Canudos de papel, na realidade, podem ser piores do que os de plástico

Por , em 1.09.2023

Quando as pessoas optam por usar canudos de papel como uma escolha consciente para suas bebidas, podem acreditar que estão contribuindo positivamente para o planeta. No entanto, pesquisadores descobriram uma revelação preocupante. Um grupo de cientistas revelou que os canudos de papel contêm mais PFAS (substâncias per- e polifluoroalquil), conhecidas como “produtos químicos eternos”, do que seus equivalentes de plástico. Além disso, esses produtos químicos são encontrados em concentrações mais altas em canudos de papel em comparação com os de plástico. Essa descoberta desafia a percepção de que materiais à base de plantas, como papel e bambu, são inerentemente mais ecológicos.

Uma equipe de cientistas belgas, liderada por Thimo Groffen, um cientista ambiental da Universidade de Antuérpia, conduziu um estudo. Sua investigação, publicada na revista científica Food Additives & Contaminants, destacou que PFAS eram detectados com mais frequência em canudos feitos de fontes à base de plantas, como papel e bambu, em comparação com os canudos de plástico. Embora canudos de papel e bambu sejam frequentemente comercializados como alternativas sustentáveis, a presença de PFAS contradiz sua imagem ecologicamente correta.

O estudo examinou canudos de 39 marcas diferentes, fabricados com cinco materiais distintos: plástico, aço inoxidável, bambu, vidro e papel. PFAS foram identificados em 27 dos canudos testados. Dentre esses, os canudos de papel apresentaram a maior ocorrência de PFAS, com 90% deles contendo esses produtos químicos, em contraste com 75% nos canudos de plástico. Além disso, os canudos de papel exibiram concentrações significativamente mais elevadas de PFAS em comparação com seus equivalentes de plástico.

É importante notar que canudos feitos de diversos materiais, excluindo o aço inoxidável, também apresentaram a presença de PFAS. Os fabricantes incorporam PFAS nos canudos à base de plantas para conferir propriedades repelentes à água. No entanto, esses produtos químicos também podem infiltrar nos canudos por meio de matérias-primas contaminadas, acrescentando complexidade à questão.

Essa revelação ressalta o desafio que os consumidores enfrentam ao tentar fazer escolhas ecologicamente conscientes em um mercado repleto de compensações. A seleção limitada de opções verdadeiramente virtuosas pode levar pessoas ecologicamente conscientes a se sentirem frustradas e desiludidas.

Esse estudo da Bélgica está alinhado com uma investigação anterior publicada na revista Chemosphere em 2021. O estudo anterior também identificou produtos químicos eternos em canudos de papel, mas não encontrou PFAS mensuráveis em canudos de plástico.

O aspecto preocupante dos PFAS é sua solubilidade em água, tornando-os particularmente problemáticos. Isso deixa os consumidores em um dilema: optar por canudos de aço inoxidável, que são duráveis, mas difíceis de limpar, ou lidar com as preocupações de saúde e ambientais relacionadas a outras opções.

Atualmente, a Agência de Proteção Ambiental (EPA) está abordando ativamente a questão dos produtos químicos eternos por meio de regulamentações propostas e investimentos financeiros. Permanece a esperança de que essas substâncias prejudiciais eventualmente se tornem obsoletas. No entanto, a realidade atual sugere que cada gole retirado de um canudo pode envolver uma ingestão gradual de substâncias nocivas.

Ao escolherem canudos de papel como uma opção consciente para suas bebidas, muitos indivíduos acreditam estar fazendo a sua parte em prol do planeta. Entretanto, pesquisadores trouxeram à tona uma revelação alarmante. Um grupo de cientistas revelou que canudos de papel contêm uma quantidade maior de PFAS (substâncias per- e polifluoroalquil), popularmente conhecidas como “produtos químicos eternos”, em comparação com seus equivalentes de plástico. Além disso, esses produtos químicos são encontrados em concentrações mais elevadas nos canudos de papel do que nos de plástico. Essa descoberta abala a percepção de que materiais à base de plantas, como papel e bambu, são intrinsecamente mais ecológicos. [Futurism]

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