10 “problemões” encontrados por europeus recrutados pelo Estado Islâmico

Por , em 9.05.2016

Psicólogos e outros estudiosos ainda tentam entender o que motiva jovens de países desenvolvidos a deixarem família e conforto para trás para se juntar ao Estado Islâmico (EI). Recrutados através das redes sociais, muitos desses jovens têm uma enorme decepção ao perceber como suas vidas serão dali em diante.

Graças ao Twitter e a cartas escritas para suas famílias, foi possível reunir 10 problemas triviais ou muito óbvios descritos pelos recrutas. Confira:

10. Na Síria não tem Starbucks

10 problemas de primeiro mundo estado islamico
Uma terrorista russa que está sendo monitorada pelo Instituto de Pesquisa de Mídia do Oriente Médio tem fornecido “importantes informações” sobre a rotina do Estado Islâmico. Por exemplo, por lá não tem Starbucks.

É difícil entender por que ela pensou que teria acesso à rede americana de cafés ao se unir à uma célula que odeia o ocidente. “Sei que isso pode ser contra o Islã, mas às vezes sinto falta do Starbucks. O café aqui é terrível”, escreveu ela no Twitter.

O pior de tudo é que essa reclamação não é única. Há grupos inteiros muito decepcionados com a falta de produtos de qualidade em meio ao deserto e bombardeios. Um jovem belga também reclamou na rede social: “A comida servida aqui é nojenta. Quando me juntei ao estado, deixei muito claro: ‘desculpe, eu não gosto de comida árabe’”.

E esses são apenas os poucos desajuizados que têm coragem de reclamar na internet. Os membros do EI não devem falar mal nas redes sociais das condições encontradas, e ao fazerem isso arriscam a própria vida.

9. “Eu não sabia nada sobre o Estado Islâmico”


Marlin Nivarlain é uma adolescente sueca de 16 anos que acabou indo parar na Síria e depois no Iraque em junho de 2015. Ela foi levada pelo namorado de 19 anos, e teve um bebê com ele. Ela foi resgatada em fevereiro de 2016.

Marlin veio de uma cidade próxima à Gotemburgo, considerada a principal cidade de recrutamento de europeus pelo EI. Assim que chegou na Síria, foi levada a um apartamento sem eletricidade ou água encanada, para ficar com outras mulheres enquanto seu namorado passava por treinamento.

Depois de meses de sofrimento, a jovem conseguiu usar um celular para ligar para sua mãe, e disse que queria voltar para casa. “Em casa eu tinha tudo, lá eu não tinha nada”, disse a menina. Claro que ela não podia simplesmente fazer as malas e voltar para casa. Por sorte, ela foi resgatada por soldados do Curdistão.

Em entrevista depois do resgate, ela afirmou que quando viajou com o namorado não sabia nada sobre o Estado Islâmico.

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8. Os shampoos são ruins

shampoo
Blogs do EI estão cheios de reclamações sobre a maquiagem do local e baixa qualidade de produtos de higiene. Uma mulher escreveu: “O estilo aqui não é muito legal e a maquiagem feita aqui muitas vezes está mais chegada para a de palhaço”. Ela recomendou fazer a própria maquiagem sozinha ou com amigas ao invés de procurar maquiadoras.

Outra mulher compartilhou a foto de um shampoo local com a legenda “não é nada bom”. Mesmo assim, elas encontram soluções para esses obstáculos, indicando locais para tirar a sobrancelha e fazer aplique de cabelo.

7. Os homens são grossos

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O que tem surpreendido pesquisadores sobre o recrutamento do Estado Islâmico é o sucesso em convencer mulheres à se juntarem à guerra. Principalmente em um local em que elas são tão oprimidas.

Uma das novas recrutas de um país desenvolvido escreveu no Twitter: “Estou ficando cansada dos homens. Sinto-me assediada. Mulheres não podem fazer isso ou aquilo. Qual é o objetivo disso?”. Ela também se queixa que os homens gritam com elas na rua.

6. Eles não podem fumar

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Em 2014, o Estado Islâmico teve que dar uma prensa nos membros que não estavam seguindo as regras, entre elas não beber e não usar palavrões. Mas o problema principal era o cigarro. Essa regra foi cobrada com tanta rigidez que membros chegaram a ser decapitados por fumarem.

Milhares de caixas e maços de cigarro foram reunidos para serem queimados. Punições severas também foram distribuídas: quem é pego fumando uma vez leva 40 chibatadas, e aqueles que não conseguem parar são executados.

