“Gramática do Mestre Yoda” teria sido a primeira do mundo

Você o parágrafo lerá. Nós o texto escrevemos. Você, o motivo pelo qual estamos escrevendo desse jeito, não entende. Loucos não ficamos.
Estamos apenas falando com a estrutura frasal que foi popularizada pelo mundo através de Mestre Yoda, o pequeno conselheiro da trilogia “Star Wars”. Linguistas americanos, em um estudo recente, afirmam que a ordem “Sujeito-objeto-verbo” (SOV) não era exclusividade de Yoda: as primeiras civilizações da Terra falavam assim.
Há divergência quanto a números, mas a maioria dos estudiosos da linguagem concorda que todos os idiomas do mundo derivaram de um dialeto ancestral na África Oriental, há cerca de 50 mil anos. A partir dali, os ramos linguísticos foram se diferenciando.
O estudo de um instituto de letras de Santa Fé (Novo México, EUA), publicado na semana passada, afirma que a primeira linguagem do homem era feita de frases SOV, e não as SVO que são usadas na maioria das línguas ocidentais.
As línguas atuais são divididas em dezenas de famílias, conforme uma série de tópicos referentes à linguagem e à própria geografia. O que os pesquisadores fizeram, portanto, foi destrinchar essas árvores genealógicas da linguagem até o ponto mais primitivo possível.
O que se observou, a partir do estudo, é que a ordem gramatical dos elementos de uma frase tende a mudar quando uma língua se “emancipa” de outra semelhante. E existem seis tipos identificáveis de estrutura gramatical. Além do SOV, do Mestre Yoda, e do SVO, usado por nós, pode-se falar em OVS, OSV, VSO e VOS.
Vamos a um exemplo prático: o latim. Usado pelos romanos há mais de dois mil anos, ele se desdobraria no que são hoje cinco idiomas modernos: italiano, espanhol, português, romeno e francês. O latim, por si só, tem estrutura SOV, e isso caracteriza a raiz dessa família linguística. Dela, derivam três estruturas possíveis: SVO, OVS e OSV. O francês, por exemplo, é SVO, e deriva do latim que é SOV.
Faltou determinar, até agora, as línguas que iniciam a frase com verbo, ou seja, as VSO e as VOS. E aí entra a descoberta: os cientistas notaram que todas elas derivaram de línguas SVO, como o francês. As SVO, por sua vez, derivam todas das de estrutura SOV, como o latim. Assim, de uma maneira ou de outra, a raiz de todas está na estrutura adotada pelo mestre dos Jedais de Stars Wars, e os primeiros humanos da Terra certamente se comunicavam em SOV.
Os cientistas garantem, no entanto, que isso não foi obra do acaso. A estrutura sujeito-objeto-verbo é de fato a mais simples, e estudos mostram que o aprendizado linguístico em crianças é sempre baseado em SOV. Pode-se dizer, portanto, que é a linguagem “natural” do ser humano. Em outras palavras, é a forma como você falaria caso ninguém tivesse jamais sido alfabetizado. [Life’sLittleMysteries]
21 comentários
Recentemente eu ouvi um truque pedagogico relativo a crianças que estão aprendendo a falar…
tipo, a ultima palavra é a que fica… a criança lembra da ultima palavra para interpretar.
no caso que eu ouvi, era por que meu sobrinho estava batendo no gato. A frase lógica a ser dita era “não pode bater”, mas o aconcelhavel seria “bater pode não”
quando eu ouvi isso associei logo ao mestre yoda… eu pensei logo, será que tem relação? já que ele é um mestre, mestre ensina, truque pedagógico…
Então ficaria melhor: “Não pode bater não!”.
“Bater você vai não.”
Mas para o ensino de crianças tem outras técnicas melhores, em vez de dizer o que a criança não pode ou não deve fazer (o que é confuso para as crianças), você deve dizer para ela o que ela pode ou deve fazer. Em vez de dizer “não brinca aí”, chame-a para brincar em um lugar apropriado, “vem brincar aqui” e já reforce a noção de que existe um lugar para brincar “aqui é o lugar de brincar”.
Assim como não tem muito efeito “não deixe seus brinquedos espalhados”, e funciona melhor um “vem, vamos guardar os brinquedos” e “o lugar dos brinquedos é nesta caixa”.
Mas é preciso ter jogo de cintura, e dizer mais “sim” (ser mais positivo) do que “não”. O “não” provoca confusão e rebeldia.
Nós dizemos “As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico”.
Ainda assim, é mais fácil entender como o mestre Yoda: “As margens plácidas do Ipiranga de um povo heróico o brado retumbante ouviram”,
Do que: “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heróico o brado retumbante.
Portugues ,chegada; espanhol llegada;ingles arrival;frances
l’arrivée;italiano arrivo;latim adventum;
Sujeito-verbo-objeto
Sujeito-objeto-verbo
Verbo-sujeito-objeto
Verbo-sujeito-objeto
Sujeito-objeto-verbo
Sujeito-objeto-verbo
e…
Objeto-verbo-sujeito
“Jedais”, Stephanie?
olha eu nao entedo muito bem essa coisa ai de verbo mas eu adoro star wars e adorei o ometerio da padwan!perec que é nerd como eu!
Eu leio o hypescience
Eu o hypescience leio
O hypescience eu leio
O hypescience leio eu
Leio eu o hypescience
Leio o hypescience eu
faltou alguma combinação?
Pra quem entende japonês: a estrutura da frase em japonês é SOV, ou seja, igual o mestre yoda. Conclusão: ou yoda era descendente de japonês, ou ele foi inspirado no idioma japonês…
tudo tem um principio, na linguagem não pode ser diferente.
segundo a origem deste autor ela vem de 5o mil anos prá cá ,mas
acredito que isto pode ser de mais antigo ainda.
Eu o hypescience todos os dias acesso!!! xD
agora precisa postar uma matério explicando SVO, OVS e OSV
O correto é “Jedis” e Star Wars é uma hexalogia. 🙂
O alemão é SOV, derivando do latim.
Penso que os romanos não andaram lá por aqueles lados da Prússia, e não vejo nada do alemão parecido com línguas descendentes do latim. Até encontro algumas palavras parecidas com o inglês.
O alemão é uma lingua germânica, assim como o inglês.
logo pode-se concluir que mestre yoda é analfabeto.
És gira, Stephanie!
Parece meio à inglesa. Os ingleses trocam a ordem das palavras. É diferente das línguas descendentes do latim.
Isto muito legal ser !