Aos 15 anos, garoto descobre planeta desconhecido

Por , em 11.06.2015

Um estudante de 15 anos de idade descobriu um novo planeta orbitando uma estrela de 1.000 anos-luz de distância na nossa galáxia. Tom Wagg estava fazendo um programa de experiência de trabalho (algo como o nosso “Menor Aprendiz”) na Universidade de Keele, na Inglaterra, quando avistou o planeta ao notar uma pequena variação na luz de uma estrela à medida em que ele passava na frente dela.

“Estou extremamente animado por ter um encontrado um novo planeta, e eu estou muito impressionado que nós podemos encontrá-los tão longe”, diz Tom, agora com 17 anos. Levou dois anos de novas observações para provar que a descoberta do adolescente realmente é um planeta.

Tom encontrou o planeta analisando os dados coletados pelo projeto WASP (Wide Angle Search for Planets, em tradução livre Pesquisa Grande Angular de Planetas), que examina os céus monitorando milhões de estrelas para olhar para as pequenas depressões causadas por mundos passando na frente de suas estrelas hospedeiras.

WASP-142b

O planeta de Tom recebeu o número de catálogo WASP-142b, sendo a descoberta 142 feita pela colaboração WASP. Ele está na constelação do sul de Hydra. Enquanto os astrônomos em todo o mundo já tenham encontrado mais de mil planetas extra-solares, Tom é possivelmente o mais jovem a ter feito isso.

“O software WASP era impressionante, permitindo que eu fizesse a busca através de centenas de diferentes estrelas, procurando por aquelas que têm um planeta”, diz Tom. O planeta é do mesmo tamanho de Júpiter, mas orbita sua estrela em apenas dois dias. Com um período orbital tão curto, os trânsitos ocorrem com frequência, tornando tais planetas muito mais fáceis de encontrar.

Desde cedo

Tom, um aluno da Escola Newcastle-under-Lyme, pediu para participar da semana de experiência de trabalho depois de saber que a Universidade de Keele tinha um grupo de pesquisa que estuda planetas extra-solares.

“Tom é interessado em aprender sobre ciência, por isso foi fácil treiná-lo para procurar planetas”, diz o professor Coel Hellier, que lidera o projeto WASP em Keele. O garoto quer estudar física na universidade.

O planeta é de uma classe de planetas “quentes e parecidos Júpiter” que, ao contrário dos planetas do nosso próprio sistema solar, têm órbitas muito próximas de suas estrelas. Acredita-se que esse tipo migre para uma órbita mais interior depois de fazer interações com outro planeta. Assim, é provável que o planeta de Tom não seja o único que orbite a estrela.

O novo mundo ainda não tem um nome, embora a União Astronômica Internacional tenha lançado um concurso para nomear os planetas extra-solares. Tom está ansioso para fazer uma sugestão de como seu planeta deve ser batizado. [Phys.org]

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