Maior ave que já existiu tinha o tamanho de uma girafa

Por , em 10.07.2014

Os restos fossilizados da maior ave voadora que já existiu foram encontrados na Carolina do Sul, nos EUA.

A criatura era semelhante a uma gaivota gigante, com envergadura entre 6,1 e 7,4 metros.

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O fóssil de 25 milhões de anos foi descoberto há 30 anos, mas só agora os pesquisadores identificaram que se trata de uma nova espécie.

Daniel Ksepka, curador de ciência no Museu Bruce, em Connecticut (EUA), disse: “Este fóssil é notável tanto pelo tamanho quanto pela preservação. O crânio, em particular, é primoroso. E, dada a natureza delicada dos ossos, é notável que a amostra chegou ao fundo do mar, foi enterrada sem ser destruída, fossilizada, e em seguida descoberta antes de ser erodida ou demolida”.

Os pesquisadores acreditam que este pássaro enorme supera o recorde anterior do Argentavis magnificens, que se assemelhava a um condor e vivia na América do Sul, com uma envergadura estimada de 5,7 a 6,1 metros. Esse pássaro habitou a Terra cerca de seis milhões de anos atrás.

O novo gigante recebeu o nome de Pelagornis sandersi. Os cientistas acreditam que a ave tinha o dobro do tamanho do albatroz-errante, a maior ave viva hoje.

E, como o albatroz, P. sandersi era uma ave marinha e passava a maior parte de seu tempo mergulhando no oceano a procura de peixes e lulas.

Enquanto modelos teóricos sugerem que seria complicado para uma ave deste tamanho voar batendo as asas, os pesquisadores acreditam que ela usava correntes de ar para subir acima do oceano.

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Suas asas longas, finas e leves e seus ossos ocos indicam que o pássaro era um poderoso planador. “Teria sido rápido e muito eficiente”, disse Ksepka. “Ele provavelmente poderia deslizar em velocidades acima de 10 metros por segundo, mais rápido do que o recorde mundial humano nos 100 metros”.

Em terra, porém, a ave era provavelmente muito menos graciosa. “As longas asas teriam complicado [uma caminhada] e ela provavelmente passava tão pouco tempo quanto possível no chão”, acredita Ksepka.

Outra dificuldade mostrada pelos modelos de computador é na decolagem. Em vez de apenas começar a bater as asas para voar, os cientistas pensam que P. sandersi tinha que descer gingando por uma encosta esperando pegar uma rajada de ar.

Aves enormes como esta foram comuns no passado, mas desapareceram cerca de três milhões de anos atrás. Ainda não sabemos por que foram extintas. [BBC]

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