Mais de 1.200 novas espécies são descobertas em Moçambique
Uma equipe de 15 cientistas viajou para um lugar remoto e inexplorado do globo e encontrou exatamente o que esperava: muitas espécies novas e interessantes.
Liderados por Piotr Naskrecki, os pesquisadores passaram três semanas no Planalto de Cheringoma do Parque Nacional da Gorongosa, no Moçambique. A missão dos cientistas era coletar e registrar informações sobre as espécies da região para ajudar os gestores do parque a entender e proteger a biodiversidade de Gorongosa.
A expedição pelas falésias, cavernas profundas, mata ciliar exuberante dos rios e desfiladeiros da região resultou na descoberta de mais de 1.200 espécies (até agora), incluindo 182 aves, 54 mamíferos, 47 répteis, 33 sapos, mais de 100 espécies de formigas e 320 espécies de plantas.
Algumas das espécies notáveis descobertas pelos cientistas foram o “morcego Chewbacca”, nomeado em homenagem ao personagem de Star Wars, um sapo estranho que mora em cavernas que é possivelmente novo para a ciência, uma formiga incapaz de andar em superfícies planas, um besouro bombardeiro que se defende produzindo pequenas explosões em seu abdômen, e vários gafanhotos.
Os cientistas usaram uma variedade de métodos para coletar os animais, incluindo armadilhas, redes, arapucas de feromônio, câmeras remotas e detectores de ultrassom. Eles exploraram território desconhecido em Gorongosa, descendo em cavernas de calcário em desfiladeiros profundos, e subindo as copas altas das árvores, utilizando avançadas técnicas de escalada e rapel.
Este foi o primeiro levantamento da biodiversidade global na história deste área protegida, e seus resultados vão ajudar a orientar o esforço de restauração para reverter a perda de biodiversidade sofrida pelo parque durante os conflitos armados que assolaram Moçambique de 1975 a 1992.
Ao entender que espécies existem em Gorongosa, a gestão do parque pode tomar as melhores decisões sobre como protegê-las. Será montado um laboratório de ciência moderna dentro do parque em breve, onde os espécimes coletados serão investigados. As informações contribuirão para o banco de dados da biodiversidade do parque, uma ferramenta que ajuda a gerenciar e proteger seus recursos naturais.[NationalGeography]

Nova formiga (Melissotarsus emeryi) descoberta, incapaz de andar em superfícies planas. Esta espécie vive dentro da passagem estreita no fundo da madeira de árvores e só pode mover-se empurrando suas pernas curtas abaixo e acima do corpo ao mesmo tempo
7 comentários
Como Noé se lembrou de colocar todos eles na Arca!?
O problema deve ter sido distribuir depois… ursos polares pro polo norte, pinguins pro sul, onças atravessarem o atlântico… etc
O curioso é que alguns diluvistas apelam para a Evolução para explicar isso. Segundo alguns deles (e eles são todos criacionistas, é bom lembrar), os animais que saíram da Arca tinham a evolução potencializada dentro de si, ou seja, eram “ancestrais” dos animais que hoje existem nestes lugares, e que passaram por um período de rápida diversificação graças a este poder.
Como observou um biólogo em visita ao Museu da Criação nos Estados Unidos, eles “invocam a Evolução das Espécies, mas com mágica para explicar como aconteceu”.
A formiga é um animal fantástico, altamente adaptado e moldado pelo seu meio ambiente. Formidável, ou melhor, formigável. 😀
certas aventuras tornam a vida mais interessante e bela de ser vivida deve ser exactamente por isso que eles se aventuraram
O que será que motiva esses cientistas biólogos a escarafunchá essas matas perigosas pra descobrir novas espécies?
Gosto pela aventura? amor a ciência? ou são meio suicidas..
Eu jamais me embrenharia num lugar inexplorado atrás de sapos e morcegos …Deus me livre
Com certeza é amor pelo que fazem, por que nenhum deles fica rico fazendo isso…