Laser para queimar mosquitos em pleno vôo é esperança contra malária

Por , em 16.03.2009

Os pesquisadores que trabalharam no projeto Star Wars, um programa anti-mísseis dos Estados Unidos, estão produzindo uma arma laser que pode matar vários mosquitos transmissores da malária de uma só vez.

Os especialistas, que projetaram o escudo contra mísseis, declaram que o estudo anterior os ajudou a pensarem em uma maneira de matar os mosquitos enquanto os insetos ainda estão voando.

O aparelho, chamado de Weapon of Mosquito Destruction (WMD, algo como arma para a destruição de mostruitos) será usado contra os mosquitos que transmitem a malária, doença que mata em torno de um milhão de pessoas por ano.

A pesquisa foi financiada com a ajuda do bilionário da Microsoft, Bill Gates, através de sua instituição de caridade.

Para funcionar, o laser detecta a freqüência criada pelas batidas das asas do mosquito. Um computador “mira” a arma e o raio laser queima as asas do bicho, matando-o.

Entre os cientistas que trabalham no projeto estão Lowell Wood e Jordin Kare. Ambos são astrofísicos e trabalharam no escudo anti-mísseis Star Wars.

Kare declara que eles ficam felizes ao pensar que contribuíram para o fim da Guerra Fria. “Agora estamos tentando acabar com uma guerra que já dura mais tempo e que já tirou bem mais vidas” explica o astrofísico.

O projeto Star Wars foi proposto durante a Guerra Fria, com o propósito de defender os EUA, caso a União Soviética os atacasse através de mísseis. A idéia foi recebida com entusiasmo pelo presidente americano da época, Ronald Reagan, mas nunca foi posta em prática.

A idéia de usar o mesmo mecanismo de Star Wars para matar insetos é de Natham Myrvhold, antigo funcionário da Microsoft que agora tem sua própria empresa. O trabalho dos cientistas no WMD começou no ano passado. [Telegraph, Wall Street Journal]

A sátira abaixo foi uma estranha coincidência que encontramos na internet. É um ‘infomercial’ do Starwars Musquito Defense System. O vídeo foi postado em 2007:

7 comentários

  • Diego Icaro Martins:

    Agora parem e pensem, trocando o mosquito pelo ser humano, aniquilação em massa.

    • Cesar Grossmann:

      A quantidade de energia necessária para incinerar um ser humano com laser é muito, muito, muito maior do que no caso do mosquito. Este é um dos motivos pelos quais ninguém anda com armas laser para auto-defesa.

  • Dedetizadora Brasil:

    Muito legal!
    Se o projeto realmente for colocado em prática será excelente, uma vez que o controle de insetos alados é muito dificil de ser realizado através de venenos.
    Qualquer dedetizadora em brasilia, ou melhor, no brasil, se beneficiaria da idéia.

    Espero que logo ela esteja no mercado!

  • Rockson Pra:

    realmente a idéia é de uma pratica surpreendente e abre um leque enorme,inccluindo o uso de controle de pragas em rebanhos e na lavoura.sendo que a maioria dos insetos emite sons em determinadas frequencias.já pensou?parar de usar venenos e pesticidas?ganhariamos em saúde.

  • Ícaro:

    IMPRESSIONANTE!

    • Dedetizadora Brasil:

      Muito!!!

  • Cesar:

    Sempre pensei em fazer alguma coisa do tipo, mas existiam vários problemas que eu não sabia como resolver. Por exemplo, para encontrar a posição correta em que está o mosquito, e como mirar o laser. Ou seja, tudo…

    Estava pensando em usar, para fazer a pontaria, o mesmo esquema que os canhões laser usam em festas: o canhão é fixo, mas joga o laser contra dois espelhos, um faz o desvio no eixo x e o outro no eixo y.

    Mas para localizar o mosquito é que o bicho pegava… Teria que ter 3 “orelhas biônicas”, microfones direcionais. Só que a coisa pegava quando entravam mais de 1 mosquito ao mesmo tempo: como fazer pontaria em um deles, quando dois ou três são detectados pelos microfones direcionais?

    A coisa parece uma brincadeira, mas os usos vão bem além de matar mosquitos…

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