Cientistas descobrem local que misteriosamente emite calor em um planeta de outro sistema

Por , em 20.10.2010

Cientistas descobriram um planeta enorme que tem um estranho local extremamente quente, na sua lateral.

O gigante de gás, chamado Upsilon Andromedae b, é conhecido como “Júpiter quente” graças as suas temperaturas escaldantes. Ele fica a cerca de 44 anos-luz da Terra, na constelação de Andrômeda. O planeta tem cerca de 70% a massa de Júpiter, e orbita em torno de sua estrela a cada 4,6 dias ou mais.

Ele tem um lado “preso”, o que significa que um de seus lados está perpetuamente em ebulição – o lado que encara a sua estrela-mãe.

Segundo os astrônomos, o mais curioso é que a parte mais quente do planeta não é esse lado que permanece encarando o seu sol. Um local na lateral do planeta é, na verdade, muito mais quente.

Os cientistas usaram um telescópio da NASA para medir a luz infravermelha total do planeta e de sua estrela-mãe durante cinco dias em fevereiro de 2009. O telescópio não pode olhar diretamente para o planeta, mas pode detectar as variações de luz que surgem conforme o lado quente do planeta entra no campo de vista da Terra. A parte mais quente do planeta emite a luz mais infravermelha.

O senso comum sugeria que o planeta apareceria mais brilhante quando estivesse diretamente atrás da estrela, ou seja, encarando sua estrela-mãe, ou seu sol. Porém, o sistema ficou mais brilhante quando o planeta estava ao lado da estrela, o que significa que as partes mais quentes do Upsilon Andromedae b não são as que estão sob o brilho pleno da estrela-mãe.

Segundo observações de outros “Júpiteres quentes”, como o Upsilon Andromedae b, têm mostrado que os pontos quentes dos planetas podem ser deslocados um pouco para o lado. Os astrônomos acreditam que ventos fortes podem empurrar os gases quentes em torno de planetas como esse.

Porém, a pesquisa recente descobriu que no Upsilon Andromedae b o deslocamento é tão dramático que é improvável que os ventos fortes tenham sido os responsáveis.

Por enquanto, os pesquisadores não chegaram a nenhuma conclusão sobre o deslocamento, mas já formularam algumas teorias, desde ventos supersônicos que podem ter provocado ondas de choque e aquecido o local, até interações magnéticas entre o planeta e a estrela.

Para deixar a especulação de lado, os astrônomos pretendem examinar mais “Júpiteres quentes” e testar novas teorias. [LiveScience]

8 comentários

  • Silass Alon:

    sera o planeta de dragon ball z do mestre kame??

  • Cesar:

    Reginaldo, as constelações não são objetos, então elas não “estão” na nossa galáxia. São simplesmente regiões do céu, como por exemplo, o hemisfério norte celeste: o hemisfério norte celeste não “está” na nossa Galáxia, ele delimita uma região do céu que contém objetos que estão na nossa galáxia e que estão fora dela, até os “confins do Universo” (na verdade, até o limite do Universo visível).

  • Cesar:

    Alexandre, o telescópio não pode olhar diretamente para o planeta por que ele é praticamente invisível ao telescópio. Isto mesmo, sabemos da existência de exoplanetas por meios indiretos: um leve balançar da estrela, uma piscada que a estrela apresenta em períodos bem definidos, este tipo de coisa. é mais ou menos como saber que tem uma borboleta voando em torno de uma lâmpada de farol marítimo, a 40 km de distância, apenas olhando para o farol e vendo o brilho dele diminuir levemente quando a borboleta passa na frente do mesmo. Você consegue imaginar isto? É incrível!

  • Lucas:

    Cara, considerando o tamanho do planeta, como ele orbita a cada 4 dias ao redor da estrela mae? Tá voando ao redor hem UHASUHASU

  • Alexandre:

    Alguém pode me responder por que o telescópio não pode olhar diretamente para o planeta?

  • Reginaldo Ferrão:

    Quando eu li “andrômeda” eu quase tive certeza que algo estava errado já que a galáxia de andrômeda fica a muitos milhares de anos-luz daqui e não só a 44 anos-luz como o texto informa. Mas pesquizei antes e descobri que além da galáxia “andrômeda” também existe a constelação “andrômeda” que fica realmente na nossa galáxia, perto do nosso sistema solar. Curiosidade né?

  • Rodrigo Cacilhas:

    Muito interessante. Há muito a aprender ainda sobre os exoplanetas. A verdade é que proporcionalmente não sabemos sobre o Universo.

    Só duas correções: (1º) o plural de «júpiter» é «jupíteres», não «júpiteres» (alguém já viu palavra «prós-proparoxítona»?) e (2º) mesmo «jupíteres quentes» ainda seria um estrangeirismo desnecessário. A expressão correta em português seria «jupiterianos quentes».

    []’s
    Cacilhας, La Batalema

  • Manuel Bravo:

    Será a fusão de uma estrela com um planeta?

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