Essa perspectiva foi torturante para o francês Flavien Moreau, que preferiu voltar para casa e passar sete anos na prisão a deixar de fumar.

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5. Eles não respeitam filas

Waiting in Line
Um britânico chamado Omar Hussaion que se juntou ao EI escreveu um texto cheio de reclamações um tanto curiosas.

“Eles não respeitam filas!”, reclamou. Ele contou que podia estar esperando na fila por horas e alguém simplesmente entrava na sua frente. Outras reclamações foram que as pessoas não seguiam a ordem quando ele estava servindo a refeição delas e que era comum tirarem seu celular do carregador enquanto ele ainda estava carregando.

Outro problema é o roubo de sapatos na saída da mesquita. Aparentemente os membros do EI pegam qualquer par de sapato, sem se preocupar com seu dono.

4. A internet é lenta

internet sem fio e cancer
Um dos jovens franceses que queria voltar para casa enviou uma carta para os pais quando tomou esta decisão. “Estou cansado. Tenho que voltar”, escreveu ele. Uma das reclamações era que seu iPod não funcionava mais.

Outros membros do grupo terrorista usam o Twitter para se queixar da internet e do sinal do celular. Um deles escreveu: “A internet é mais devagar que o programa nuclear iraniano”, enquanto outra pessoa reclamou que precisa subir no telhado do prédio para ter um bom sinal no celular.

3. Não há vídeos de decapitação suficientes

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E o que eles tanto querem fazer na internet? O mesmo que nós, só que com pequenas diferenças. Obviamente há grande uso das redes sociais. Mas enquanto nós fazemos contagem regressiva para o próximo episódio de Game of Thrones e comentamos as cenas, o entretenimento para eles são os vídeos de decapitação.

Quando o Estado Islâmico anunciou em 2015 que interromperia a publicação dos chocantes vídeos, seus membros ficaram furiosos. Eles reclamaram que estavam sendo deixados na mão. O Twitter mais uma vez virou palco de reclamação. “Estamos esperando”, diziam as mensagens.

2. É entediante

Tired bored student
Cerca de 100 franceses voltaram para casa depois de se juntarem ao Estado Islâmico. A reclamação mais comum era que nada interessante acontecia por lá, além de serem forçados a ajudarem nas tarefas domésticas.

Um deles reclamou que foi obrigado a lavar louça, e outro disse que não fez nada além de distribuir roupas e alimentos. Claro que quando eles retornam aos seus países eles devem cumprir pena na prisão por terrorismo, mas parece que a rotina no EI é mais entediante do que a da prisão.

1. Eles querem que você lute

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Alguns dos membros da célula terrorista dariam tudo para lavar louça e distribuir roupas. Mas são obrigados a lutar. Um dos jovens que escreveu para os pais estava desesperado com essa perspectiva. “Eles querem me mandar para o front, mas eu não sei como lutar”, disse ele.

Nem todos que querem ir embora, porém, conseguem. Em dezembro de 2014, o EI executou 120 estrangeiros que tentaram voltar para casa. [ListVerse, MetroUK]

10 comentários

  • José Ladeira:

    Se a porcaria do café Starbucks é uma treta autentica comparada com o expresso português ou brasileiro , imagina o café do ISIS, lol

  • Oyngo Boyngo:

    A nova ‘dorga’ dos NewNoias…

  • EvandroJGC:

    Ô negada sonsa! Isso porque são de países desenvolvidos…
    Eles acharam que um lugar daqueles seria um “Acampamento Legal”?
    Cada uma, viu…

  • Ursus Arctos:

    “Em dezembro de 2014, o EI executou 120 estrangeiros que tentaram voltar para casa”
    Pra mim isso é digno de PREMIO DARWIN!

    • Cesar Grossmann:

      Seria cômico se não fosse trágico. Quer dizer, bateu o juízo na moleira, a moleira ganha um buraco…

    • Fabricia Miyabara:

      Hahaha, essa foi a melhor!!!!

  • Leonardo Prado:

    noooosssa, que lixo de “problemoes”, sem starbucks?? coitadinhos! nego acha que passar ferias num lugar que tem morte e ruinas e quer oq?

  • Kalebe Nectar:

    Faltou deixar link para entrar em contato! Arrumem, tenho interesse.

    • Cesar Grossmann:

      Está cheio de recrutadores do ISIS no Facebook, vai lá.

  • Cesar Grossmann:

    Segundo Omar Hossain, eles falam alto, não respeitam o espaço pessoal, usam carregador sem pedir (tiram o teu celular), e pegam os sapatos. E o papel higiênico lá não é macio…

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