Bebês concebidos na primavera são mais propensos a serem prematuros

Por , em 14.08.2013

A literatura médica está repleta de investigação ligando meses de nascimento com o risco de várias doenças crônicas. Apesar de intrigante, muitos desses estudos foram metodologicamente falhos, não levando em conta fatores como nível socioeconômico, por exemplo.

Agora, um estudo recente publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences pode ser o maior a demonstrar uma ligação convincente entre a estação da concepção e o nascimento prematuro.

Os pesquisadores da Universidade de Princeton (EUA) analisaram mais de 1,4 milhões de nascimentos em Nova York, Nova Jersey e Pensilvânia. Para controlar a influência da situação socioeconômica, entre outras coisas, eles incluíram um grande número de irmãos em sua análise.

Os pesquisadores descobriram que os bebês concebidos em maio (período de primavera no hemisfério Norte) eram 10% mais propensos a ser prematuros. Mas eles suspeitaram que a razão para isso era o fato da coincidência entre o meio/fim da gravidez com os meses de janeiro e fevereiro, em que ocorrem picos sazonais de gripe. As mulheres grávidas que contraem a gripe em seu segundo ou terceiro trimestres da gravidez têm um risco ligeiramente elevado de sofrerem aborto e terem seus filhos prematuramente.

Os pesquisadores também descobriram que os bebês concebidos durante o verão pesaram, em média, até nove gramas a mais do que as outras crianças, que tiveram influência dos “padrões sazonais” no período de ganho de peso da gravidez. Os resultados, eles argumentaram, podem ter implicações políticas.

Eles ainda sugerem que variações sazonais em nutrição podem influenciar os resultados do parto, mesmo em países ricos, e vacinas contra a gripe podem ser eficazes no combate à deterioração sazonal na duração da gestação. [The New York Times]

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