Implante de polímero treina células para destruírem tumores

Por , em 2.02.2009

Pesquisadores da Universidade de Harvard descobriram uma maneira simples de impedir que células cancerígenas se espalhem pelo corpo de seus pacientes. Um polímero que atrai células imunológicas e as “treina” para que reconheçam e destruam os tumores.

A nova maneira de tratar o câncer promete poupar pessoas de tratamentos mais agressivos, como a tradicional quimioterapia. O resultado do experimento em ratos de laboratório foi um sucesso: aumentou em 90% as chances de sobrevivência dos animais portadores de um melanoma mortal. Além disso, o sistema ainda pode ser usado para o tratamento de outras doenças que afetam o sistema imunológico – como diabetes e artrite. Os cientistas sonham que o polímero possa até “treinar” células para reparar outros danos feitos ao corpo.

Ao contrário de outros tratamentos apresentados pela imunoterapia (células são retiradas do paciente, expostas à radiação e depois colocadas novamente no corpo do doente para que destruam os tumores), o processo ocorre dentro do corpo.

Primeiro um polímero, comprovadamente seguro, atrai células imunológicas, chamadas de dendritos, usando um sinal químico. Depois que as células estão juntas ao polímero, elas se juntam a ele, absorvendo sua substância e se tornando extremamente ativas. A seqüência de DNA de bactéria que o polímero carrega faz as células “pensarem” que estão no meio de uma infecção, e elas buscam sanar o corpo. Estando tão ativas, a capacidade do câncer de se “esconder” do sistema imunológico é anulada. A resposta do corpo em reação ao polímero é tão forte que os dendritos anulam também o tumor.

Até agora o método se mostrou mais efetivo que os usados normalmente (apresentou 90% de sucesso, contra 60% dos tratamentos tradicionais). [Technology Review]

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