A turva verdade sobre a segurança das garrafas plásticas

Por , em 3.06.2009

Pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard, nos EUA, descobriram que universitários que bebem de garrafas de policarboneto mostraram dois terços de aumento do químico biosfenol A (BPA) na urina. Esse é um químico potencialmente danoso já banido no Canadá.

A preocupação com o desenvolvimento neurológico infantil é grande, pois mamadeiras e todo o tipo de embalagens de alimentos são feitos com plástico contendo o Biosfenol A.

De um lado, as descobertas não são tão assustadoras como parecem. Os dois terços de aumento apenas significam que o nível de BPA na urina aumentou de insignificante para um pouco acima disso, um nível ainda centenas de vezes mais baixo do que as pequenas doses testadas em ratos. Nenhum estudo mostrou de maneira convincente efeitos adversos do BPA na saúde humana. Por outro lado, BPA está em todos os lugares, em CD’s, comida e latas de refrigerantes, assim como muitos plásticos.

O BPA é um disruptor-endócrio que pode iniciar maturação sexual precoce. Pode também estar associado com doenças cardíacas e diabetes. Nos EUA, o Instituto Nacional de Ciências Ambientalistas da Saúde classifica que esse componente químico necessita de alguma preocupação sobre os efeitos adversos no desenvolvimento cerebral de fetos, bebês e crianças, mínima preocupação para o início da puberdade e nenhuma preocupação para a saúde reprodutiva de adultos.

Os pesquisadores pediram que 77 participantes bebessem bebidas geladas durante uma semana de recipientes de ferro e depois, uma semana de garrafas de policarboneto, as populares garrafas plásticas descartáveis. Os traços de BPA na urina aumentaram de 1,2 partes por bilhão para 2.

Esse é o primeiro estudo a mostrar que usar garrafas de policarboneto pode aumentar o nível urinário do BPA. O que isso significa, não está exatamente claro. O fato que o BPA foi eliminado é uma coisa boa. Os pesquisadores não puderam detectar o quanto de BPA foi consumido. Mas provavelmente foi menos do que a dose diária que é considerada segura, 50 partes por bilhão, e menor do que os 5 partes por milhão usado em estudos com animais. [Live Science]

2 comentários

  • Marilia:

    Se a dose diária segura de ingestão de BPA é 50 ppb e os pesquisadores afirmaram que após o consumo semanal em garrafas de policarbonato os traços de BPA na urina foram de 2 ppb, eu entendo que estejamentos em níveis seguros de consumo.
    Mesmo pq o ínicio do artigo mostra que o BPA está presente também em CD’s, comida e latas de refrigerantes.
    Se eu tomar refrigerante em lata a semana toda, qual será o traço de BPA na minha urina? Alguém sabe?
    Acho que só assim poderíamos saber o que realmente é prejudicial ou não. Assim como o metal, o papel, o plástico tem suas qualidades e defeitos, e entendo que tais pesquisas e resultados são realizados para melhorar nossa qualidade de vida, mas deveriam ser mais conclusivos e realmente comparativos.

  • Daniel:

    Só uma observação: e o plástico pvc que conduz a água para as casas, que perigo oferece????
    será que todas essas doenças não estão relacionadas a mesma causa:
    O plástico ??

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