Estas são as catástrofes mais graves que a humanidade pode ter que enfrentar em breve

Por , em 1.05.2016

O Projeto de Prioridades Globais da Universidade de Oxford (no original, “Global Priorities Project”) compilou uma lista de catástrofes, naturais e autoinfligidas, que poderiam matar 10% ou mais da população humana.

A lista também indica a probabilidade destas catástrofes acontecerem dentro dos próximos cinco anos.

Os riscos mais prováveis incluem guerra nuclear e pandemias (naturais e artificiais), seguidos por desastres decorrentes das mudanças climáticas, geoengenharia e inteligência artificial.

O relatório também abarcou eventos de baixa probabilidade, mas alto impacto, como asteroides e erupções supervulcânicas.

Podem acontecer

O Projeto de Prioridades Globais define um risco catastrófico global como “eventos ou processos que levariam à morte de cerca de um décimo da população do mundo, ou que tenham um impacto comparável”.

Estes riscos são qualitativamente distintos de riscos existenciais, graves o suficiente para acabar com todos os seres humanos, ou seja, levar a nossa extinção.

Embora não sejam tão apocalípticos, riscos catastróficos ainda possuem consequências globais graves.

O pesquisador Sebastian Farquhar e seus colegas advertem que alguns destes perigos são mais propensos a acontecer do que imaginamos, mas os governos não estão fazendo o que é necessário para mitigar os riscos, ou controlá-los em caso de realmente acontecerem.

Porque já aconteceram

Riscos catastróficos globais são raros, mas ocorrem. Por exemplo, a praga de Justiniano de 541-542 dC matou até 17% da população do mundo. Mais recentemente, a gripe espanhola de 1918-1919 matou 10% da população do mundo, o que superou o número de mortos da Grande Guerra que a precedeu.

Estes eventos são improváveis de acontecer em qualquer década, o que explica por que tendem a receber pouca atenção.

pandemiaas

Mais e menos prováveis

Os pesquisadores acreditam que os riscos mais prováveis para os próximos cinco anos são pandemias naturais, guerra nuclear e pandemias artificiais, além de riscos ainda desconhecidos. Os menos prováveis são catástrofes por mudança climática, por inteligência artificial, por falha de geoengenharia, por impacto de asteroide e por erupção de um supervulcão.

De fato, as chances de impacto de asteroide ou erupção supervulcânia são extremamente pequenas – por exemplo, as chances de um asteroide colidir com a Terra é de cerca de 1 em 1.250 para cada século, enquanto supervulcões entram em erupção cerca de uma vez a cada 30.000 a 50.000 anos.

Por outro lado, as pandemias naturais e causadas por seres humanos são, definitivamente, de alto risco e probabilidade. Nossa civilização globalizada está espalhando doenças mais rápido do que nunca, e nossas biotecnologias estão criando mutações (como do vírus da gripe H5N1). Tecnologias como CRISPR – ferramenta de edição de genes que é barata e fácil de usar -aumentam a chance de um grupo com intenções violentas, como Estado Islâmico, transformá-las em uma coisa horrível.

Soluções

Para lidar com esses problemas iminentes, os autores do relatório propõem uma série de soluções, incluindo tratados de não proliferação nuclear, aumento do planejamento para lidar com pandemias graves, esforços para reduzir as emissões de carbono e investigações sobre os riscos colocados por inteligências artificiais e biotecnologias. [Gizmodo]

1 comentário

  • Thereza Camello:

    Prezados,

    Se não me engano a Praga de Justiniano é a mesma Peste Negra , então se somarmos os dígitos, temos mais de 100 milhões de mortes.

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