Dicas científicas para desenvolver confiança e autoestima

Por , em 9.03.2020

Baixa autoestima e falta de confiança são sentimentos que podem atrapalhar muito a vida das pessoas.

Indivíduos que se sentem frequentemente inúteis também podem se sentir pouco amados, pouco queridos e incompetentes.

Além disso, baixa autoestima já foi diretamente ligada a agressão, distúrbios de humor como ansiedade e depressão, distúrbios de alimentação, comportamento criminoso e baixa qualidade de vida.

Por fim, de acordo com pesquisas realizadas por Morris Rosenberg e Timothy J. Owens, pessoas com baixa autoestima tendem a ser hipersensíveis ao mundo ao redor delas, o que pode engatilhar uma depressão profunda a partir de eventos únicos que não desencadeariam a mesma resposta em outros indivíduos.

Como descobrir se você possui baixa autoestima?

Será que você possui baixa autoestima? Abaixo, confira uma lista de “sintomas” e veja se você se identifica com eles:

  • Ser incapaz de confiar em sua própria opinião, sempre pensando que a opinião dos outros é melhor;
  • Nunca dar sua opinião ou se sentir confiante o suficiente para compartilhar suas ideias;
  • Ter medo de aceitar desafios por pensar que não é capaz de superá-los;
  • Pensar que irá falhar ou ser um fracasso caso não complete algum objetivo, mesmo que irrealista;
  • Ser muito duro consigo mesmo, mas brando com os outros, mesmo em situações similares à sua;
  • Ter ansiedade ou ataques de pânico, ou sentir-se emocionalmente desgastado;
  • Ir a extremos (seja esforçar-se absurdamente e fazer muito mais do que o necessário quanto nunca se esforçar e sempre fazer menos do que o necessário);
  • Se jogar no trabalho para evitar a tensão e o medo que vêm com situações mais sociais, como relacionamentos e amizades.

Como melhorar sua autoestima

Os resultados dos estudos sobre autoestima indicam que esse sentimento é muito importante e pode prever o sucesso de uma pessoa na educação e no trabalho, seu estilo de vida e sua saúde em geral.

Talvez você precise de ajuda profissional e, se este for o caso, deve buscar o apoio de psicólogos ou psiquiatras.

No entanto, também pode aproveitar algumas dicas científicas para tentar desenvolver mais confiança e níveis maiores de autovalorização. Por exemplo:

Vista-bem e passe perfume

Estudos indicam a forma como você se veste, bem como o seu cheiro, podem fazer a diferença na sua autoestima.

Uma pesquisa de 2015, por exemplo, analisou quais cores estariam ligadas à confiança e concluiu que o preto era a mais votada no que diz respeito à atratividade, Inteligência e confiança.

Já uma pesquisa de 2014 com 128 homens divididos em três grupos (um vestido com terno, um vestido de forma casual e um vestido com um conjunto de moletom) pediu que eles participassem de uma negociação simulada na qual pediam um aumento de salário.

Os resultados indicaram que os homens de terno pontuaram mais alto em termos de dominância, performance e confiança, o que os levou a melhores habilidades de negociação na cena simulada.

Por fim, um estudo de 2009 da Universidade de Liverpool (Reino Unido) concluiu que nosso cheiro pode ter um impacto na nossa autoestima, além de afetar a forma como outras pessoas nos veem e nos tratam.

Em resumo: vista-se para o sucesso, e use perfume.

Escute música com muito baixo

Uma pesquisa de 2014 realizada pela Universidade Northern (EUA) descobriu que o tipo de música que ouvimos pode afetar nossa confiança em um nível subconsciente.

Por exemplo, canções com mais sons graves e bastante baixo podem fazer você se sentir mais poderoso, dominante, determinado e motivado.

Tire mais fotos, principalmente de si mesmo

Um estudo da Universidade da Califórnia em Irvine (EUA) descobriu que tirar fotos de si mesmo ou se olhar no espelho pode aumentar a autoestima.

Um grupo de 41 estudantes tirou três tipos de fotos todos os dias: uma selfie, uma foto de algo que tornou seu dia feliz e uma foto de algo que eles pensavam que faria outra pessoa feliz.

Todas tiveram efeitos positivos na autoestima dos participantes, mas as selfies foram as mais associadas com maiores níveis de autoestima.

Converse com si mesmo em terceira pessoa

Um estudo de 2014 publicado na revista científica European Journal of Social Psychology descobriu que conversar consigo mesmo de maneira positiva ajuda na autoestima.

No experimento, metade das pessoas conversaram consigo mesmas em primeira pessoa, e metade em terceira pessoa (usando frases como “você consegue!”).

As pessoas que falaram consigo mesmas em terceira pessoa relataram os maiores níveis de motivação e confiança.

Os pesquisadores creem que isso ocorre porque o uso de “você” lembra as pessoas de uma situação na qual estão recebendo conselho, elogios e encorajamento a partir de outros além de si mesmas. Às vezes, a forma como você espera que os outros te vejam importa para seus níveis de confiança.

Preste atenção em si mesmo e faça afirmações positivas

Vale observar que autoconsciência e afirmações positivas em primeira pessoa também ajudam.

A confiança pode vir de ser honesto consigo mesmo, o que é difícil de alcançar quando estamos nos sentindo inúteis ou falhando em ver qualidades em nós mesmos.

Um estudo que analisou os cérebros de pessoas praticando autoafirmações positivas descobriu que áreas de autoprocessamento e avaliação são ativadas, como o córtex pré-frontal medial, o córtex posterior, o estriado ventral e o córtex pré-frontal medial ventral.

Esses resultados destacam os processos neurais positivos que acontecem quando falamos de maneira positiva com nós mesmos (como “eu consigo”, “eu posso”, “eu sou” etc). [BigThink]

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