé, e o homem tinha vivido lá por 15 anos. Ele ainda pagava um aluguel astronômico para morar no lugar ridiculamente minúsculo: 340 euros por mês (cerca de R$ 1.050).

Quando perguntaram como ele lidou com as acomodações limitadas durante esses anos todos, ele disse a uma rádio francesa: “Eu chego em casa e logo vou para a cama”. Após a descoberta do mini apartamento, o dono do local se encontrou em apuros, pois, de acordo com a lei francesa, todos os apartamentos em Paris precisam ter pelo menos 9 m² e devem incluir um chuveiro.

3. Em túneis subterrâneos

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Enquanto investigava furtos de cobre em um moinho de grãos nas proximidades, a polícia de Kansas City, no estado de Missouri (EUA), descobriu um caminho elaborado de túneis subterrâneos, onde algumas das pessoas sem-teto da cidade haviam fixado residência. Os túneis foram escavados em uma área arborizada e eram ventilados por meio de um tubo de PVC. As entradas foram disfarçadas por pilhas de entulhos.

Um túnel possuía 7,50 m de profundidade e levava a um quarto com camas e velas para a iluminação. Uma pilha de fraldas nas proximidades causou preocupação das autoridades de que houvesse crianças vivendo lá. Os túneis foram esvaziados e desativados porque as condições de vida eram inseguras. O incidente acabou provocando um grande debate sobre a situação dos sem-teto da cidade.

2. Em um ônibus escolar abandonado

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Uma funcionária dos correios no Texas (EUA) ficou preocupada ao observar repetidas vezes duas crianças desacompanhadas em sua rota e entrou em contato com o órgão local responsável pelo bem-estar de crianças. As autoridades descobriram que a menina e o menino, com idades entre 5 e 11 anos, estavam vivendo sozinhos em um ônibus escolar abandonado em um estacionamento lotado de pilhas de lixo.

Os pais das crianças estavam na prisão por participar de uma conspiração para roubar dinheiro de vítimas do furacão Ike – o terceiro furacão mais destrutivo de toda a história a atingir os Estados Unidos, que devastou parte do país em 2008. O ônibus tinha energia elétrica, água encanada, ar-condicionado e banheiro, mas não havia ninguém para supervisionar as crianças, de forma que elas estavam lá, essencialmente, por conta própria.

A tia que deveria cuidar dos dois trabalhava em turnos de 12 horas e quase nunca tinha folga, deixando as crianças sem supervisão alguma. Elas não estavam matriculadas na escola, tinham pouca comida e estavam sujas. Foram levadas em custódia pelo serviço de assistência social da criança. Uma vez libertados da prisão, os pais recuperaram a guarda dos filhos e prometeram trabalhar duro para melhorar as condições de vida no ônibus.

1. Sem contato nenhum com o resto do mundo

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Em 1978, uma equipe de geólogos ficaram se surpreendeu ao descobrir uma família de seis pessoas vivendo em uma montanha na Sibéria (Rússia), a 250 quilômetros da civilização mais próxima. A família Lykov havia fugido de sua cidade natal devido a perseguição religiosa no ano de 1936 e passou a viver na natureza… e assim ficou durante as décadas seguintes.

Os dois filhos mais novos nunca tinham visto um ser humano que não fosse um membro de sua própria família, mas estavam cientes da existência de outras pessoas no mundo. A língua falada havia sido distorcida devido ao isolamento e as crianças nunca tinham visto um pão.

Morando todos em um único espaço, a família sobreviveu graças a uma dieta de batatas, centeio e sementes de cânhamo (das plantas Cannabis). Eles nunca tinham comido carne até o final dos anos 1950, quando o menino mais novo aprendeu sozinho a fazer armadilhas para caçar os animais da região.

Os sapatos deles foram feitos de casca de árvore e os seus materiais de leitura consistiam apenas em livros de oração e um exemplar da Bíblia. Em 1961, o tempo excepcionalmente frio destruiu as plantações da família, obrigando-os a se alimentarem de cascas das árvores e do couro de sapatos. A mãe, Akulina, morreu de fome durante este tempo, certificando-se de que seus filhos tinham o suficiente para comer.

Depois que sua existência foi descoberta, os Lykovs permaneceram morando nas montanhas, tendo aceitado apenas alguns itens úteis para a sobrevivência. Três anos mais tarde, três das crianças morreram em um intervalo de dias umas das outras. O pai, Karp Osipovich Lykov, faleceu em 1988, aos 87 anos de idade, deixando Agafia (a única filha remanescente) sozinha na montanha. Hoje em dia, ela continua morando, sozinha, no mesmo local onde sua família viveu desde a década de 1930. Agafia completou 69 anos em 2013.

A história da família Lykov foi contada pelo jornalista Vasily Peskov, em seu livro “Perdidos na Taiga: a Batalha de 50 Anos de uma Família Russa pela Sobrevivência e pela Liberdade Religiosa no Deserto da Sibéria” (em tradução livre), de 1994. O documentário “Far Out: a Vida de Agafia na Taiga” foi lançado este ano e conta a história da única remanescente da família.

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