A estrela que explodiu 10 bilhões de anos atrás

Por , em 8.04.2013

O telescópio espacial Hubble da NASA localizou a supernova mais distante já registrada.

Nomeada UDS10Wil, ou SN Wilson, a supernova está em uma classe especial de estrelas explosivas conhecidas como tipo Ia. Essa subcategoria de estrela é o resultado de uma violenta explosão de uma anã branca (o resíduo de uma estrela que completou o seu ciclo de vida normal e cessou sua fusão nuclear).

A recém-descoberta supernova explodiu mais de 10 bilhões de anos atrás, e possui um nível consistente de brilho que pode ser usado para medir a expansão do espaço. Também poderia ajudar a revelar pistas sobre a natureza da energia escura, que é a força misteriosa que acelera a taxa de expansão do universo.

Explosão modelo

Os pesquisadores descobriram a supernova como parte de um programa espacial que começou em 2010. O objetivo era estudar supernovas do tipo Ia e determinar se elas mudaram durante os 13,8 bilhões de anos desde o nascimento do universo.

Em particular, os pesquisadores aproveitaram luz infravermelha para procurar supernovas e verificar suas distâncias com espectroscopia.

SN Wilson é cerca de 350 milhões de anos mais velha que a antiga detentora do recorde, permitindo aos pesquisadores distinguir melhor entre dois modelos concorrentes de explosão de supernovas do tipo Ia.

O primeiro desses modelos exige que a explosão seja causada por uma fusão entre duas anãs brancas. O outro modelo, ao contrário, diz que uma anã branca se alimenta de sua estrela parceira normal, e, eventualmente, explode quando reúne massa demais.

Os pesquisadores encontraram evidências de um declínio acentuado na taxa de explosões de supernovas tipo Ia entre 7,5 e 10 bilhões de anos atrás. Esta evidência parece apontar para o fato de que a fusão entre duas anãs brancas é a teoria mais provável, já que prevê que a maioria das estrelas no universo é muito jovem para se tornar supernovas do tipo Ia.

E como isso é relevante para futuros estudos? Conhecer o gatilho para supernovas do tipo Ia vai ajudar a mostrar o quão rápido o universo se enriqueceu com elementos mais pesados, como o ferro. Isso, por sua vez, permitirá aos cientistas compreender quão rapidamente os planetas se formam, já que utilizam estas matérias-primas.[ScienceWorldReport]

5 comentários

  • WalterZ:

    O texto fala de dois modelos para de previsão de explosão de Supernovas tipo Ia

    “O primeiro desses modelos exige que a explosão seja causada por uma fusão entre duas anãs brancas. O outro modelo, ao contrário, diz que uma anã branca se alimenta de sua estrela parceira normal, e, eventualmente, explode quando reúne massa demais”

    As supernovas tipo Ia são usadas como referencias para medir as distancias no espaço. Isso se deve ao fato de que as
    supernovas tipo Ia explodem sempre com a mesma luminosidade. Desta forma basta medir a luminosidade para se obter a distância da estrela e de sua galáxia hospedeira.

    Mas por que a supernovas tipo Ia tem sempre a mesma luminosidade?? Porque elas explodem quando atingem uma quantidade exata de massa! Mas como isso pode ocorrer? Uma anã branca, orbitada por outra estrela. A imensa gravidade da anã branca vai “sugando” a massa da outra estrela e com isso aumenta gradativamente própria massa Quando a massa da anã branca atinge a quantidade exata…. Bummm!! Supernova tipo Ia.

    Mas, se as Supernovas puderem ser formadas a partir de uma colisão de duas anãs brancas, a luminosidade da Supernova formada não é semrpe igual. Por quê? Porque as anãs brancas podem ter massas diferentes!! Observar que devido a imensa gravidade das anãs brancas, uma não consegue “roubar” massa da outra aos poucos.

    Então, se as Supernovas tipo Ia forme fomadas pela fusão/colisão de duas anãs brancas, elas não podem ser utilizadas para medir distancias no universo…

    .

  • WalterZ:

    Não entendi…

    “Os pesquisadores encontraram evidências de um declínio acentuado na taxa de explosões de supernovas tipo Ia entre 7,5 e 10 bilhões de anos atrás”
    Ok. Esta parte eu entendi!

    “Esta evidência parece apontar para o fato de que a fusão entre duas anãs brancas é a teoria mais provável, já que prevê que a maioria das estrelas no universo é muito jovem para se tornar supernovas do tipo Ia”

    Esta parte eu não entendi. Alguem poderia me ajudar?
    eu entendi
    Se alguem responder a seguite pergunta, o resto eu concluo sozinho:
    Por que haveriam mais anãs brancas do que outras estrelas em um determinado periodo “da vida” do universo?

  • Luciana Santos:

    Imagens impressionantes, Sempre de parabéns!!!

  • Andre Luis:

    Uma estrela derramada!

  • Heraldo Henrique:

    Natasha linda como sempre e com bom artigos.

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