Essa mãe de gêmeos teve uma surpresa com o resultado do teste de paternidade de seus bebês

Por , em 10.05.2015

Uma mãe de gêmeos decidiu levar seu problema para o tribunal no Condado de Passaic, em Nova Jersey, nos EUA, quando fez a afirmação de que um homem era o pai de seus filhos.

A verdade, ao que parece, não era tão simples. Segundo um exame de DNA, o homem apontado como responsável pelas crianças era o pai de apenas um dos gêmeos.

Como assim?!

Em um emaranhado de amor e biologia que deu origem ao raro caso médico, um homem identificado nos documentos judiciais como A. S. agora terá que pagar pensão alimentícia somente para uma criança que um teste de DNA mostrou confiantemente ser sua.

O outro gêmeo foi concebido durante um encontro que ocorreu dentro de uma semana da relação sexual que a mãe teve com o homem que dizia ser o pai de ambas as crianças.

Tudo foi revelado quando a mãe, identificada apenas como T. M., foi ao tribunal em Nova Jersey para estabelecer a paternidade e forçar A. S. a pagar pensão para os gêmeos, nascidos em janeiro de 2013.

Sua afirmação lentamente se desfez, no entanto, quando ela confessou ter tido relações sexuais com um segundo homem não identificado dentro de uma semana depois de fazer sexo com seu parceiro romântico.

Fecundação dupla

Quando os resultados voltaram, em novembro passado, um caso de rotina tornou-se uma curiosidade rara. Hans Karl-Wurzinger, o diretor do laboratório que fez o teste, publicou um estudo dizendo que um em cada 13.000 casos de paternidade relatados envolvia gêmeos com pais separados. Ele testemunhou que este era mais um desses raros casos: a mulher foi fertilizada por pais diferentes durante o mesmo ciclo menstrual.

Jennifer Wu, ginecologista e obstetra no Hospital Lenox Hill, em Nova York (EUA), explica que isso se trata de superfecundação, um fenômeno classicamente ilustrado em livros de medicina com um bebê negro e outro caucasiano que são gêmeos.

Obviamente, nesse caso, não estamos falando de gêmeos idênticos, e sim de gêmeos fraternos. Segundo Jennifer, um espermatozoide pode ser viável por até cinco dias, de forma que, se a mãe tem relações sexuais com um homem, ovula e, em seguida, tem relações sexuais com outro – tudo dentro do curso de pouco menos de uma semana -, o esperma de um homem pode fertilizar um óvulo, enquanto o esperma de outro fertiliza um segundo óvulo (enquanto não é comum liberar dois óvulos por ciclo menstrual, isso pode acontecer).

Ufa! Viu só quantas coisas diferentes têm que ocorrer para isso ser possível? Pode-se dizer que é como se T. M. tivesse ganhado na loteria. Ou não. [NYTimes]

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