Espetacular avião elétrico decola como um helicóptero
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Imagine um avião com 10 motores movido a bateria que pode decolar como um helicóptero e voar de forma eficiente como uma aeronave. Ele está sendo desenvolvido por pesquisadores da NASA, e foi chamado de “Greased Lightning” ou GL-10.
O protótipo, criado no Centro de Pesquisa Langley, está atualmente na fase de testes. O pensamento inicial era criar um avião híbrido com uma envergadura de 6,1 metros, movido a diesel e equipado com motores elétricos, mas a equipe começou com versões menores para poder estudar o conceito de forma mais rápida.
Avanços
A NASA construiu 12 protótipos, começando com um modelo simples de 2,3 kg de espuma e fibra de vidro, passando por um modelo de 11,3 kg, e chegando a um avião altamente modificado de 24,9 kg com fibra de carbono.
![aviao nasa bateria (4)](https://hypescience.com/wp-content/uploads/2015/05/aviao-nasa-bateria-4-838x437.jpg)
“Cada protótipo nos ajudou a responder perguntas técnicas, mantendo os custos baixos. Perdemos alguns dos primeiros protótipos para ‘aterragens duras’, até aprendermos a configurar o sistema de controle de voo. Mas descobrimos algo em cada perda e fomos capazes de evoluir”, explicou o engenheiro aeroespacial David North.
![aviao nasa bateria (2)](https://hypescience.com/wp-content/uploads/2015/05/aviao-nasa-bateria-2-838x629.jpg)
Helicóptero ou aeronave? Os dois
Nos últimos testes, os pesquisadores pilotaram remotamente um avião com uma envergadura de 3,05 metros, oito motores elétricos nas asas, dois motores elétricos na cauda e pesando um máximo de 28,1 kg ao decolar.
![aviao nasa bateria (3)](https://hypescience.com/wp-content/uploads/2015/05/aviao-nasa-bateria-3-838x629.jpg)
Esse protótipo já havia passado em testes nos quais teve que pairar como um helicóptero. O grande obstáculo era o momento de sua transição de voo vertical para horizontal – uma tarefa nada fácil por causa da aerodinâmica desafiadora.
![aviao nasa bateria (1)](https://hypescience.com/wp-content/uploads/2015/05/aviao-nasa-bateria-1-838x471.jpg)
Os pesquisadores conseguiram realizar essa transição com sucesso em cinco voos. O próximo passo é provar que esse conceito é quatro vezes mais aerodinamicamente eficiente no modo cruzeiro do que um helicóptero.
Mais vantagens
Segundo o piloto principal do GL-10, Zack Johns, apesar da aeronave ter dez motores, na verdade voa mais como um avião de três motores a partir de uma perspectiva de controle.
“Todos os quatro motores na asa esquerda recebem o mesmo comando, e os quatro motores na asa direita também funcionam em conjunto. Por fim, os dois na cauda recebem o mesmo comando”, conta.
Outra vantagem do GL-10 é seu ruído, ou melhor, a falta dele. “É muito quieto. O protótipo atual é mais silencioso do que um cortador de grama com motor movido a gás”, diz o engenheiro aeroespacial Bill Fredericks.
Aplicações
Inicialmente, a NASA está de olho no potencial desse projeto como um veículo aéreo não tripulado. “Pode ser utilizado para distribuição e entrega de pequenos volumes, descolagem e aterragem vertical, vigilância na agricultura, mapeamento e outras aplicações. Versões maiores do que estamos testando agora também seriam ótimas como veículos aéreos pessoais”, sugere Fredericks.
![Greased Lighning (GL10) project 10 engine electric prototype remote control plane. Photo taken 8/14/14 by David C. Bowman](https://hypescience.com/wp-content/uploads/2015/05/aviao-nasa-bateria-5-838x629.jpg)
Além disso, aviões não tripulados são bons para uso em missões científicas. “Aeronaves remotamente pilotadas estão aumentando investigações científicas da NASA e servem como uma plataforma para expandir o desenvolvimento da tecnologia para aeronaves, CubeSats e outras plataformas”, disse Mike Hitch, do Wallops Flight Facility da NASA. [Phys]
2 comentários
Alguém saberia me explicar o papel do cabo de aço (aparentemente de sustentação) neste teste?
É apenas um cabo de segurança. Tem em todo projeto que está em testes. Ele está ali para caso haja uma falha, o avião não caia.